A surra da Amazon ainda não acabou

Ontem eu tratei aqui no blog do tiro de canhão que a Amazon deu no próprio pé. Contudo, o assunto continuou rendendo, e achei que cabia retomá-lo, para incluir novos fatos e informações que surgiram.

Em primeiro lugar, a surra que a Amazon tomou não apenas cresceu, mas finalmente surgiram alguns números que ajudam a dimensionar a cagada feita pela empresa (e pela agência de propaganda VML, sobre a qual tratarei algumas linhas adiante).

Segundo informa o Estadão (aqui), o tuíte do João Doria, que trazia o vídeo no qual ele “desafiou” a Amazon, atingiu a marca de 59 milhões de engajamentos. Conforme informa O Antagonista (aqui), o vídeo em questão alcançou 125 milhões de pessoas.
Mas o que significam estes números?
Eles parecem contraditórios, não?!
Na verdade, não. O vídeo foi publicado no Twitter e no Facebook – então, os 125 milhões se referem à soma, ou seja, todo mundo que viu o vídeo. Os 59 milhões tratam APENAS do Twitter. Além disso, nem o Estadão nem O Antagonista informaram a fonte de seus dados – portanto, podem ser fontes diferentes, com métodos de mensuração diferentes.

Contudo, esses números NÃO são muito confiáveis, por várias razões.
Uma mesma pessoa pode gerar 10 “engajamentos” no mesmo vídeo, distorcendo a mensuração total. O fato concreto é que o “desafio” do Doria teve uma audiência brutalmente maior do que a propaganda burra da Amazon. É possível estimar que a audiência do João Doria tenha sido no mínimo 20 a 30 vezes maior do que a da Amazon.
Em suma, a Amazon tomou uma surra quantitativa brutal, monstruosa.

Mas e no quesito qualitativo?
Outra surra.
Os números mostrado pelo O Antagonista apontam 92% de saldo positivo para o prefeito. Novamente, não ponho a mão no fogo pelo número exato, mas basta ler os comentários que estão no Facebook da postagem original do vídeo que é fácil perceber que a maioria esmagadora apoiou a iniciativa do prefeito, e repudiou a propaganda da Amazon.
Esta proporção faz sentido pois, conforme lembrei no post de ontem aqui no blog, a pesquisa DataFolha do mês passado indicava que 97% dos paulistanos são contra as pichações. Tendo em vista que a campanha da Amazon recorre a esta questão como ponto de partida, é lógico assumir que ela terá uma rejeição parecida – acima de 90%, no mínimo.

Diante destes números, que são absolutamente avassaladores e desastrosos para a Amazon, cabe perguntar: POR QUE UMA EMPRESA FAZ UMA CAGADA MONUMENTAL DESSAS?
Será que ninguém, nenhuma alma viva, na Amazon, ou na agência de propaganda, tem capacidade intelectual e profissional para perceber o tamanho da burrada antes de colocar isso no ar?

Pois é… Aí começa o problema central.
Não tenho idéia de quem foi o responsável, dentro da Amazon, pela aprovação dessa campanha burra e tosca. Todavia, surgiram informações sobre a agência VML que ajudam a oferecer algumas respostas do lado da agência de propaganda.

Como está claro e cristalino aqui, pelo menos 2 funcionários da agência VML são militontos petistas de facebook, do tipo que chama o impeachment de “golpe” – e isso já sintetiza o (baixíssimo) QI dos envolvidos.

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A grande questão, assim, é debater como (e por que) uma empresa coloca profissionais de tão baixa estirpe em cargos relevantes: uma pessoa que coloca sua militância política acima dos interesses da empresa (e dos clientes desta empresa) merece o olho da rua.

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Se o sujeito quer ser militonto de facebook, defender corruPTos e bandidos, passar recibo de ignorante, problema dele. Entretanto, no momento em que ele carrega essa ignorância para o ambiente profissional, ele está prejudicando a empresa.
O caso da Amazon comprova isso sem nenhuma sombra de dúvida: o militonto partiu do pressuposto (falso) de que haveria uma “polêmica” em torno da “cidade cinza” (como eu expliquei ontem), e a propaganda foi baseada inteiramente nessa bobagem, gerando um desastre do ponto de vista de relações públicas para a Amazon.

Eu sou dono de um Kindle há alguns anos. Adoro o produto, recomendo sempre aos amigos e alunos.  Mas confesso que, se dependesse dessa propaganda medonha, não compraria o produto hoje – e não se trata da crítica subliminar que a propaganda faz aos muros cinzas, livre das pichações, rabiscos e sujeiras. O problema é que a propaganda não exalta as qualidades do produto (são muitas, mas quem ainda não tem o produto não conhece), não comunica ao cliente potencial absolutamente NADA que possa motivá-lo a comprar o produto – ou mesmo a conhecê-lo um pouco melhor.

Nos livros mais básicos de marketing, é sempre explicado o “Modelo AIDA”, que consiste em usar a comunicação/promoção com o intuito de obter: (1) ATENÇÃO > (2) INTERESSE > (3) DESEJO > (4) AÇÃO do público-alvo.
Resumidamente, a comunicação (que engloba a propaganda, mas não se limita a ela), deve primeiro chamar a atenção do cliente potencial, depois criar algum interesse (seja pelo produto, seja pela marca ou empresa), despertar o desejo (de comprar, de conhecer mais informações/detalhes) e, finalmente, gerar uma ação concreta (comprar o produto, por exemplo).
A propaganda pavorosa que a agência VML produziu não atinge NENHUM dos 4 quesitos mais básicos, rudimentares e essenciais da comunicação. Nada. Zero!

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Trata-se de um fiasco brutal, produzido por militontos de facebook que não sabem separar suas deficiências mentais e ideológicas do seu trabalho. Não é apenas falta de profissionalismo, é pior do que isso.

Concorrentes da Amazon: PAGUEM a agência VML para continuar atendendo a gigante norte-americana e vocês terão a chance de dominar o mercado! Sério mesmo: descubram quanto a Amazon está pagando para a VML, e ofereçam 20% a mais para que a agência CONTINUE fazendo a comunicação da Amazon. Isso vai garantir o futuro de vocês!!!! Lembrem-se do ensinamento de Napoleão Bonaparte:

2017-03-29 11.04.06

HADDAD TRANQUILÃO: um perfil criado para mentir e caluniar pertence a um funcionário da gestão Haddad

Ora, ora, ora, que coisa interessante…

Acabo de descobrir, no Implicante (íntegra AQUI) que o “personagem” Haddad Tranquilão, que tem perfis no Facebook e no Twitter, é na verdade um militante/funcionário da Prefeitura de São Paulo, nomeado por Fernando Haddad em 17 de Julho de 2014. Segundo publicou com exclusividade o Implicante:

EXCLUSIVO: autor de páginas ofensivas a Dória foi nomeado pela gestão Haddad

Por meio de ação judicial, o candidato tucano chegou à autoria dos sites ofensivos. O acusado também é autor da página “Haddad Tranquilão”, que serve para falar bem do petista.

O candidato tucano à Prefeitura de São Paulo, João Dória, conseguiu descobrir o autor de páginas que o ofendiam. Diante da notícia, a campanha de Fernando Haddad (PT) alegou que se tratava de um “militante virtual”.

Não é bem assim.

O referido cidadão foi NOMEADO pelo governo petista. As informações são de natureza pública e estão no Diário Oficial do Município[…] Desse modo, a coisa já muda MUITO de figura. Em se tratando de um integrante da administração municipal (e não há informação de que tenha saído), tudo ganha uma nova dimensão. Deixa de ser uma brincadeira do autor do tal “Haddad Tranquilão” e passa a ser um ato de funcionário nomeado, de um integrante da administração pública exercendo cargo de confiança.

E, assim, o petista Fernando Haddad deverá responder por isso. Afinal, não foi mesmo ação isolada de um “militante virtual”.

A lorota agora cai por terra.

 

Haddad Tranquilão

O nome do militante? PEDRO GALVÃO DO AMARAL PINTO BARCIELA, nomeado por Fernando Haddad como “Administrador de Parque III, Ref.DAS-10, do Departamento de Parques e Áreas Verdes, da Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente”, como pode ser lido no Diário Oficial da Cidade de São Paulo AQUI.

