Idiotas do bem manipulados por fascistas milionários querem controlar a propaganda

Excelente (como de costume) a coluna do Pondé da última segunda-feira:

E os idiotas do bem atacam de novo. Você não sabe o que é um idiota do bem? Explico: é alguém que tem certeza de participar do grupo que salva o mundo. Mas essa categoria contemporânea tem subespecificações. Hoje, vamos analisar uma delas.

Você sabia que tem gente por aí apoiando a proibição de propagandas de bebidas alcoólicas nos meios de comunicação?

Um dos traços desse subtipo de idiotas do bem é gozar com leis que incidem sobre hábitos e costumes. No caso do álcool, se eles pudessem, votariam a favor do retorno da “prohibition” –lei seca americana que deu impulso ao crime organizado.

O que está por detrás dessa ideia de proibir a propaganda de álcool é uma mentalidade totalitária. Uma coisa que rapidamente esquecemos é que toda forma de repressão vê a si mesma como uma forma do bem instituído na norma.

Daqui a pouco se proibirá a publicidade de carros (causam acidentes), aviões (caem), batom (dá vontade de beijar a boca das mulheres e isso pode ser anti-higiênico), churrascaria (colesterol), café (causa ansiedade), xampus (os cabelos reais nunca são tão lindos quantos os das propagandas), bolas de futebol (os meninos podem cair e quebrar a perna), livros (existem livros que propõem coisas absurdas), telefonia celular (já se fala em pessoas viciadas em celulares), televisão (crianças podem ver coisas erradas na televisão), computadores (a internet é incontrolável), turismo (pessoas podem pegar infecção intestinal viajando), água (pode estar contaminada), metrô (pode descarrilar), ônibus (capotam)… A lista é cansativa, como tudo que brota da alma dos idiotas do bem quando resolvem salvar o mundo de nós mesmos.

O ódio à espécie humana é comum em quem é intolerante à contingência. Às vezes, a intolerância vem disfarçada de amor ao próximo e à sociedade.

A “sujeira” humana é insuportável para os idiotas do bem que sonham com um mundo em que apenas eles possam viver e tudo seja limpinho.

O objetivo é estabelecer um controle absoluto de tudo na vida, matá-la em nome desse controle. A contingência, inimiga mortal das almas pequenas, é o foco de leis como essa: proibindo a publicidade de bebidas alcoólicas, os idiotas do bem entendem que controlarão o uso de álcool.

Recomendo, fortemente, para essas almas pequenas, a leitura do maravilhoso “Antifrágil”, de Nassim Nicholas Taleb, publicado no Brasil pelo selo Best Business, da editora Record.

O conceito de “antifrágil” não é sinônimo de forte ou robusto, ou inquebrável. A ideia de Taleb é que, quando se acua excessivamente a contingência, ela “se vinga”.

Sistemas muito puros ou controlados estariam condenados a essa vingança da contingência. A “saída” é ser meio “sujo”, meio “incerto”, “educado pela contingência”, aprendendo a conviver com ela.

Taleb identifica, como seria de se esperar, a modernidade como sofrendo desse mal: nas palavras do próprio autor, “o intervencionismo ingênuo moderno”.

Como, aliás, já ficava claro nas propostas utópicas de filósofos como Francis Bacon (1561-1626) para sua “Nova Atlântida”, o foco da ciência seria “atar a natureza” para que ela nos entregasse nossas melhores condições de vida.

Sem cairmos numa defesa ingênua da vida natural “livre”, trata-se de entender que o controle excessivo da vida a torna insuportável. Quem muito se lava padece de bactérias superpoderosas.

O mundo contemporâneo, na mesma medida em que se masturba com a autoimagem de “livre”, sofre de uma profunda compulsão de controle da contingência em todos os níveis.

Ser antifrágil é aprender que “pequenos” e contínuos efeitos da contingência são assimiláveis e formadores da sobrevivência, enquanto que a negação pura e simples desses efeitos prepara a vingança da contingência.

O mundo, cada vez mais, é habitado por jovens assustados, ansiosos, inseguros nos afetos, com medo de ter filhos (mente-se muito sobre isso tudo), que temem uma vida que, ao contrário do que lhes foi prometida, está sempre além de nossa capacidade de previsão e controle.

Jovens inseguros e ansiosos: eis a vingança da contingência.

Sempre houve idiotas que acham que devem salvar o mundo de propagadas disso ou daquilo – vejam o caso do Instituto Alana, uma ONG asquerosa que pratica há muito tempo esse “fascismo do bem”: um grupo de playboys ricos e mimadinhos que acham que podem (e devem!) dizer a cada pai e mãe como devem educar seus filhos.

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O leitor nunca ouviu falar no Instituto Alana? Alexandre Borges tem alguns detalhes pouco conhecidos:

Se você não sabe quem trocou a TV Colosso pela Fatima Bernardes, aqui vai uma dica.
Ana Lucia de Mattos Barretto Villela, R$ 5 bilhões de patrimônio segundo a Forbes, fundou em 1994 o Instituto Alana, ONG que trava uma jihad contra a publicidade infantil. Seu marido é o CEO da organização.
A fortuna de Ana Lucia é fruto da herança recebida por ser bisneta do fundador do Itaú. Ela tem 42 anos e é a mais jovem bilionária do país. Desconheço se ela tem problemas com propaganda de bancos, como do seu Itaú, mas o Kinder Ovo e o Danoninho são alguns dos alvos da atuação da sua ONG.
Depois de muito tempo, energia e dinheiro investidos, a publicidade infantil foi praticamente banida do país. São tantas restrições e regulações que o mercado de propaganda de produtos para crianças é uma mera sombra do que já foi. E com ela a programação matinal para crianças em TV aberta, com raras exceções como os desenhos do SBT.
Em 2014, a Maurício de Sousa Produções (MSP), da Turma da Mônica, divulgou um levantamento feito pela GO Associados. O estudo dizia que o mercado de produtos infantis gerava R$ 51,4 bilhões no Brasil por ano, mais de R$ 10 bilhões em salários e quase R$ 3 bilhões em impostos. Com as proibições e constrangimentos criados para a propaganda infantil, o Brasil perderia R$ 33,3 bilhões em produção, R$ 6,4 bilhões em salários e R$ 2,2 bilhões em impostos.

No mundo real, longe das boas intenções dos discursos preparados pelas mais caras empresas de relações públicas e advocacy, a perseguição ao Kinder Ovo e ao McLanche Feliz representaram um desastre econômico e também cultural. Sem propaganda infantil, não há programação infantil.
O ataque à publicidade infantil é também a porta de entrada para que o conteúdo destinado a crianças fosse substituído pelo lixo ideológico de Fatima Bernardes e afins. Enquanto as gerações anteriores de crianças viam desenhos animados na TV aberta, hoje assistem doutrinação sobre mudança de sexo para menores de cinco anos.

O problema não afeta diretamente os clientes de TV por assinatura que podem trocar Fatima Bernardes pelo Cartoon Network ou Discovery Kids, mas quem só tem TV aberta vai ter que se contentar com seus filhos tendo aula de funk ou aprendendo a trocar de sexo.

Melhorar o mundo passa por esquecer os discursos encomendados, as palavras fáceis, os apelos emocionais, e buscar compreender o que acontece na prática quando se ataca um setor produtivo da economia por motivos meramente ideológicos.

Os bilionários continuarão educando seus filhos em escolas estrangeiras e oferecendo tudo que o dinheiro pode comprar. Já os filhos do resto da população vão sendo educados pela Fatima Bernardes mesmo.

– Ana Lucia de Mattos Barretto Villela (Forbes) http://bit.ly/2o4zJAE
– Proibir propaganda para crianças seria “burrice”, diz Mauricio de Sousa http://bit.ly/2o4G4ft
– “Disforia de gênero é um problema psicológico, mas programa de Fátima Bernardes quer tratar como escolha de crianças de 3 anos” http://bit.ly/2o4G3Z4

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Ana Lúcia de Mattos Barretto Villela, patrimônio de mais de R$ 5 bilhões, fundadora do Instituto Alana, uma ONG milionária que acha que pode controlar como os pais educam seus filhos. Fotos de uma extensa entrevista concedida à Revista Trip em maio de 2016

A Nestlé (e algumas crianças) já foram vítimas do fascismo do bem do Instituto Alana (íntegra AQUI):

O Instituto Alana resolveu notificar a Nestle por ter promovido a “Copa Nescau”, uma competição de basquete, futsal, handebol e vôlei voltada para crianças carentes entre 10 e 12 anos.
De acordo com a ONG, a Nestle teria vestido “coletes com a estampa do raio amarelo, símbolo da Nescau, por cima dos uniformes escolares” das crianças e entregue “medalhas e troféus com os dizeres ‘Copa Nescau’ e os logos e símbolos da marca” como premiação da Copa, o que deveria ser banido por “direcionar sua mensagem ao público infantil para convencê-los a consumir os produtos da marca Nescau”.
Criado por uma das herdeiras bilionárias acionistas do Itaú, Ana Lucia de Mattos Barretto Villela, o Instituto Alana atua para eliminar ao máximo a propaganda infantil, permitindo assim que as mídias fiquem ainda mais dependentes das propagandas do governo e de bancos como o Itaú do qual ela é acionista. O instituto vive dos rendimentos de um fundo patrimonial de 300 milhões de reais formado por Ana Lucia.

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PORTANTO, CARO LEITOR, MUITO CUIDADO COM OS “IDIOTAS DO BEM”: eles não são apenas idiotas. Geralmente, são massa de manobra de gente rica (muito rica!) que tem intenções nada nobres: são apenas fascistas. Tentam se disfarçar sob um manto de “discurso social”, mas não passam de fascistas – querem controlar o que você vê, o que você diz, o que você pensa.

O pior é que vejo muita gente que não sabe a verdade sobre essas iniciativas, e cai na conversa fácil – obviamente com uma “providencial ajuda” de sites escrotos como Catraca Livre e demais lixos da esgotosfera da extrema-esquerda (veja por você mesmo: digite “Instituto Alana” no Google, e observe as “matérias” publicadas por lixos como “Rede Brasil Atual”, “CartaCapital”/”Carta Educação”, “Catraca Livre”, “Jornal GGN/Luiz Nassifra”, Revista Trip etc).

Não raro, vejo pessoas bem intencionadas compartilhando conteúdo do Catraca Livre no Facebook, exaltando as iniciativas fascistóides do Instituto Alana. Não se deixe virar massa de manobra.

A surra da Amazon ainda não acabou

Ontem eu tratei aqui no blog do tiro de canhão que a Amazon deu no próprio pé. Contudo, o assunto continuou rendendo, e achei que cabia retomá-lo, para incluir novos fatos e informações que surgiram.

Em primeiro lugar, a surra que a Amazon tomou não apenas cresceu, mas finalmente surgiram alguns números que ajudam a dimensionar a cagada feita pela empresa (e pela agência de propaganda VML, sobre a qual tratarei algumas linhas adiante).

Segundo informa o Estadão (aqui), o tuíte do João Doria, que trazia o vídeo no qual ele “desafiou” a Amazon, atingiu a marca de 59 milhões de engajamentos. Conforme informa O Antagonista (aqui), o vídeo em questão alcançou 125 milhões de pessoas.
Mas o que significam estes números?
Eles parecem contraditórios, não?!
Na verdade, não. O vídeo foi publicado no Twitter e no Facebook – então, os 125 milhões se referem à soma, ou seja, todo mundo que viu o vídeo. Os 59 milhões tratam APENAS do Twitter. Além disso, nem o Estadão nem O Antagonista informaram a fonte de seus dados – portanto, podem ser fontes diferentes, com métodos de mensuração diferentes.

Contudo, esses números NÃO são muito confiáveis, por várias razões.
Uma mesma pessoa pode gerar 10 “engajamentos” no mesmo vídeo, distorcendo a mensuração total. O fato concreto é que o “desafio” do Doria teve uma audiência brutalmente maior do que a propaganda burra da Amazon. É possível estimar que a audiência do João Doria tenha sido no mínimo 20 a 30 vezes maior do que a da Amazon.
Em suma, a Amazon tomou uma surra quantitativa brutal, monstruosa.

Mas e no quesito qualitativo?
Outra surra.
Os números mostrado pelo O Antagonista apontam 92% de saldo positivo para o prefeito. Novamente, não ponho a mão no fogo pelo número exato, mas basta ler os comentários que estão no Facebook da postagem original do vídeo que é fácil perceber que a maioria esmagadora apoiou a iniciativa do prefeito, e repudiou a propaganda da Amazon.
Esta proporção faz sentido pois, conforme lembrei no post de ontem aqui no blog, a pesquisa DataFolha do mês passado indicava que 97% dos paulistanos são contra as pichações. Tendo em vista que a campanha da Amazon recorre a esta questão como ponto de partida, é lógico assumir que ela terá uma rejeição parecida – acima de 90%, no mínimo.