Mas não é só isso! Aproximadamente um mês (sim, APENAS UM MÊS) depois de ser nomeado por Haddad, para fazer sabe-se lá o quê, o sujeito abriu uma empresa (detalhes completos AQUI):

Barciela Consultoria
CNPJ 20.838.420/0001-59
Nome fantasia Barciela Consultoria
Razão social Pedro Galvao do Amaral Pinto Barciela
Data de abertura 14/8/2014
Natureza jurídica Empresário Individual – Código 2135
Status da empresa Ativa
Atividade econômica principal Edição de cadastros, listas e outros produtos gráficos – CNAE 5819100
Capital Social R$ 500,00 (Quinhentos reais)

Não é curioso?! Ora, por que o sujeito abre uma empresa um mês depois de ser nomeado para um cargo público? Para receber como PJ?

Fica ainda mais curioso: Pedro Galvão do Amaral Pinto Barciela tem graduação em TURISMO. Por que alguém graduado em turismo abre uma empresa especializada em “edição de cadastros, listas e outros produtos gráficos”?

Consta na página do Facebook do “personagem” Haddad Tranquilão (e, obviamente, não dá para saber se é verdade) que ela foi criada em Outubro de 2012. O que o militante fazia na época?

Não tenho idéia. Mas, para colocar a cereja no bolo: Pedro é filiado ao PT (QUE SURPRESA!!!!) e, aparentemente, candidato a vereador em São Paulo (veja AQUI). Não localizei um site oficial do TSE ou TRE com a listagem definitiva dos candidatos já aprovados/homologados, e este site não me pareceu muito confiável, então essa informação da candidatura vou tentar averiguar em outras fontes para ter certeza (se for o caso, atualizarei a informação aqui posteriormente).

Será que é apenas “coincidência”? Eu acho que não!

Depois as pessoas insistem em confundir marketing com “propaganda enganosa” ou com “mentiras” e tem gente que não sabe por quê…

O impacto de mudanças nas leis nos negócios das pequenas empresas

Aproveitei o feriado prolongado para colocar em dia a leitura dos meus RSS de blogs que gosto (mas estava difícil acompanhar por falta de tempo), e me deparo com este texto do Mansueto Almeida (íntegra AQUI):

Nesta terça-feira, dia 24 de março de 2015, o Senado Federal aprovou o PLS 201 (clique aqui) que modifica a cobrança do ICMS quando empresas, sujeitas a contribuição do ICMS pelo mecanismo de substituição tributária, venderem para microempresas e empresas de pequeno porte enquadradas no SIMPLES.

O que significa isso para nós leigos? uma coisa muito simples. Uma empresa grande, por exemplo, de refrigerante, quando recolhia o ICMS pelo mecanismo de substituição tributária pagava a alíquota cheia independentemente de vender para empresas grandes (supermercados) ou a mercearia do seu Raimundo  (uma vendinha pequena enquadrada no SIMPLES).

Esse tipo de operação não causava problema algum para operações entre grandes empresas, mas para o seu Raimundo causava problema porque ele pagava o preço com o ICMS cheio incorporado ao preço do produto e não gerava crédito tributário (ou gerava um crédito tributário difícil dele compensar porque já pagava uma alíquota menor de ICMS). E agora? Bom, agora, com o PLS 201 aprovado nesta semana pelo Senado Federal,  quando uma empresa grande vender para a mercearia do seu Raimundo só poderá cobrar um ICMS de 3,95%.

Isso significa, na prática, que o seu Raimundo vai comprar os biscoitos, leite e refrigerantes mais baratos, porque o ICMS incorporado no preço do produto será menor, e os estados perderão em conjunto uma receita anual de cerca de R$ 10,7 bilhões, de acordo com as  simulações feitas por assessores técnicos no Senado Federal. Se a lei for aprovada na Câmara dos Deputados e sancionada pela Presidente o efeito será imediato: governos estaduais perderão ao longo de 12 meses R$ 10,7 bilhões. Os estados terão mais uma perda de receita e ficará ainda mais difícil cumprir o primário.

Ao ler coisas assim, é inevitável me lembrar de como as pequenas e médias empresas têm dificuldades para acompanhar as mudanças nas leis que têm impacto direto no dia-a-dia de seus negócios. Neste caso específico, a mudança é boa para as pequenas e médias empresas que recolhem ICMS, mas os Estados não vão gostar muito disso.

E houve também a recente aprovação de mudanças na legislação tributária envolvendo o comércio eletrônico, que vai causar um rombo nas finanças do Estado de São Paulo, mas vai acabar beneficiando Estados periféricos, nos quais poucas empresas têm suas sedes. Desta forma, o Estado de São Paulo vai continuar bancando o governo federal, o que significa menor capacidade de investimento nas áreas de responsabilidade do Estado, como segurança e educação.

A propósito: é interessante perceber o valor obsceno que pagamos de impostos, taxas e tributos, e o retorno PÍFIO que obtemos do governo – nas áreas como saúde, educação, segurança, infra-estrutura etc.

A sina de canalhice da PTralhada

Que os PTralhas são uns canalhas, falsos e hipócritas, não é novidade nenhuma.

Porém, quando juntamos algumas coisinhas aqui e acolá, é realmente gritante o grau de cinismo dessa cambada de boçais.

Peguemos, por exemplo, Maria Victória Benevides.

Eis a descrição que foi feita dela em 1998:

Maria Victoria Benevides é uma das mais importantes cientistas políticas brasileiras e uma petista de primeira hora. Empreendeu sistemático estudo da nossa vida política no período entre 1945 e 1964, que resultou em três obras originais: O governo Kubitschek, A UDN e o udenismo e o PTB e o trabalhismo. Foi também uma das pioneiras no estudo da questão dos direitos humanos no Brasil. Violência, povo e política, primeiro fruto deste trabalho, é de 1983.
Professora da Faculdade de Educação da USP, Maria Victoria apresentou como tese de livre-docência uma importante reflexão teórica sobre os limites da democracia representativa, A cidadania ativa.
No últimos anos suas preocupações têm se concentrado em torno da educação para a cidadania. Daí resultaram não só artigos e ensaios sobre o tema, mas também sua participação, juntamente com o professor Fabio Konder Comparato, na criação e direção da Escola de Governo.

Contudo, na recente entrevista que ela deu à Folha de São Paulo (na íntegra aqui, restrita a assinantes), a Folha, muito boazinha e condescendente com a PTralhada, esqueceu de mencionar que a “intelectual” (acho o fim da picada usar este termo para fazer referência a qualquer PTralha, uma vez que é condição sine qua non ter QI de ameba em coma para dizer-se “petista”, mas vamos adiante…) é “petista de primeira hora”.

De qualquer forma, na entrevista, a tal criatura dá a descarga na sua suposta “intelectualidade”, aos dizer asneiras desse calibre:

E a própria Marta é vítima de muito preconceito e muita rejeição. Dela ficou o quê? O que ficou de lembrança da Marta? O “Martaxa”. A prova é que ela bateu muito contra isso. O problema é que a memória da imensa maioria dos eleitores, os mais pobres e os menos politizados, é mais curta. Marta devia ter um nível de aprovação altíssimo por causa dos CEUs, mas os CEUs foram apropriados pelos outros: ninguém diz que vai abandonar os CEUs. Deixou de ser algo exclusivo do PT. E a rejeição a Marta é muito forte porque juntou a rejeição ao PT, que piorou muito em razão do que aconteceu, à rejeição a Marta, que é grande por ela ser a Marta: ela agrega rejeição por ignorância, por preconceito, pelo grupo dela no PT.

Vários dirigentes desta horda de boçais chamada PT já vieram a público atribuir a derrota da dona MarTAXA a um suposto “preconceito”; chegou-se a afirmar, categoricamente, que o eleitor paulistano é “conservador, de direita”.

Quanta conveniência dessa cambada de imbecis !!!!!

Quando a Erundina foi eleita, pelo próprio PT, São Paulo teve um “surto” de modernidade ?!

Quando dona MarTAXA foi eleita, novamente, o eleitor deixou de ser preconceituoso ?!

Coincidência das conivências: sempre que o eleitor paulistano deixa de eleger alguém do PT, automaticamente é chamado de “preconceituoso, conservador, direitista, udenista” ou qualquer outra merda congênere.