Diante destes números, que são absolutamente avassaladores e desastrosos para a Amazon, cabe perguntar: POR QUE UMA EMPRESA FAZ UMA CAGADA MONUMENTAL DESSAS?
Será que ninguém, nenhuma alma viva, na Amazon, ou na agência de propaganda, tem capacidade intelectual e profissional para perceber o tamanho da burrada antes de colocar isso no ar?

Pois é… Aí começa o problema central.
Não tenho idéia de quem foi o responsável, dentro da Amazon, pela aprovação dessa campanha burra e tosca. Todavia, surgiram informações sobre a agência VML que ajudam a oferecer algumas respostas do lado da agência de propaganda.

Como está claro e cristalino aqui, pelo menos 2 funcionários da agência VML são militontos petistas de facebook, do tipo que chama o impeachment de “golpe” – e isso já sintetiza o (baixíssimo) QI dos envolvidos.

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A grande questão, assim, é debater como (e por que) uma empresa coloca profissionais de tão baixa estirpe em cargos relevantes: uma pessoa que coloca sua militância política acima dos interesses da empresa (e dos clientes desta empresa) merece o olho da rua.

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Se o sujeito quer ser militonto de facebook, defender corruPTos e bandidos, passar recibo de ignorante, problema dele. Entretanto, no momento em que ele carrega essa ignorância para o ambiente profissional, ele está prejudicando a empresa.
O caso da Amazon comprova isso sem nenhuma sombra de dúvida: o militonto partiu do pressuposto (falso) de que haveria uma “polêmica” em torno da “cidade cinza” (como eu expliquei ontem), e a propaganda foi baseada inteiramente nessa bobagem, gerando um desastre do ponto de vista de relações públicas para a Amazon.

Eu sou dono de um Kindle há alguns anos. Adoro o produto, recomendo sempre aos amigos e alunos.  Mas confesso que, se dependesse dessa propaganda medonha, não compraria o produto hoje – e não se trata da crítica subliminar que a propaganda faz aos muros cinzas, livre das pichações, rabiscos e sujeiras. O problema é que a propaganda não exalta as qualidades do produto (são muitas, mas quem ainda não tem o produto não conhece), não comunica ao cliente potencial absolutamente NADA que possa motivá-lo a comprar o produto – ou mesmo a conhecê-lo um pouco melhor.

Nos livros mais básicos de marketing, é sempre explicado o “Modelo AIDA”, que consiste em usar a comunicação/promoção com o intuito de obter: (1) ATENÇÃO > (2) INTERESSE > (3) DESEJO > (4) AÇÃO do público-alvo.
Resumidamente, a comunicação (que engloba a propaganda, mas não se limita a ela), deve primeiro chamar a atenção do cliente potencial, depois criar algum interesse (seja pelo produto, seja pela marca ou empresa), despertar o desejo (de comprar, de conhecer mais informações/detalhes) e, finalmente, gerar uma ação concreta (comprar o produto, por exemplo).
A propaganda pavorosa que a agência VML produziu não atinge NENHUM dos 4 quesitos mais básicos, rudimentares e essenciais da comunicação. Nada. Zero!

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Trata-se de um fiasco brutal, produzido por militontos de facebook que não sabem separar suas deficiências mentais e ideológicas do seu trabalho. Não é apenas falta de profissionalismo, é pior do que isso.

Concorrentes da Amazon: PAGUEM a agência VML para continuar atendendo a gigante norte-americana e vocês terão a chance de dominar o mercado! Sério mesmo: descubram quanto a Amazon está pagando para a VML, e ofereçam 20% a mais para que a agência CONTINUE fazendo a comunicação da Amazon. Isso vai garantir o futuro de vocês!!!! Lembrem-se do ensinamento de Napoleão Bonaparte:

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Uma propaganda ruim que criou um desastre: o caso Amazon Brasil

Qualquer aluno de graduação nas áreas de Administração, Marketing ou Publicidade aprende, no início do curso, que o objetivo primordial da COMUNICAÇÃO (que engloba propaganda, publicidade, relaçõs públicas, ações nos pontos de vendas etc) é estabelecer um vínculo entre a empresa e um determinado público-alvo (“target”). Isso é básico, elementar.

Porém, o pessoal do marketing da Amazon esqueceu das lições mais básicas de marketing!

Nesta terça-feira, 28/03, colocaram no ar, nas redes sociais, uma propaganda ruim, burra, sem nenhuma relação com o produto que supostamente estariam tentando promover (o Kindle, leitor de livros eletrônicos), e, pior, sem NENHUM apelo para o público-alvo que DEVERIAM tentar atingir.

Eis aqui a propaganda burra:

Como pode ser visto nesta peça, não é possível identificar nenhum elemento capaz de promover um produto específico (o Kindle), nem tampouco a empresa (Amazon). A peça é ruim porque é incapaz de fazer uma comunicação efetiva de uma marca, produto ou empresa. A agência que criou a peça deveria enfiar um saco de papel na cabeça, disfarçar que deu vontade de cagar e sair de fininho.

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Pior: o mote central da campanha é um chavão que há poucas semanas estava nos jornais/sites diariamente: a determinação do Prefeito João Dória em combater diuturnamente as pichações que infestam a cidade.

Vamos nos aprofundar no mote central da campanha, então.

Desde que assumiu o mandato, há pouco mais de 3 meses, João Dória tem sido uma fonte permanente de recalque, inveja e ódio das viúvas do Haddad. Isso se deve, basicamente, ao fato de que em apenas 1 dia (qualquer dia destes 3 meses, pode escolher) João Dória faz mais pela cidade do que Fernando Haddad fez em longos e intermináveis 4 anos (que pareciam 200 anos de martírio para o paulistano que teve que aturar seu ciclofascismo incompetente coberto pelo verniz da pseudo-intelectualidade de um chucro autoritário cheio de vácuo).

A imprensa, absolutamente tomada pelas viúvas do Haddad, vem tentando, em vão, achar pelo em ovo para criticar o Dória. Um exemplo recente: o Estadão achou relevante publicar uma notícia que jamais seria considerada notícia quando Haddad era prefeito. Num lapso, Doria disse que a Lapa ficava na Zona Norte, e não na Zona Oeste – mas Fernando Haddad era o mais perdido prefeito de SP: jamais sabia a localização de NENHUM bairro, exceto Jardins, e não sabia NADA sobre a cidade. Passou 4 anos sem conhecer a cidade, e a imprensa sempre “passou pano” – porque, afinal, era o “prefeitão do amor”, o queridinho dos militontos.

O problema é que, como a campanha eleitoral de 2016 provou, a imprensa perdeu a credibilidade de uma forma avassaladora. Vamos lembrar o que apontavam as pesquisas de intenção de voto poucos meses antes da eleição?

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Desde que assumiu, João Doria está dando um baile na imprensa. Jornais, revistas e sites perderam o monopólio da comunicação, pois o prefeito usa as redes sociais de forma eficaz e eficiente: ele mesmo se comunica, DIRETAMENTE, com o eleitor/cidadão. Através de vídeos (alguns gravados, outros tantos ao vivo), Doria mostra visitas surpresas a escolas, postos de saúde e outras instalações municipais, o que deixa o cidadão com a sensação de que o prefeito está trabalhando, fiscalizando, cobrando, enfim, fazendo.

Além disso, João Doria conseguiu, em pouco tempo, mostrar que é possível realizar ações concretas e necessárias – por exemplo, o programa que está conseguindo reduzir drasticamente a fila de espera por exames, o “Corujão da Saúde”. O programa é um sucesso estrondoso, contrariando os “especialistas” que os jornalistas  consultavam para pedir opiniões. Esse tipo de ação, capaz de gerar resultados reais e necessários, atinge em cheio as pessoas reais, a população/eleitores/cidadãos de verdade, não os militontos de facebook do complexo PUCUSP. Como Fernando Haddad passou 4 anos fazendo ciclofaixas inúteis (caras, ruins, mal planejadas e pessimamente mal executadas) e deixou a cidade abandonada, ver os resultados produzidos pela gestão Doria em tão pouco tempo foi um choque para o cidadão normal (isso exclui os militontos de facebook, meros pirralhos mimados bancados pelos pais).

E esta situação levou ao contexto da propaganda da Amazon.

Graças ao projeto “Cidade Linda“, a gestão Doria está promovendo ações permanentes de limpeza e manutenção na cidade. Uma das ações que compôem este programa é o combate à pichação e à sujeira. Como não havia muito a ser criticado nesta iniciativa (segundo o DataFolha, 97% dos paulistanos são CONTRA pichações), a imprensa resolveu produzir uma pseudo-polêmica: Doria estaria deixando a cidade “cinza”. A partir daí, a “cidade cinza” virou mote para os militontos de facebook. E a Amazon resolveu usá-lo como essência da sua campanha:

As viúvas do Haddad (meia dúzia de gatos pingados que fazem um barulhão nas redes sociais mas não consegue encher uma kombi) dominam as redações dos jornais, revistas, rádios, TVs e sites, mas não têm NENHUM contato com a realidade da população. Para fingir ter alguma relevância, inventaram que haveria uma “polêmica” envolvendo a disposição de João Doria para combater os pichadores. Ora, se 97% da população é CONTRA as pichações, não há “polêmica” nenhuma. Um assunto pode ser chamado de “polêmico” quando há 50% ou menos de aprovação, mas quando 97% da população é favorável a uma determinada posição/política, não há polêmica. 97% é quase unanimidade!

Aí, algum “JÊNIO” na Amazon acha inteligente usar como mote de uma propaganda a defesa de uma posição que é rechaçada por NOVENTA E SETE PORCENTO DA POPULAÇÃO – não precisa um QI acima de 10 para perceber que isso é uma burrice monstruosa!

João Doria não é um político. Ele já mostrou que sabe se comunicar. E foi isso o que ele fez. Na manhã do dia 28, ele publicou um vídeo curto, mas que em menos de 1 hora já tinha sido visto mais de 40 mil vezes (no mesmo horário, a propaganda da Amazon tinha sido vista aproximadamente 3 mil vezes):

A Amazon colheu os frutos da sua burrice em pouquíssimo tempo:

De maneira bem objetiva, João Doria deu uma rasteira na Amazon – e bastou ser inteligente, haja vista que a propaganda da empresa é de uma burrice quase haddadiana.

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João Doria não deu tempo para que os jornalistas recalcados repercutissem a provocação da Amazon: às 08:44 da manhã ele lançou o desafio para que a Amazon contribuísse com as bibliotecas e escolas de São Paulo, e deixou a bola no campo da empresa. Agora, cabia a ela responder.

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Claramente a Amazon não estava preparada para isso. Ela só conseguiu produzir uma resposta ruim às 20:13 – ou seja, aproximadamente DOZE HORAS DEPOIS. Ao longo destas 12 horas, 3 empresas ofereceram apoio à Prefeitura: Kabum, MultiLaser e Saraiva.

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Enquanto era massacrada pela burrice, e outras empresas aproveitavam a oportunidade, a Amazon só conseguiu produzir uma resposta ruim, fraquíssima, vaga:

Os principais problemas com a “resposta” dada pela Amazon 12 horas depois:

  1. Demorou muito. A campanha, ancorada nas redes sociais, deve saber usar os prós e contras da mídia escolhida – e nas redes sociais a velocidade é essencial. Entre 8 da manhã e 8 da noite, a Amazon permaneceu em silêncio, sem saber o que fazer. Passou vergonha.
  2. Foi fraca. Havia, na resposta da Amazon, um vídeo oferecendo UM (repito: APENAS UM) download gratuito de UM livro eletrônico (entre uma relação de mais ou menos 15 títulos, escolhidos pela Amazon), e um texto fraco, com uma vaga menção à doação de “centenas de dispositivos Kindle para instituições que promovem cultura e educação (fiquem ligados)“. Centenas? QUANTOS, EXATAMENTE? 100, 200, 500? Quando? Quais instituições? Uma resposta vaga, superficial. Insuficiente.

Em suma, a Amazon aprovou (e colocou no ar) uma propaganda incapaz de se comunicar com pessoas interessadas em seu produto (kindle), ou seja, falhou em atingir o público-alvo. Será que a agência VML e a Amazon acreditaram que os 3% que são favoráveis às pichações compram Kindle? Os caras nem sabem ler!!!

Para piorar, a propaganda partiu do pressuposto errado (a “polêmica” da “cidade cinza” criada pelos militontos de facebook jamais foi real; não havia “polêmica” coisa nenhuma) e, por óbvio, seguiu um conceito furado. E quanto ao roteiro da propaganda? Horroroso. Misturou trechos de livros bons com lixos do tipo “50 tons de cinza”, projetados nas paredes da cidade… Sério, QUE PORRA É ESSA, AMAZON?