Em suma: segundo a torpe ótica dessa gentalha escrota do PT, o eleitor só é inteligente quando elege alguém do PT ?!

Em quaisquer outras circunstância, se o PT perde, a culpa é do eleitor – claro! – que é burrinho, ingênuo, preconceituoso, se deixou enganar etc….

Se a memória do eleitor fosse tão fraquinha como afirmou Maria Victória Benevides, dona MarTAXA teria sido eleita em 2004 e/ou em 2008. Mas, ao contrário, a memória do paulistano não é fraca – nós lembramos do desastre que foi a passagem da dona MarTAXA pela prefeitura.

Por isso, ela foi reprovada DUAS vezes, e perdeu a eleição.

DUAS VEZES.

Mas retomando as baboseiras de Maria Victória Benevides, reproduzo algumas das cartas publicadas na própria Folha, de leitores indignados, como eu, com o espaço dado a esta intelectual de bosta – aliás, é o único tipo que preenche os quadros do PT:

“Causaram-me espécie as declarações da cientista política Maria Victória Benevides quando aduziu que Kassab foi fabricado por Serra: “Quem era o Kassab antes do Serra? Eu mesma nunca tinha ouvido falar dele”.
Ela pode nunca ter ouvido falar de Kassab, todavia, os eleitores de Kassab certamente acompanharam a sua brilhante carreira política, tanto é que ele foi vereador na capital, deputado estadual e deputado federal. E não se pode compará-lo aos políticos que teriam sido fabricados pelos caciques. A vida política de Kassab já existia muito antes da descoberta da nobre cientista.”
NELI APARECIDA DE FARIA (São Paulo, SP)

“”Brilhante” a posição da cientista política Maria Victória Benevides: “a classe média é a culpada pela derrota da Marta”. O único problema é o ressentimento típico da esquerda com aqueles que a derrotam.
Doutora Benevides, a classe média não corresponde a 62% do eleitorado paulistano.”
EGBERTO RODRIGUES (São Paulo, SP)

“A sra. Maria Victoria Benevides parece estar pedagogicamente, e pelo visto mentalmente, desqualificada para o exercício de sua profissão. Como uma professora titular/cientista política pode afirmar que Gilberto Kassab é um político fabricado, tendo este sido eleito vereador, deputado estadual, deputado federal (por duas vezes), foi secretário municipal, vice-prefeito e agora eleito prefeito? O mínimo que esta senhora poderia fazer é pedir desculpas, ficar quietinha e parar de dar palpites inoportunos.”
GUILHERME COTAIT (São Paulo, SP)

Uma “cientista política” paulistana, professora da USP, dizer numa entrevista a um jornal de grande circulação que nunca ouvira falar do Kassab ?! Aonde esta senhora estava com a cabeça ??????????

Mas, como de costume, sempre tem um PTralha para aplaudir os “intelectuais” do seu partidinho:

“Excelente, primorosa, louvável…. entre muitos outros adjetivos a entrevista da cientista política Maria Victoria Benevides. A Folha foi muito feliz em entrevistar uma profissional com uma visão clara do cenário político do Brasil, em particular de São Paulo. Ela explicitou os pontos favoráveis e desfavoráveis prefeito eleito Gilberto Kassab e da candidata derrota Marta Suplicy. Foi maravilhoso ler as explicações coerentes e contextualizadas. Faço votos de que todos os políticos leiam e analisem, e recomendo que os professores, principalmente do ensino médio, utilizem a matéria como objeto de estudo em suas aulas. Com certeza os alunos terão a oportunidade de ter uma visão critica e imparcial.”
JOSÉ ALBERTO DA SILVA (Diadema, SP)

O termo “imparcial”, em relação à entrevista da Maria victória Benevides, foi um primor. Do exagero de burrice.

IMPARCIAL ???????

Fala sério……..!

Com tantos adjetivos, o José Alberto da Silva (que é de Diadema, nem de São Paulo!) realmente exagerou. Muito. Demasiadamente.

Vamos ver a “imparcialidade” de Maria Victória Benevides ?! Ei-la:

A globalização alimenta esse processo, sobretudo em relação às decisões econômicas e financeiras. Para ficarmos apenas no caso brasileiro, é evidente que hoje o Banco Central tem um papel decisivo em nosso processo político, tomando decisões fundamentais, muitas delas sigilosas e fora do controle do próprio Legislativo. O presidente do BC acaba mandando mais que o presidente da República e seu ministro da Fazenda. No Brasil tudo é pior porque somos um dos primos pobres da globalização. Quem está efetivamente controlando o poder são as grandes empresas transnacionais, que acabam deslocando a chamada “classe política”. É verdade, então, que a política está se elitizando no sentido de que ela se confunde cada vez mais com o poder decisório do grande capital.

[…]

Hoje, por exemplo, vejo parte da velha UDN no governo FHC, através do que era paradoxalmente a ala mais arejada, chamada “bossa nova”, com Antônio Carlos Magalhães e José Sarney. Tivemos, até recentemente, o velho PSD com Tancredo Neves e Ulysses Guimarães. O próprio Fernando Henrique, por ligações e gosto político, é próximo do PSD e da UDN, embora o pai fosse ligado aos militares comunistas. Mas ele é um homem da conciliação, dos acordos, e se aproximou muito do velho PSD, na formação do MDB.

A escolha da UDN como tema do meu doutorado foi mais ou menos automática a partir do trabalho sobre o governo Kubitschek e o PSD. A UDN era o outro lado. Meu interesse por ela veio também por procurar entender que liberais, afinal, eram esses que se intitulavam “da eterna vigilância”. Daí o subtítulo do livro: ambigüidades do liberalismo brasileiro. O partido que nascera contra o Estado Novo, em nome das bandeiras liberais, torna-se vivandeira de quartel, radicalmente antipopular – se dizia antipopulista, mas era acima de tudo antipopular – e encarna a perna civil do golpe. Por que esses liberais, que tinham como alter ego o jornal O Estado de S. Paulo, eram golpistas?

Só um detalhe: esta entrevista é de 1998 (na íntegra, AQUI).

Não dá para saber se ela está falando de FHC ou Lulla, não é mesmo ?!

Afinal, em termos de alianças, quem o Lulla tem a seu lado ?! Renan Calheiros, José Sarney, Romero Jucá………

QUE COINCIDÊNCIA !!!!!!!!

Mais uma vez, o passado assombra a PTralhada: o que eles diziam em 1998, para criticar FHC, permanece atual, e pode ser usado para criticar o Lulla – que, coincidência ou não, integrou-se perfeitamente bem à cartilha “da direita”.

Diminuindo

Primeiro, vamos aos números:

O prefeito Gilberto Kassab (DEM) não só conseguiu se reeleger neste domingo como o fez com grande vantagem sobre sua adversária Marta Suplicy (PT). Se no primeiro turno a disputa foi apertada, com uma pequena vantagem para Kassab -pouco mais de 50 mil votos- no segundo turno a diferença entre ele e Marta superou 1 milhão de votos.  A diferença -1.338.031- é mais do que o dobro do conseguido pelo governador José Serra (PSDB) em 2004, quando derrotou Marta no segundo turno das eleições municipais por pouco mais de 590 mil votos.
Mesmo com a redução dos votos válidos -quando se excluem brancos e nulos- do primeiro para o segundo turno na eleição da capital paulista -126.198 a menos-, Kassab aumentou seu eleitorado em 1.650.135. O crescimento do prefeito reeleito de um turno para o outro representou mais do que o tucano Geraldo Alckmin obteve na primeira fase da disputa. O ex-governador teve 1.431.670 votos.
Uma das explicações para a derrota petista pode ser encontrada no fraco desempenho de Marta em conquistar novos eleitores. Do primeiro para o segundo turno da disputa o eleitorado da ex-prefeita cresceu em 364.198 votos. Já em comparação a 2004, Marta viu seu eleitorado ser reduzido em mais de 287 mil pessoas. Na ocasião, Marta obteve 2.740.152 de votos, contra os 2.452.527 de eleitores que a escolheram na disputa de hoje.
No primeiro turno, a petista já havia apresentado desempenho inferior ao que teve na disputa anterior, quando perdeu para a chapa formada por Serra e Kasab. Em comparação com a porcentagem de votos válidos, Marta também foi pior. Em 2004, teve 45,14% dos votos na disputa contra Serra. Neste ano, obteve 39,3%.