Uma propaganda ruim, que teria sido ignorada por completo, não fosse a rápida e sagaz resposta do João Doria – que colocou a Amazon contra a parede em apenas alguns segundos. A partir daí, a Amazon não soube responder da forma correta, nem no tempo adequado – o que abriu caminho para que a empresa fosse massacrada nas redes sociais, enquanto outras empresas tiravam proveito da situação.

No fim do dia, a Amazon, a agência que criou a propaganda horrenda e os responsáveis pela aprovação da peça estavam mais ou menos assim:

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Os concorrentes da Amazon, por outro lado, deveriam estar com vontade de pedir à empresa que renove a conta na atual agência, a tal VML, pois ela prestou um favor imenso a todo mundo – menos à Amazon!

A propósito: a sede da Amazon no Brasil fica neste conjunto empresarial aqui (todo CINZA!):

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Erro crasso: Avon tenta reverter prejuízos com a pior comunicação possível

Nos últimos 5 anos, o valor de mercado da Avon caiu nada menos do que 85% (sim, OITENTA E CINCO POR CENTO). No Brasil, o setor de HPPC (Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos) vinha crescendo ininterruptamente desde o início da década de 2000 – mas a tendência se inverteu em 2015, e 2016 decerto mostrará mais retração.

Num cenário de crescimento contínuo, era de se esperar que uma das maiores empresas do mundo deste setor tivesse bons resultados, certo? A Avon prova o contrário:

Após perder 85% do seu valor de mercado em cinco anos, a Avon está executando um plano de reestruturação mundial para tentar se recuperar. Os primeiros passos já foram dados: a companhia separou as operações da América do Norte em uma nova empresa, vendida em dezembro para o Cerberus, famoso por investir em empresas em crise. Agora o foco é enxugar custos e direcionar investimentos para países emergentes. Com isso, o Brasil, mercado número um da Avon desde 2010, ganhará mais relevância.

(…) Removidos os resultados da América do Norte, o Brasil respondeu por entre 20% e 25% da receita da Avon entre 2013 e 2015.(…) Os números da Avon dão ideia do tamanho do desafio da empresa. Desde 2012, a companhia divulga prejuízos líquidos, que somam US$ 1,8 bilhão até o primeiro trimestre deste ano, de acordo com a Economática. A margem líquida está negativa. A receita está em queda, em parte por causa da desvalorização das moedas emergentes em relação ao dólar. Mas, mesmo em real, a empresa vendeu 7% menos no primeiro trimestre.(…)

Em 2010, a Avon era a terceira empresa no mercado brasileiro de beleza e cuidados pessoais, com 8,8% de participação, atrás de Natura e Unilever, segundo a Euromonitor. Em 2015, caiu para a sétima posição, com fatia de 5,7%, superada por empresas como O Boticário e L’Oréal.(…)

No processo de reestruturação, a empresa transferiu a sede dos Estados Unidos para o Reino Unido, em busca de custos tributários mais baixos e, com o intuito de alocar as divisões globais da companhia mais perto dos principais mercados, mudou para o Brasil a base dos líderes mundiais de quatro áreas – cuidados pessoais, da linha de maquiagem Color Trend, fragrâncias femininas e masculinas. A ordem é apostar em marketing e na criação de novas ferramentas que ajudem as revendedoras a fechar negócios nas redes sociais. 

Aproveito o gancho do final do parágrafo dessa matéria do Estadão acima (íntegra AQUI) para destacar outra matéria do mesmo Estadão, publicada ontem (íntegra AQUI):

Batizada de #sintanapele, a nova campanha da Avon é estrelada por ícones da luta LGBT. O vídeo que promove o BB Cream Matte da marca de cosméticos conta com a participação de Liniker e de seus companheiros no projeto Salada de Frutas (Cozinha Mineira, Tássia Reis e As Bahias), além de influenciadores digitais como Gustavo Bonfigliori e Jéssica Tauane, do Canal das Bee. Todos dançam ao som da música Baby Baby, do Tropkillaz. O novo filme é uma sequência do vídeo lançado na última semana no qual Elke Maravilha apresenta o produto ao público.

Eu sei que eu não sou o público-alvo da Avon, portanto nem vou tentar avaliar esse texto (ou o que ele representa) sob a ótica do consumidor – afinal, até onde me recordo, o único produto da Avon que eu já usei na vida é um desodorante sem cheiro, que aliás uso até hoje. Como profissional de marketing, todavia, a estória é outra.

Começo pelo óbvio: enquanto eu lia sobre a “nova campanha estrelada por ícones da luta LGBT”, apenas uma palavra aparecia, repetidamente, na minha mente: QUEM? Quem é Liniker? Quem é Gustavo Bonfigliori? Quem é Jéssica Tauane? Quem é Tropkillaz?

Em que planeta estou? Isso é uma realidade alternativa? Sério, o único nome familiar, para mim, é Elke Maravilha. O resto da notícia não fez rigorosamente NENHUM sentido.

O segundo ponto: o público-alvo da Avon não é o “universo” LGBT. O público-alvo da Avon é formado, majoritariamente, por mulheres acima dos 30 anos, casadas e com filhos, das classes C, D e um pouco da E. Uma comunicação calcada em pessoas desse “universo” LGBT não faz sentido para o público-alvo da Avon! Isso é uma lição básica, elementar do marketing: fale com o seu público-alvo! Alguém na área de marketing da Avon faltou a várias aulas de Marketing I, né?!

Mas a situação da Avon fica ainda pior. Se ela pretende usar as redes sociais para alavancar suas vendas, seria necessário mudar a linha de comunicação. URGENTEMENTE!
Alguns dias atrás a Avon iniciou uma série de posts completamente non-sense no Twitter. Uma vergonha absoluta, que pode ser lida AQUI. Vou mostrar apenas uma parte das “interações” geradas pela comunicação estapafúrdia e cretina da empresa:

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Aviso ao dileto leitor: eu fiz uma seleção, porque as respostas foram MUITAS, e eu calculo que umas 95% no mesmo sentido: a Avon enfiou os pés pelas mãos. A campanha não é apenas ruim porque burra, ou apenas burra porque ruim: ela é um verdadeiro tiro de canhão no pé da empresa. Se o objetivo era destruir a marca no Brasil, até aqui ela pode ficar satisfeita: foi plenamente atingido!

As respostas no Twitter, é evidente, não podem servir de amostragem estatisticamente válida, mas devem ser vistas como um indicativo: as pessoas normais não compram essa pauta do feminazismo. A empresa que tentar seguir esta agenda que os militontos limitantes tentam impor na base do grito vai quebrar a cara.

O público-alvo da Avon NÃO É feminazi, e portanto não quer “desconstrução masculina”; esse termo cabe numa rodinha de feminazis, que almejam a extinção do sexo masculino, mas não interessa nem às mulheres que formam a maior parte do público da Avon, e nem mesmo às verdadeiras feministas.
Aqui, preciso fazer um pequeno aparte, porque sempre cabe diferenciar: feminismo é uma coisa, feminazismo é outra. Infelizmente, nos últimos anos o feminismo foi tomado de assalto pelas feminazistas, que o transformaram numa sucessão de despautérios que extrapolam a simples ignorância e beiram a doença mental:

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O feminismo era uma ideologia centrada na mulher, e buscava reduzir (ou, preferencialmente, eliminar) o preconceito contra as mulheres, mas sabia reconhecer (e preservar) as diferenças naturais entre homens e mulheres. O feminazismo, por outro lado, almeja eliminar (ou “desconstruir”) o sexo masculino, e não passa de uma carapuça tomada de assalto pela esquerda, a partir do momento em que o socialismo caiu em desgraça. Assim, ao invés de defender o socialismo que só produziu mortes e pobreza aonde foi implantado, a esquerda dominou movimentos “das minorias” (negros, gays etc) para que estes passassem a servir exclusivamente às suas agendas:

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As consumidoras da Avon estão mais preocupadas com suas vidas, com seu dia-a-dia, e não com pautas das desocupadas do DCE da FFLCH. A imensa maioria do público-alvo da Avon não apenas não está interessada em discutir “socialismo”, como ela nem sequer se preocupa com essas bobagens politicamente corretas excretadas pelos militontos do DCE – as quais, como eu já expliquei diversas vezes aqui no blog, constituem uma pauta que interessa apenas e exclusivamente a grupelhos restritos, formados por um número ínfimo de militontos (que não representam nem 1% da população).

Uma empresa que tenta vender para mulheres casadas pertencentes às classes C, D e E quer fazer “desconstrução masculina”? Avon, o seu público-alvo é casado, tem filhos, e não quer “desconstruir” homem, não! Seu target quer um marido amoroso, um bom pai, um companheiro para a vida. Se a Avon quer vender para as 2 dezenas de militantes feminazis, é um direito dela – mas há custos envolvidos nesta decisão.

Se a empresa quer trocar a venda massificada por um nicho, estamos falando de trade-offs, trocas estratégicas. Porém, quando a Avon escolhe trocar seu público-alvo por um nicho inexpressivo (e que está mais preocupada em fazer manifestação enfiando símbolos religiosos na vagina ou no ânus), imediatamente perde o direito de reclamar quando a receita despenca mais ainda:

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Sinceramente, não me ocorre no momento um outro caso de uma campanha de comunicação tão burra de qualquer outra empresa – nem no Brasil, nem no exterior. Pode ter havido, mas de imediato não lembro.
Estou absolutamente estarrecido: como uma empresa com tanta experiência de mercado como a Avon (são mais de 120 anos de existência, sendo 55 no Brasil) tomou uma decisão tão ruim?

Esta campanha da Avon é a coisa mais absurda em termos de escolhas estapafúrdias que já vi.  Esse tipo de decisão ridícula da empresa vai acabar levando a companhia ao fundo do poço (já está caminhando, mas agora vai chegar muito mais rápido).
São erros elementares, crassos, grosseiros!

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Honestamente, fica uma perguntinha básica ao Ricardo Patrocínio, vice-presidente de marketing de beleza da Avon: quem foi o débil mental que teve esta idéia de merda? Foi proposta da JWT?

Uma segunda pergunta: quem foi o sem noção que aprovou isso?

De qualquer forma, parabéns aos envolvidos. Estão arruinando a marca Avon, e vão afundar ainda mais as finanças da empresa.

Pelo fim da Lei Rouanet e do inútil Ministério da Cultura

Recebi por e-mail alguns dados sobre a famosa “Lei Rouanet” que me fizeram concluir, mais uma vez, que é preciso, urgentemente, acabar completamente com essa mamata.
Sério, algumas coisas ali dão medo. Alguns trechos:

A Lei existe há 24 anos. Esta Lei virou fonte de dinheiro fácil para gente famosa. Vejamos alguns casos registrados:
1) em 2011, Maria Bethânia conseguiu nada menos que R$ 1,3 milhão para fazer o blog “O Mundo Precisa de Poesia”, com clipes dirigidos por Andrucha Waddington, diretor da Globo;
2) em 2013, Claudia Leite abocanhou R$ 5.883.100,00 por 12 shows no Norte, Nordeste e Centro-Oeste;
3) no mesmo ano, Rita Lee recebeu R$ 1.852.100,00 para 5 shows, um DVD e 3 palestras;
4) ainda em 2013, Humberto Gessinger amealhou da Rouanet R$ 1.004.849,00 para fazer um DVD comemorativo de seus 50 anos de idade (quem é essa celebridade?);
5) de 2006 a 2011, Marieta Severo conseguiu nada menos que R$ 4.192.183,00 pela Lei Rouanet; só da Petrobras, ela recebeu R$ 400.000,00 em 2012, R$ 400.000,00 em 2013 e 2014 e R$ 400.000,00 em 2015. Ou seja, o contribuinte financiou Marieta Severo em R$ 5.392.183,00 em 9 anos, sem retorno financeiro e retorno cultural apenas para um grupo restrito deles;
6) O ator e diretor Aderbal Freire-Filho, que vive com Marieta Severo desde 2004, captou via Lei Rouanet R$ 908.670,00 em 2009 e depois mais R$ 800.000,00 e R$ 512.420,00, totalizando R$ 2.221.090,00 — ou seja, ele e a mulher já receberam R$ 7.613.273,00 via Lei Rouanet!
7) Em 2003, 2006, 2007 e 200-11, o ator Paulo Betti recebeu um total de R$ 3.748.799,90 dos cofres públicos, sendo que R$3.360.555,66 via Lei Rouanet e R$ 388.244,00 do Min. da Justiça (Convênio Nº 756166/2011) para a peça “À Prova de Fogo”, recomendada por José Dirceu.
8) Só as 5 das celebridades citadas receberam R$ 14.427.383,00 via Lei Rouanet, isso sem falar em Erasmo Carlos (recebeu R$ 1.219.858,00 por um show para celebrar seus 70 anos),
9) Sula Miranda, Marisa Monte e Maria Rita receberam, cada um deles, mais de R$1 milhão, contemplados pela mesma lei.
10) Camila Pitanga captou R$ 1.257.102,00 aprovados pela Ancine para fazer o filme “Pitanga”, para “retratar o artista que é meu pai e mostrar toda a sua genialidade” diz ela (Camila é filha de Antônio Pitanga e enteada de Benedita da Silva, ex-senadora, ex- ministra, ex-governadora do Rio de Janeiro e atual deputada federal, sempre pelo PT).
É óbvio que todos estes são petistas.
11) Filha de Luiza Trajano, proprietária da rede de Lojas Magazine Luiza, também foi contemplada com R$ 512 mil, via Lei Rouanet, para publicar um “LIVRO DE RECEITAS”.
12) O projeto Santander Cultural 2015 recebeu em 2014 a bagatela de R$ 13.814.806,36 via Lei Rouanet. Desde quando o contribuinte brasileiro tem de financiar atividade cultural de um dos grandes bancos internacionais?!