Pois é…..

A despeito das constantes, insistentes e chatas reclamações da PTralha sobre a “imprensa golpista” (aquele blábláblá mentiroso de sempre, que a imprensa representa a elite burguesa e trabalha contra os corajosos e honestos defensores dos pobres e oprimidos, ou seja, os PTistas), o colunista da Folha, Gilberto Dimenstein, escreveu um verdadeiro manifesto de admiração à MarTAXA, AQUI.

Ok, liberdade de expressão é isso aí – ele pode escrever o que quiser.

Porém, o articulista sofreu um surto PTralha agudo, e saiu a afirmar que a culpa pela derrota “não é de Marta”.

Ora, seria de quem ?????????????

Será que a arrogância da ex-prefeita não teve nenhum peso ?

Será que o rombo financeiro que ela deixou nas contas da cidade não teve nenhuma influência na decisão dos eleitores ?

Será que o baixo nível da campanha não interferiu na decisão ?

Será que a reprovação do seu (ridículo) mandato, indicada em pesquisas do Ibope e do DataFolha, não teve nenhum impacto ?

Será que o “relaxa e goza”, vindo de uma Ministra, num momento sério e delicado como foi aquele ápice do “apagão aéreo”, não contribuiu para piorar sua já depauperada imagem política ?

Convenhamos, senhor Dimenstein: São Paulo NÃO é uma cidade na qual o voto de cabresto ou a “iguinorânssia” política se dão bem. Por essas e outras, muitas outras, o PT e até mesmo o Lulla sofrem para conseguir votos por aqui.

O nível sócio-cultural é maior; as pessoas são mais bem-informadas. Mas, principalmente, as pessoas sentem no seu dia-a-dia os problemas causados pela incomPTência da MarTAXA.

O paulistano lembra dos túneis caríssimos que alagavam.

O paulistano lembra do estado precário do asfalto da cidade nos tempos da MarTAXA.

O paulistano lembra das taxas.

O paulistano lembra do triste, melancólico e patético período no final do mandato da ex-prefeita, em que a cidade ficou particularmente abandonada.

Eu, pessoalmente, lembro de ter ouvido, na época, MUITA gente que até então defendia a Marta, criticando a bagunça financeira que ela causou. Recordo-me vivamente de pessoas que trabalhavam nos CEUs inaugurados pela prefeita, mas que passaram a não receber seus salários porque a MarTAXA quebrou a cidade. Vi, li e ouvi relatos de pessoas que admiravam o PT, ou mesmo a MarTAXA, em particular, reclamando da zona que São Paulo se tornara graças à incomPTência da criadora das taxas.

Portanto, não me surpreende que dona Marta esteja DIMINUINDO a cada eleição.

Este é o futuro para esta destrambelhada: diminuir, diminuir, até sumir.

Sumirá, perdida no lixo da história política do país.

É o máximo que ela merece.

E o eleitor paulistano sabe disso.

Marta, relaxa e goza
Marta, relaxa e goza

Marta nunca mais

A Justiça Eleitoral negou pedido de direito de resposta da candidata Marta Suplicy (PT) pelo jingle de Gilberto Kassab (DEM), candidato à reeleição, que conclama o eleitor a “bater na madeira” para a petista não voltar à Prefeitura de São Paulo. A decisão foi proferida no domingo (19) pelo juiz eleitoral Cláudio Luiz Bueno de Godoy, da 1ª Zona Eleitoral de São Paulo.

Na representação, a campanha de Marta afirma que a propaganda é irregular pelo fato de conter insinuações de que Marta não seria “pessoa educada”, além de passar a imagem de que não trabalhasse, “só se dando a criar taxas”. “Toc, toc, toc, bate na madeira, Marta outra vez, nem de brincadeira”, diz o jingle kassabista.

Em sua defesa, a campanha de Kassab alega não haver degradação na peça, mas sim crítica baseada em fatos reais. Alega também que a sátira presente na propaganda tem teor “muito menos forte” que outras já usadas pela propaganda petista.

Na decisão, o juiz concorda com o argumento da campanha do DEM e afirma que ambos os candidatos já usaram de sátira para fazer críticas. Cita, entre outras, a propaganda de Marta que chama Kassab de “cascateiro” e a que compara o candidato a um papagaio para dizer que ele copia promessas de campanha. “Não há ofensa em música que refere expressão popular, até em tom satírico”, afirma a decisão.

A sátira de “bater na madeira” também foi levada por Kassab ao debate da Record, que ocorreu ontem. Ao falar da gestão da ex-prefeita, o candidato dava três batidas na mesa do debate em alusão ao seu jingle.

Bate na madeira: Marta NUNCA MAIS !!!!!!!!

Preconceito ou simples direito ?

Por razões óbvias ululantes, a PTralha resolveu promover uma gritaria em torno da repercussão dos questionamentos sobre a vida pessoal do Kassab.

A Mulla, neste fim de semana, deu declarações típicas dele: burras, ignóbeis, cretinas etc. Nada a se espantar. Nosso presidente é um boçal, e suas declarações sempre deixam isso claro. Ululante.

Mas, com relação aos questionamentos sobre o estado civil do Kassab, se tem filhos ou não, o texto abaixo diz tudo. Recebi por e-mail, e publico.

Solteira, sem filhos. E daí?

Marli Gonçalves

Dona Marta e sua gente, que me perdoem todos, mas diretamente desejo de coração que vocês todos sejam jogados na lata do lixo da história. E que suas cabecinhas falsas, perversas, atrasadas e ignorantes fiquem bem longe de nossa cidade. Vocês, Dona Marta e sua gente, estão querendo governar São Paulo? Deus nos livre de vocês, com esse pensamentinho barato, esse jeitinho comunista de ser que não resiste a um vento, essas balelas religiosas, esses estelionatos que estão praticando em todo o país.

Dona Marta e sua gente, vocês não mexeram só com os gays, ou os seus simpatizantes, o que já seria mais do que suficiente para afundá-los na lama. Vocês mexeram com os solteiros, sem filhos. Mexeram comigo. E com milhões de outras pessoas que são, sim, SOLTEIROS. E que não têm filhos, não! Vocês chamaram para a guerra – e como seus fidagais inimigos – os solteiros, sem filhos. Somos muitos, Dona Marta, e somos poderosos! Porque vivemos para nós. Podemos ser gays. Podemos não ser. Podemos ter cachorro, gato, papagaio, beijá-los na boca, dormir com eles na cama. Podemos transar. Podemos nos manter sem transar. Podemos transar com um, com dois, com três. Podemos nos apaixonar. Sabia? Podemos até casar! E ter filhos… Ou adotar, ou cuidar dos filhos dos outros…

Olha, só, Dona Marta, podemos ter amantes! Não é muito mais divertido?

Está com inveja? Saiba, Dona Marta e sua gente, que há muitos de nós! Sabe que somos muito bem requisitados e valorizados no trabalho? Que nossas casas são mais bonitas? Que gastamos melhor nosso dinheiro? Que somos mais responsáveis, carinhosos e ligados aos nossos amigos e familiares? Por um acaso,  Dona Marta, sabe que somos a cara da cidade que a senhora ousa se recandidatar a governar?

Que papelão, que nojo. Quem são vocês, Dona Marta e sua gente, para ousar questionar essa opção? Vocês têm alguma idéia de como é, para nós, importante, poder responder orgulhosamente: Solteiros, sem filhos. Imaginam o que eu, mulher, solteira (embora com muitos casamentos sem papel) já passei, encontrando nesses meus 50 anos de vida, gentinha como vocês? Gentinha que considera, no fundo de suas pequenas almas, que somos gente de “segunda categoria”, ou que – nossa! – por não sermos casados, somos “gays”? Cansei e canso de ouvir insinuações, em geral veladas. “Humm… Ela deve ser sapatão!”

Sou não, Dona Marta. Mas nem eu nem o prefeito Kassab, nem nenhum de nós, lhe deve satisfações sobre para quem damos, se comemos ou somos comidos, se fazemos sexo com homens, mulheres, ou ambos.

Não, Dona Marta e sua gente: somos livres! Eu, por exemplo, não tenho que agüentar um marido argentino rabo de saia ou um senador idiota ilustre por anos para dizer que tenho alguém. Eu não tenho que sorrir em festas infantis, muito menos ver meus lindos filhinhos virando pseudopunks ou sambistas chatos e sem noção. Mais: eu não tenho que a qualquer preço vender a minha biografia ou tentar mudar minha cara e minha personalidade. Dona Marta, a quem a senhora pretende enganar tentando parecer a Luiza Erundina? Ficou igual à Vovó Donalda, Dona Marta, olhe bem no espelho. Porque a Luiza Erundina, Dona Marta, que deveria estar muito envergonhada de estar do seu lado, nunca teve problemas em dizer que era solteira, sem filhos. Governou a cidade, foi muito querida, e só se atrapalhou mesmo quando essa sua corja petista  começou a meter a mão na cumbuca.

Como vocês ousam fazer essa pergunta ao prefeito Kassab? Sim, eu respondo por ele: é solteiro, sem filhos; ouvi dizer que tem um gato de estimação. Mas Kassab tem uma família; todos com uma história construtiva, muitos engenheiros, gente do bem, Dona Marta! Irmãos, que o querem muito bem, com certeza. Cuida do pai, cuidou da mãe, vive feliz, seus olhos brilham e ele gosta de trabalhar pela cidade. A senhora pode dizer que tem uma família? Cadê? Mostra aquela foto da sua família! Aparece com o Luis Favre! Apresente-o para a gente!  Não me faça rir. Mas, por favor, chega, não me faça querer xingá-la, como é o pensamento que tenho agora. Me deixe simplesmente esquecê-la, ou lembrar apenas de seus melhores momentos. Olha que já está ficando difícil lembrar dessa parte de sua biografia.

Vamos falar sério, Dona Marta e sua gente: podemos começar com Celso Daniel. Que tal? Não, não quero saber de nada de crime de Santo André. Quero saber como é que vocês conseguem dormir depois de, por causa do preconceito, há exatos 6 anos fazer de tudo para que a verdade mais clara do mundo a respeito de Celso Daniel (e verdade com a qual ele lidou numa boa) não aflorasse? Petista não pode ser veado, né? Pode, sim!

A senhora e sua gente acha mesmo que levantou alguma suspeita sobre o prefeito Kassab? Ora, seu filhinho Suplinha pula dali, pula daqui… e não é que ele é solteiro, sem filhos? Será gay? Será por isso que ele usa aquelas tachas na roupa, pinta o cabelo, faz cara de mau? Lá pelos lados do Palácio do Planalto tem outras pessoas assim, hein? Solteiras, sem filhos! Quer que eu lembre de algumas ou não precisa?

Dona Marta, que vergonha, que papelão! A gente não lutou tanto tempo, não morreu brigando, foi torturado, batalhou tanto para a senhora e sua gente vir agora mexer com uma coisa tão importante como é a liberdade individual. Dispensamos e desprezamos gente como você, e como o Eduardo Paes, esse simplesmente um moleque safado, que deveria ir, logo, para o PT.

Marli Gonçalves, jornalista, 50 anos, solteira, sem filhos. E não é gay!

Pois é… A Marli Gonçalves (não sei se é o nome real, mas isso não importa) foi educada….. Ela poderia, por exemplo, discutir mais sobre a “família” da ministra do relaxa e goza.

marta-suplici

Por exemplo: qual a contribuição do “Supla” à sociedade ? O que justifica a existência daquele mauricinho que se acha “punk” ? Bom, há farto material a ser explorado/questionado/discutido ali….. Até porque, cruzando os genes da Marta com os do Suplicy, não seria possível sair algo que prestasse…..

Mas isso não importa.

A questão central é que a PTralha, agora, vem reclamar do “preconceito”. Por favor, poupem meus ouvidos !

Quer dizer que em 2000, quando a Marta foi eleita, não havia preconceito, e agora, em 2008, o preconceito “surgiu” do nada ?

Marta-Suplicy-Foto-Wilson-Dias-Agência-Brasil

Por que não assumir que a maioria dos eleitores/cidadãos de São Paulo reprovou a (ausência de) administração PTralha na cidade ?

Não se trata de PRECONCEITO, mas sim de simples prerrogativa democrática: a maioria dos eleitores simplesmente fez uma escolha diferente.

Por que essa matilha de boçais do PT tende a se fazer de vítima do preconceito ?????

Honestamente, não consigo acreditar que uma pessoa com 2 neurônios conheça o PT e ainda atreva-se a gastar seu voto com estes boçais, canalhas, mentirosos, hipócritas.

Arrogância e hipocrisia

Marta Suplicy: um poço de arrogância; um oceano de hipocrisia.

Transcrevo abaixo alguns trechos (com grigos meus) de matéria da Folha Online, que trata da presença da MarTAXA em sabatina promovida pela Folha de São Paulo (na íntegra, aqui):

Primeira entrevistada do ciclo de sabatinas que a Folha realiza com os candidatos a prefeito de São Paulo no segundo turno, a ex-prefeita Marta Suplicy (PT) disse que não viu a propaganda de TV –veiculada desde ontem– que questiona se o adversário Gilberto Kassab (DEM) é casado e se tem filhos. Marta disse que a propaganda é de responsabilidade do marketing da sua campanha. “A decisão está na mão do marqueteiro. […] Eu nem vi a campanha no ar“, disse ela na sabatina promovida hoje pela Folha.

Marta negou que a propaganda tenha insinuações veladas sobre a vida pessoal do prefeito. “Sou uma pessoa contra o preconceito. Da minha boca vocês nunca vão ouvir uma palavra de preconceito. […] Mas eu acho que estão interpretando demais”, afirmou Marta, ao ser questionada se o conteúdo da propaganda não era invasivo e preconceituoso.

Ela afirmou ainda que não tem preocupação sobre a vida privada de nenhum adversário político. “Para mim tanto importa ele ser casado, viúvo ou solteiro. As pessoas têm que saber“. Ela defendeu que a intenção do questionamento levado ao ar na propaganda foi revelar a trajetória política de Kassab e suas alianças com os ex-prefeitos Celso Pitta (PTB) e Paulo Maluf (PP).

Marta respondeu com irritação às perguntas pessoais direcionadas a ela. “O que eu queria colocar a público sobre a minha vida pessoal eu escrevi no livro e ponto. E esse é o único comentário que eu vou fazer sobre a minha vida pessoal. E é o último que você vai ouvir“, afirmou a candidata, ao ser questionada sobre o impacto do divórcio do senador Eduardo Suplicy (PT) sobre sua derrota nas eleições de 2004.

Durante a sabatina, Marta disse ter sido uma das maiores vítimas de preconceito e invasão de privacidade por parte da imprensa. “A vida inteira, a pessoa mais invadida em sua privacidade fui eu”, afirmou.

Bom, vamos por partes.

A campanha da candidata Marta é, sem dúvida NENHUMA, uma invasão à vida particular do oponente dela. A campanha questiona se ele é casado ou não, se melhorou de vida depois que entrou na política, se tem problemas com a justiça etc.

Apenas para relembrar, eis aqui o vídeo:

Detalhe: este e outros vídeos do mesmo “nível” podem ser vistos no site oficial da candidata Marta, AQUI.

Pois bem…… Aí, o poço de arrogância declara que NÃO falará sobre sua própria intimidade, sobre sua vida pessoal ?!Ora, ela cobra o Kassab para falar sobre a vida pessoal dele, mas se recusa a falar sobre a vida pessoal dela ?????

HIPÓCRITA.

No site da candidata, foi divulgada uma “nota à imprensa” – que reproduzo na íntegra:

A campanha de Marta repudia veementemente as insinuações que alguns veículos têm feito a respeito do comercial levado ao ar no domingo (13/10). A equipe de marketing, ao perguntar sobre o estado civil do candidato Gilberto Kassab, em meio a uma série de outros questionamentos, apenas defendeu o legítimo direito do eleitor conhecer,  em todos os aspectos possíveis, a história de quem se apresenta para governar a maior cidade do país.

O candidato Gilberto Kassab dedica-se, em sua campanha, a esconder sua trajetória e companhias, seus compromissos e lealdades, vendendo gato por lebre ao eleitor. Esconde sua condição de filhote do malufismo, de braço direito do ex-prefeito Celso Pitta, de integrante do partido mais conservador do país. Esforça-se para iludir os paulistanos com promessas falsas jogando para debaixo do tapete seus próprios atos como governante. Esses são os fatos que a candidata Marta desmascarou no último debate. Esses são os objetivos fundamentais que motivaram a peça publicitária ontem veiculada.