Só em 2013, foram captados R$ 42.754.932,14 (pessoas físicas e jurídicas) dos R$ 117.970.281,19 autorizados via Lei Rouanet.
É muito dinheiro!! E como é a fiscalização destes gastos? Não se sabe
Enquanto o dinheiro da Lei Rouanet continua fluindo fácil, o mesmo não acontece para a educação e para pesquisas essenciais para o país.
Em 2015, o governo federal cortou 30% das verbas das universidades federais. Além disto, o Governo Federal gastou quase R$ 50 milhões com festividades e homenagens em 2015.

Não verifiquei cada um destes itens, para saber se tudo é verdade, ou se os valores estão exatos. Todavia, muitos dos casos ali abordados eu sei que são verídicos. Caso o leitor saiba de algum caso que transcrevi e que não seja verdadeiro, por favor me avise para que eu corrija.
Ressalto, aliás, que estes exemplos acima são apenas alguns poucos. O leitor que se der ao trabalho de pesquisar o assunto com mais profundidade vai se deparar com projetos bizarros que receberam milhões de reais do governo.

O princípio fundamental da Lei Rouanet é usar incentivos fiscais concedidos pelo Estado (mais precisamente pelo Governo Federal, através do Ministério da Cultura) para patrocinar “cultura”.
Agora eu pergunto: livro de receitas da filha da Luiza Trajano é cultura?
DVD do Humberto Gessinger é cultura ou tortura?
Por que artistas precisam ser sustentados pelo Estado para montar uma peça de teatro, ou produzir um DVD/CD/filme?
Por que o Brasil se mantém no passado? Quando o país vai chegar pelo menos no Século XX?

Na Idade Média os artistas eram “contratados” pela corte, para promover diversão para os cortesãos, tudo às custas do dinheiro público (oriundo de pesados impostos e taxas que o governo cobrava).
Nunca é demais lembrar que a Inconfidência Mineira teve como pano de fundo o excesso de impostos cobrados pelo Estado (pesquise, caro leitor, a origem da expressão “quinto dos infernos”: ela refere-se ao “quinto”, o 1/5 de impostos que o Estado cobrava).

Infelizmente, a Lei Rouanet é a prova cabal de que o Brasil ainda está parado no tempo.
Essa estrovenga inútil precisa acabar. O Ministério da Cultura precisa acabar!

Nossa, mas você está sugerindo que não haja um Ministério para cuidar de uma área tão importante quanto a Cultura?

Não, estou dizendo que o Ministério da Cultura não serve para nada, deveria ser extinto, e seu orçamento deveria ser INTEGRALMENTE aplicado em educação, pesquisa e inovação.  Afinal, convenhamos: filme sobre Leonel Brizola, DVD do Humberto Gessinger etc – isso é cultura?

Eis aqui um editorial do Estadão, de alguns anos atrás, mas ainda atual, tratando da festa que é o MinC:

Festa no MinC - Editorial Estadão

Há um agravante: o PT, como faz em todas as áreas do Estado, vem usando a Lei Rouanet como instrumento de cooptação de artistas (e meis dúzia de sedizentes “intelectuais”). A partir do momento que o Ministério da Cultura tem o poder de decidir quem vai e quem não vai receber as verbas da Lei Rouanet, quem recorre a este expediente medieval está sendo obrigado a defender publicamente o partido – ou, no mínimo, ficar em silêncio diante dos descalabros, roubos e afins promovidos pelo partido.

Mas os absurdos que cercam esta lei parecem ser infinitos. Uma característica bizarra dos shows e outras “atividades culturais” financiadas pela Lei Rouanet é que raramente algum desses eventos tem entrada gratuita.
Ou seja, quem vai ao evento paga para assistir o que já foi pago por nós, contribuintes, via renúncia fiscal.

Outra coisa: o paternalismo estatal que embasa a lei tenta eliminar os riscos inerentes a um empreendimento.
Quando um ator junta uma equipe (diretor, produtores, cenógrafos etc) para montar uma peça de teatro e “viajar pelo país”, há sempre o risco de a peça ser um fiasco comercial por falta de audiência/público. Com a Lei Rouanet, acaba o risco: ainda que a peça venha a se revelar um fiasco, os envolvidos não perderão dinheiro, pois já tiveram o patrocínio do Ministério da Cultura. Pode não haver lucro, no caso do fracasso comercial, mas pelo menos evita-se o prejuízo.
Com isso, criou-se uma cultura avessa aos riscos – que é algo importantíssimo no empreendedorismo e, por que não, na nossa vida cotidiana.
Antes da ampla adoção desta lei burra e paternalista, grandes atores tiveram que aprender a conviver com peças de teatro que acabaram sendo um fiasco. Lembro de ver uma entrevista do Paulo Autran (se não me engano, ao Roda Viva) na qual ele contava alguns dos fracassos comerciais que ele viveu na sua carreira – e olha que estou falando de Paulo Autran, e não de um Paulo Betti qualquer. Ora, se um ator da estatura do Paulo Autran pode ter que correr riscos, por que um zé mané da não-estatura de um Paulo Betti pode montar uma peça na qual não há riscos envolvidos?