As insinuações absurdas e cínicas sobre invasão de privacidade do outro candidato são inaceitáveis. Basta lembrarmos da história de Marta, protagonista das principais lutas em defesa dos direitos da mulher e das liberdades individuais. Mais ainda: ela foi vítima constante do preconceito e da intriga, patrocinados ironicamente pelos mesmos setores que hoje apóiam Kassab.

Não haverá manobra ou invencionice que nos impeça de continuar comparando projetos e trajetórias, desmascarando os truques de marketing que tentam impedir o povo paulistano de conhecer o verdadeiro Gilberto Kassab. Esse é, repetimos, um direito inalienável dos eleitores.

A campanha quer, então, que o eleitor conheça o candidato ? Será que esta mesma campanha aceita que o eleitor conheça também a candidata ?????

1) Por que a candidata Marta Suplicy escondeu dos eleitores seu relacionamento com Luis Favre, em meio à campanha eleitoral de 2004 ?

2) Por que a candidata Marta Suplicy continua usando o sobrenome de seu ex-marido ? Por que não adotou o sobrenome do atual marido ? Quais foram os termos do divórcio ? Quando, exatamente, ele ocorreu ?

3) O marido da candidata Marta Suplicy faz o quê, exatamente ? É contratado do PT, do Duda Mendonça ou de quem ?

4) Quando a candidata era Ministra do governo federal, o seu marido trabalhava fazendo o quê ? Ganhava quanto ? O dinheiro era originário do governo federal (portanto, público) ?

5) Qual é a ligação exata do atual marido da candidata, Luis Favre, com o Foro de São Paulo ? E qual a ligação do marido da candidata Marta com a Internationalist Communist Organisation (OCI), a Trotskyist party in France (segundo descrição retirada do blog do próprio Favre, AQUI) ?

6) A candidata casou-se com o Luis Favre em comunhão de bens ?

7) A candidata é contra ou a favor do Foro de São Paulo ? Costuma participar das reuniões do “grupo” ? Com que freqüência ?

8) A candidata é contra ou a favor da punição dos membros do PT que participaram do “mensalão” ? Qual é a postura da candidata, como membro da executiva do partido ? Ela recomendaria a expulsão dos corruptos ?

9) A candidata sabe que suas propostas referentes ao Metrô são inviáveis ?

10) Se sabe, por que não se retratou ? Se não sabe, por que não buscou a informação correta ? (OBS: quem quiser, pode ver o vídeo da campanha AQUI, e ler a nota divulgada pelo Metrô, AQUI).

Aliás, o casamento com Luis Favre renderia inúmeras outras perguntas. Basta ler esta página AQUI, e me ocorrem pelo menos mais umas 50. Vou guardar para outra oportunidade, por falta de tempo. Para quem quiser uma diversão mais “arriscada”, sugiro ESTA LEITURA AQUI. É uma diversão ler as bobagens que a PTralhada escreve !!!!!

A matéria abre espaço para inúmeros outros pontos. Voltarei a eles oportunamente.

Porém, sobre estas perguntas que eu apontei, cabe registrar: a mim, pessoalmente, não interessam. Repilo Marta Suplicy (ou qualquer sobrenome que venha a adotar futuramente, não importa) devido à sua arrogância, sua incomPTência administrativa, sua hipocrisia.

Nada disso tem relação com quem ela casou, de quem divorciou-se ou afins. Tampouco me interessa a opção de vida dela ou de seus filhos, como o Supla (que idade tem ? É casado ? Tem filhos ? Ganha a vida fazendo o quê ?)

Porém, à campanha do PT, parece interessar a vida pessoal dos candidatos.

2.087.504

2.087.504.

Este é o número de votos computados até o momento (99% das urnas apuradas) para Dona MarTAXA.

2.087.504.

Este é o número de paulistanos que precisam tomar conhecimento de alguns fatos sobre Dona MarTAXA.

A vantagem: alguns munícipes ACORDARAM.
Em 2004, Dona MarTAXA recebeu 2.209.264 votos.
A rainha do botox perdeu votos – nem tantos quanto o picolé de chuchu, registre-se.

Mas agora é preciso reduzir ainda mais o montante de incautos que acreditaram na rainha do botox.

Eis uma breve contribuição:

A herança de Prefeita Marta Suplicy

Radiografia da cidade de São Paulo no último dia de mandato do governo do Partido dos Trabalhadores

Janeiro 01, 2005


FONTE:
http://www.sampaonline.com.br/reportagens/aherancademartasuplicy.htm

Marta Suplicy finaliza seu mandato de quatro anos à frente da Prefeitura do Município de São Paulo deixando, segundo dados do Sistema de Execução Orçamentária, um rombo de quase R$ 440  milhões, e uma dívida que beira os 30 bilhões de reais.

Marta Suplicy, candidata ao governo do Estado em 2006, parece ter traçado sua estratégia eleitoral: deixar a cidade em ruínas, impossibilitando seu gerenciamento mediante manobras na Câmara Municipal, onde seu partido ainda usufrui uma considerável maioria. Segundo o jornal Folha de São Paulo, “Petistas ligados a Marta apostam que um início de governo conturbado do PSDB pode valorizar sua gestão, dando impulso para sua candidatura ao governo do Estado em 2006”.

Após perder a eleição, Marta Suplicy dedicou-se à tarefa de adequar sua gestão à Lei de Responsabilidade Fiscal. Até programas que foram o cartão de visita de sua gestão, e garantiram votos das camadas mais miseráveis da população, como o Renda Mínima, sofreram com corte ou atraso nos pagamentos. Inúmeras manifestações de servidores municipais e prestadores de serviço tumultuaram a cidade.

Como é o estado da cidade de São Paulo no último dia da gestão do Partido dos Trabalhadores ?

Projeto Belezura

Após assumir o mandato, Marta Suplicy lançou o Projeto Belezura, para resgatar a beleza da cidade, e -com maciça cobertura da imprensa- deu o exemplo pintando as paredes do estádio do Pacaembu. Os eventos do projeto contaram com presenças ilustres: até o senador Eduardo Suplicy prestigiou a revitalização da Praça Nossa Senhora aparecida, em Moema.

Confira:

Arlindo Chinaglia e Eduardo Suplicy participam do projeto belezura na Praça Nossa Senhora Aparecida em Moema

Projeto Belezura chega à Praça Coronel Fernandes de Lima, no Jardim Novo Mundo (Moema)

Quatro anos depois, os locais ora embelezados estão completamente abandonados, como demonstram as fotos abaixo:

Praça Coronel Fernandes de Lima

Praça Nossa Senhora Aparecida

Moradores de Rua

“É inadmissível que num governo do PT haja gente morando na rua”. Beatriz Pardi, subprefeita de Pinheiros, não podia expressar melhor a aparente intenção do governo Marta Suplicy de dar dignidade aos 8.704 moradores de rua da cidade de São Paulo (segundo censo da FIPE, Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas). Mas se a área de saúde foi abandonada por não dar votos, morador de rua, então, caiu no esquecimento. No início da gestão, o governo Marta Suplicy começou -com ampla difusão na mídia- uma campanha de transferência de moradores de viadutos para hotéis.

Confira:

Administração Regional de Santo Amaro retira indigentes sob viaduto da Avenida Vereador José Diniz

Administração Regional de Santo Amaro completa remoção de moradores do viaduto Transamérica

Quatro anos depois, moradores sob os viadutos Transamérica e Ver. José Diniz estão de volta (foto abaixo): abandonados pelo governo Marta Suplicy  e sem qualquer ajuda do Serviço de Assistência Social da Prefeitura do Partido dos Trabalhadores.

Poluição Visual

Ao começar a governar a cidade de São Paulo, e em alguns casos até antes, membros do alto escalão do Governo Marta Suplicy enfatizaram seu compromisso com a despoluição visual da cidade:

  • “Secretário diz que poluição visual diminui em 8 meses (Jornal O Estado de São Paulo, Outubro 7, 2000).
  • “Marta decreta guerra à sujeira e poluição visual” (Jornal O Estado de São Paulo, Janeiro 5, 2001).
  • “Poluição visual: o alvo nº 1 do Belezura” (Jornal O Estado de São Paulo, Janeiro 5, 2001).
  • “A prefeita Marta Suplicy promete ser implacável com a questão da poluição visual. Comerciantes que estiverem usando faixas, placas e banners que não estejam de acordo com a legislação, serão severamente punidos”. (Gazeta de Santo Amaro, edição N° 2109 de 17 a 23 de Fevereiro de 2001).

O Governo Marta Suplicy começou sua gestão com uma campanha -mais uma vez, com intensa cobertura da mídia- para retirada de outdoors irregulares. Houve quem duvidasse da real intenção da Prefeita: em reportagem publicada pelo jornal O Estado de São Paulo em 10 de Abril de 2001 Cláudio Pereira, diretor-executivo da Central de Outdoor, qualificou a mesma como “um factóide” afirmando que a intenção “é criar um barulho para os cem dias de governo”.

Confira: Retirada de outdoors ilegais gera confusão na Faria Lima

Quatro anos depois, há milhares de faixas instaladas irregularmente na cidade. A nova Lei aprovada durante a gestão de Marta Suplicy, elaborada pela Vereadora Myriam Athié, liberou a instalação de outdoors nas avenidas da cidade. A situação piorou consideravelmente.

Buracos

O governo Marta Suplicy recebeu do governo Celso Pitta uma cidade destruída. Nos primeiros meses foram organizados mutirões para recuperar a cidade.

Confira: Mutirão Tapa-Buraco continua nesta sexta e sábado

Quatro anos depois, as principais avenidas apresentam crateras que custaram rodas e pneus de milhares de paulistanos. Ruas secundárias estão completamente abandonadas; algumas são praticamente intransitáveis. Segundo dados divulgados no SP/TV em 7 de janeiro de 2005, há trinta mil buracos nas ruas da cidade de São Paulo.

Av. Washintgon Luís, altura da Rua Bourbon (Chácara Flora)

Rua Professora Maria de L.S. Nogueira esquina com a Rua Ubatu Mirim (Campo Grande)

Mato

O governo Marta Suplicy encontrou a cidade com o mato nas Marginais e principais avenidas alcançando quase meio metro de altura. Arlindo Chinaglia, Secretário de Implementação das Subprefeituras, disse no começo da gestão petista que “No estado que encontramos a cidade não dá para exigir que em apenas um mês você consiga limpar todo o mato, limpar bueiro, tirar entulho. Mas na minha avaliação já tem uma diferença significativa”.

Confira: Arlindo Chinaglia avalia um mês de Governo petista

Quatro anos depois, há sim uma diferença significativa: o mato ultrapassa um metro de altura. Compare a altura do mato, na foto abaixo à esquerda, com a altura da placa de trânsito.

Av. Prof. Alceu Maynard de Araújo, em Santo Amaro

Praça dos Libaneses, na Av. Jornalista Roberto
Marinho (ex-Água Espraiada)

Lixo

Apelidada de Martaxa pelas taxas do Lixo e Iluminação criadas na sua gestão, Marta Suplicy entrega o governo com toneladas de lixo acumuladas nas ruas de São Paulo. Para piorar a situação, Marta Suplicy anulou por decreto, em 29 de dezembro, despesas já revistas no Orçamento. Limpeza Urbana sofreu um corte de mais de R$ 220 milhões. Quando o ex-prefeito Celso Pitta utilizou recurso similar no fim de sua gestão, Marta Suplicy, que estava na cidade do México, qualificou a situação de “hecatombe”.

Rua Luís Correia de Melo, em Santo Amaro

Combate à corrupção

Após assumir seu mandato, em 2001, Marta Suplicy prometeu uma devassa no PAS, o sistema de saúde idealizado por Paulo Maluf. Nada fez. É mais: durante a campanha eleitoral de 2004, disse que “pontos bons no programa, como os cartões de cadastramento” (Folha de São Paulo, 29 de outubro de 2004). A condescendência com o ex-Prefeito foi tanta que segundo a revista Veja (edição 1878, 3 de novembro de 2004) “O Ministério Público estadual fará nos próximos dias o derradeiro pedido para que a prefeitura de São Paulo contrate um advogado para trabalhar no caso da Ilha de Jersey, paraíso fiscal onde Paulo Maluf guarda cerca de 200 milhões de dólares. É a sexta vez que os procuradores fazem essa solicitação”.

Não pode-se afirmar que houve cobrança de propina por parte de fiscais da Prefeitura durante o governo do PT. Mas também não é possível fazer tal afirmação do governo Pitta. Quem paga propina não denuncia por medo às represálias. Mas há indícios interessantes. Na reportagem “Camelódromo fracassa e perde até o nome”, publicada no Caderno Cidades do jornal O Estado de São Paulo em 15 de julho de 2004, fala sobre o Popcentro, uma espécie de shopping center para camelôs inaugurado na Rua Florêncio de Abreu. Inaugurado há meses como parte “de um projeto para amenizar o problema dos camelôs no centro”, o ” local só tem dois boxes para alugar, mas atraiu poucos ambulantes”. Segundo a reportagem, Valmir Siqueira, que foi camelô por 15 anos, alugou um box, tornando-se microempresário. Siqueira, que tem uma loja de ferramentas “afirma que gasta com o aluguel o que pagava de propina para fiscais“. Quais fiscais? Os do governo Marta Suplicy.

Foram, sim, demitidos alguns servidores: na maior parte dos casos, foi o resultado de processos iniciados no governo Celso Pitta.

Passa Rápido

Uma das grandes bandeiras eleitorais do governo Marta Suplicy. Feito às presas em 2004, vários trechos apresentavam buracos e defeitos no asfalto já no final do ano, após as eleições. Mas o custo real só veio à tona em 2005. Segundo informa a Folha de São Paulo em 12 de fevereiro de 2005,  “a quantidade de pedestres mortos na cidade de São Paulo disparou 20% em 2004, na primeira elevação dos últimos 11 anos e no maior salto anual do histórico de estatísticas da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego)”. A companhia trabalha ” como a principal hipótese para a alta de 20% a inauguração dos corredores exclusivos de ônibus à esquerda”, um projeto do governo Marta Suplicy. Este hipótese foi levantada “pelo fato de a elevação ter sido maior a partir do segundo semestre, quando a maioria passou a funcionar”.

Em 13 de junho de 2005, a Folha de São Paulo, na reportagem “Câmeras de Passa Rápidos não funcionam”, informa que “As 59 câmeras implantadas pela Prefeitura de São Paulo [nos corredores de ônibus à esquerda] foram desativadas ainda no governo petista”. Ainda segundo a Folha, “A desativação foi mantida sob sigilo no governo Marta, mesmo diante de questionamentos da reportagem no final de 2004. O ex-secretário dos Transportes Jilmar Tatto, abordado na semana passada, afirmou inicialmente que não sabia da inatividade dos aparelhos. Depois, disse se lembrar de algum problema, mas sem dar detalhes”.

CET

Reportagem publicada no jornal Folha de São Paulo em 21 de fevereiro de 2005 afirma-se que “a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) de São Paulo começou 2005 numa das piores crises de sua história”, com ” mais de cem veículos de sua frota parados, em manutenção, principalmente por falta de peças”. O governo do PT diminuiu também os postos de medição de congestionamentos (de 45 para 34), desativou metade das câmeras de monitoramento do trânsito, deixou sem manutenção os semáforos inteligentes, atrasou pagamento de fornecedores e acabou com a gratuidade do serviço 194, que passou a ser atendido pelo 156, tarifado.

No final do governo Marta Suplicy a situação piorou. Em novembro foram suspensos os contratos terceirizados de guinchamento, já que a própria CET ia fazer o serviço. Deu no que deu: de 1.733 remoções de carros estacionados em situação irregular efetuadas em agosto, passou-se a 35 remoções em dezembro. A frota da companhia, sucateada, “tem uma idade média de 9,7 anos”. Ainda segundo a reportagem, se a Prefeitura aplicasse às viaturas da CET as mesmas regras que regem o serviço de transporte coletivo, onde ônibus com mais de dez anos não podem circular, “boa parte” dos 703 veículos da CET “ficaria proibida de circular”.

CEUs

Construídos a toque de caixa, a um custo até 425% maior do que em uma escola padrão, segundo dados do Ver. Ricardo Montoro, foram a grande bandeira eleitoral do PT. Duraram pouco: segundo reportagem publicada pelo jornal Folha de São Paulo em 18 de fevereiro de 2005, uma auditoria da secretaria municipal da Educação constatou que “todos os 21 prédios que abrigam unidades dos CEUs (centros educacionais unificados) têm problemas na construção”. Ainda segundo a reportagem, o CEU Paz, na zona norte, exemplifica a situação: há “rachaduras, as duas piscinas foram esvaziadas e interditadas. Há também rachaduras no piso da escola, degraus quebrados, falta de escadas, tubulações com vazamento, pintura danificada, problemas na vedação e no ar-condicionado e até infiltração de esgoto no poço do elevador”.

Túnel da Rebouças

Mais um cartão postal de dona Marta e do PT. Segundo a revista Veja São Paulo de 19 de janeiro de 2005, a obra, que “consumiu 97,4 milhões de Reais, 49% a mais em relação à previsão inicial de gastos da gestão Marta Suplicy”, deixou “seis carros submersos” em dois messes, foi interditada “dez vezes por precaução” e, segundo laudo do IPT, há “trechos das galerias de drenagem pluvial do túnel que já estão em péssimo estado”. Pouco tempo depois o governo José Serra interditou novamente a avenida para reconstrução das galerias.

Dívidas e calote

Em editorial de 01 de março de 2005, a Folha de São Paulo afirma que “há sinais enfáticos de que a prefeita Marta Suplicy infringiu a Lei de Responsabilidade Fiscal, reservando para seu sucessor restos a pagar sem a necessária cobertura”. Há, segundo a matéria, 12.875 credores, que reivindicam R$ 2,1 bilhões “por serviços supostamente realizados sem o devido pagamento”. R$ 800 milhões em empenhos foram cancelados pelo governo do PT, o que motivou a intervenção do Ministério Público Estadual para investigar o caso.

Mauro Ricardo Costa, secretário de Finanças do governo José Serra , estimou que em R$ 1,6 bilhão as dívidas de curto prazo deixadas pelo governo do PT, liderado por Marta Suplicy. Foi só tomar posse o novo prefeito e os fornecedores, que ficaram calados durante o governo do PT, botaram a boca no trombone. Em anúncio pago na imprensa divulgado em janeiro de 2005 a Associação de Pequenas e Médias Empresas da Construção Civil (APeMEC) afirmou que seus 225 associados estão “sendo vítimas de gravíssima inadimplência originária da administração anterior (NR: Governo Marta Suplicy)”. As empresas de lixo, que alegam ter R$ 298 milhões a receber da Prefeitura, também entraram com representação no Ministério Público Estadual para tentar garantir seus direitos.

Nem a energia elétrica o governo de Marta Suplicy pagou. Segundo a Folha de São Paulo (“Prefeitura às escuras”, 31 de março de 2005), da dívida da Prefeitura com a Eletropaulo “ao menos R$ 108 milhões são de contas atrasadas desde outubro de 2004, período em que se intensificou a gastança que caracterizou a gestão de Marta Suplicy, por razões sabidamente eleitoreiras.”

Os perueiros divulgaram no começo de 2005 um manifesto afirmando enfrentar uma ” situação desesperadora”, afirmando que nada recebem pelas baldeações gratuitas permitidas pelo bilhete único -e que já representam 30% do total de passageiros que eles transportam- ou pela viagem de idosos. Esta situação vem se arrastando desde julho de 2004, quando o governo Marta Suplicy se comprometeu a repassar aos perueiros uma subvenção adicional de R$ 15,3 milhões de agosto a outubro. Na oportunidade, o governo do PT prometeu que em novembro iam ser definidas novas regras de remuneração. Após a constatação da derrota eleitoral, danem-se os perueiros: nada foi definido nem sequer pago.

Em 11 de janeiro o governo José Serra enfrentou a primeira greve de ônibus: motoristas e cobradores do consórcio Via Sul, que pertence ao empresário José Ruas Vaz, o maior empresário do setor, recolheram 380 veículos às garagens -prejudicando mais de 190 mil passageiros-  por falta de pagamento dos salários, que deveria ter sido efetuado no dia 5. Segundo divulgado na Folha de São Paulo, os empresários do setor afirmam que “a demora para pagamento se deve aos atrasos da gestão anterior”.

Reportagem publicada no jornal Folha de São Paulo em 21 de fevereiro de 2005 informa a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) acumulou “dívidas milionárias em impostos, que deixaram de ser pagos para compensar a redução orçamentária determinada pela Prefeitura de São Paulo na gestão Marta Suplicy (PT)”. Segundo a reportagem, a CET reconheceu, “no governo petista”, dívidas superiores a R$ 43 milhões com o INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) e de R$ 25 milhões de ISS (Imposto Sobre Serviços). Segundo Alfredo Coletti, diretor do sindicato que representa os empregados da CET – filiado à CUT (Central Única dos Trabalhadores), o braço sindical do próprio PT- a crise é a pior na história da companhia, e os “problemas financeiros deixados por Marta são até piores que os de Pitta”.

O calote foi geral. Segundo reportagem da Folha de São Paulo de 21 de janeiro, Valéria Lauand, educadora do CEU Jambeiro, afirma que “ainda não recebeu os salários referentes aos meses de outubro, novembro e dezembro de 2004”. Ricardo Nicola Luccas, professor de música do CEU Alvarenga, afirma que teve de “vender um de seus carros” já que não recebeu “os salários do último trimestre de 2004”.

O programa Reluz, que prevê a troca de mais de 40 mil lâmpadas de rua, também foi afetado. Segundo informa a Folha de São Paulo em 3 de março de 2005, uma parcela da AES Eletropaulo no valor de R$ 2,3 milhões referente à instalação -já realizada- de 19 mil pontos de luz com vencimento em 31 de dezembro de 2004 (último dia da gestão da petista Marta Suplicy) não foi paga, comprometendo o financiamento da Eletrobrás (R$ 120 milhões).

Segundo informa o site do Estadão em 16 de abril de 2005, o pagamento do serviço 156 foi suspenso por Marta Suplicy em agosto de 2004. Este serviço presta informações sobre 65 serviços municipais da cidade de São Paulo (itinerários de ônibus e bilhete único, trânsito, limpeza urbana e iutros ). O serviço voltou a funcionar em abril de 2005, depois que o governo José Serra se comprometeu a pagar em 15 dias as dívidas correspondentes aos meses de janeiro, fevereiro e março.

Subprefeituras

Na primeira reunião com Walter Feldman, secretário municipal das Subprefeituras, os subprefeitos interinos informaram como encontraram suas unidades. Na Casa Verde (zona norte), o piscinão está assoreado, a altura do mato ultra passa um metro de altura e as ruas estão todas esburacadas. Já a subprefeitura de Ermelino Matarazzo (zona leste) deve dois meses de aluguel do prédio. Todas as subprefeituras informaram dívidas com fornecedores e prestadores de serviço. A frota de veículos está sucateada, e os poucos veículos que rodam não têm combustível. Na Usina de Asfalto da Barra Funda (zona oeste), por exemplo, há 22 veículos. Desses, somente 4 têm condições de rodar.

Empreguismo

Os subprefeitos também relataram a Walter Feldman que em cada subprefeitura há de 10 a 20 funcionários em “cargos de confiança”, cuja principal missão era fazer trabalhos políticos. A esmagadora maioria desses “assessores” eram filiados ao PT, e como tais tem obrigação de doar uma percentagem dos seus rendimentos às finanças do partido.

A família Tatto, cujos membros segundo o jornal Folha de São Paulo ” formavam o clã mais poderoso na cidade durante a administração de Marta”, perdeu cerca de 40 cargos na Subprefeitura da Capela do Socorro. A derrota eleitoral afetou também o clube de futebol da família, o Barcelona Esportivo Capela, que estreou em 2003 na Série B-2 do Campeonato Paulista. O time jogava no Capelão, estádio construído durante a gestão do PT com ajuda da subprefeitura local, que colaborou com areia e blocos. Após a divulgação do resultado do segundo turno, a família decidiu vender sua participação no time, que deverá deixar a região rumo ao interior.