Mesmo um ator absurdamente sem talento como Paulo Betti tem todo o direito de montar uma peça de teatro, sobre o que ele quiser. MAS NÃO COM O MEU DINHEIRO FINANCIANDO!
Se ele quer montar uma peça, que o faça. Busque empresas dispostas a patrocinar/investir, invista o próprio dinheiro se quiser, e gere receita com a venda de ingressos. Quem quiser ir assistir, tem todo o direito. Vá, divirta-se! Mas eu não sou obrigado a financiar um ator ridiculamente sem talento com os meus impostos.

Analogamente, por que eu iria financiar shows de uma Claudia Leite? Sério, POR QUÊ? Eu não comi cocô no café da manhã!

A educação está sem dinheiro (e a Dilma está cortando mais ainda, para poder ter caixa para comprar deputados em virtude do impeachment), a saúde está sem dinheiro, pesquisas tecnológicas são raras no país, falta dinheiro para diversas áreas importantes no Brasil e essa porcaria desse Ministério da Cultura queima dinheiro com lixo?

Mercadante e os museus educação

Não adianta, depois, reclamar que falta dinheiro no Brasil. Nao falta, não – mas ele é aplicado de forma errada, burra. Gastam-se milhões financiando porcaria sob a rubrica de “cultura” enquanto milhares de brasileiros morrem por falta de hospitais e crianças saem da escola sem saber ler.

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As feminazis atacam novamente: acusação fictícia faz mais uma vítima

Começo pedindo desculpas ao leitor, pois o assunto é chatíssimo, e pode parecer um disco riscado se repetindo infinitamente, mas o caso é atual e infelizmente tem impacto direto na relação cliente-empresa. (e trata de Relações Públicas também)

No dia 5 de Fevereiro, uma feminazi publicou um “textão” (termo que indica um texto chatíssimo, geralmente recheado de bobagens) no Facebook, acusando um bar da Vila Madalena de ter sido (no mínimo) conivente com um assédio sofrido por ela e por uma amiga. Reproduzo na íntegra a fanfic da feminazi a seguir (o original, se não tiver sido apagado quando o dileto leitor clicar, está AQUI):

O Carnaval começou com uma dose cavalar de silenciamento.
Senta que lá vem textão.

Ontem à noite, eu e meus amigos tivemos a infelicidade de ir parar no Bar Quitandinha, na Vila Madalena. Sentamos em um mesão com nossos amigos homens e só eu e a Isabella de mulher. Bebemos algumas durante umas horas, até que todos os homens resolveram se levantar para ir fumar ao mesmo tempo. Absolutamente normal. Eu e ela continuamos sentadas, batendo papo.

E, no intervalo de 5 minutos sem a escolta masculina, um absurdo aconteceu.

Dois caras se sentaram na nossa mesa de forma extremamente desrespeitosa. Puxaram a cadeira e se acomodaram, sem nenhum tipo de convite ou abertura. Tentaram puxar papo insistentemente, enquanto nós desconversávamos, bastante incomodadas. Um deles achou conveniente se servir da nossa cerveja. Obviamente indignadas com a situação, pedimos para que ele não fizesse isso e deixasse a mesa. Ele ignorou e seguiu fazendo o que bem entendesse. Chamamos o garçom e pedimos para ele afastar os caras, que, a esse ponto, já estavam perdendo a linha. Nada – nada – foi feito.

Enquanto eu e a minha amiga tentávamos ignorar os dois trogloditas, eles resolveram partir para o contato físico, já que uma conversinha amigável não estava adiantando. Um deles puxou meu braço. Pedi para ele não tocar em mim. E aí, meu amigo, imagina um cara que ficou puto. Como assim eu não posso tocar numa mulher que tá sentada sozinha? Eles se levantaram da mesa e começaram a nos xingar dos piores nomes da face da terra. “Puta e “lixo” foram dos mais leves. Disseram que não queriam nos tocar mesmo, já que somos feias, gordas e escrotas. Que eles tinham tanto dinheiro (?) que poderiam até nos comprar, se eles quisessem. É. Esse tipo de babaca.

O garçom chegou com o gerente no meio da discussão. Ah! Esses daí vão ajudar a gente, pensamos. Até parece. Eles deram um cumprimento caloroso nos dois assediadores – clientes da casa há 10 anos, reforçaram inúmeras vezes, para tirar a nossa credibilidade. E, ao invés de retirar os caras, o segurança nos retirou, de forma bruta. Sim. As duas meninas que estavam sentadas na mesa tomando conta das nossas próprias vidas. Nesse ponto, nossos amigos homens já tinham voltado e estavam tentando convencer a equipe do bar de que a culpa não era nossa, também em vão, também indignados com tudo.

Saímos e o gerente veio conversar conosco. Aliás, conversar não, dar mais um dose de humilhação. Enquanto minha amiga tentava explicar o absurdo que tinha acontecido, o tal gerente não a olhou nos olhos nenhuma vez e bufava com desprezo. Quando resolveu falar, disse que, se não houve agressão física (que aliás, mais tarde, descobri roxos e cortes nos meus braços, adquiridos no momento em que o lindo me segurou para me xingar), não poderia fazer nada. Que os dois indivíduos que nos assediaram eram clientes e não iriam lidar com as nossas acusações.

Enquanto tudo isso acontecia, a dupla ficou lá dentro, tranquila, sendo servida como príncipes. Olhavam para trás entre um gole e outro para rir mais um pouquinho da nossa cara e nos mostrar o dedo do meio.

A polícia chegou. Ufa, quem sabe agora vai nos escutar? Pff. Não dá pra fazer nada não, moça. Se você quiser, vai ter que ir até a putaqueopariu fazer um BO junto com os seus agressores. Tudo o que você precisa ouvir em um momento traumático e sem nenhum suporte.

Um dos agressores finalmente saiu do bar para falar com a polícia. E a cena foi a seguinte: ele e o policial se cumprimentaram com um toque íntimo de mão e algumas risadas. Apontaram para nós, nos chamaram de histéricas, e retornou para sentar dentro do bar com seu amigo. Tranquilo. Suave.

Tudo isso aconteceu diante dos nossos olhos ardendo de chorar de impotência e raiva. Nenhum grito foi suficiente para ser ouvida: nem pelos dois caras, nem pela equipe do bar, nem pela polícia. Ninguém saiu perdendo, só nós: as mulheres, vítimas daquela merda toda.

#‎vamosfazerumescândalo‬

EDIT: Essa é a página do bar. Sintam-se à vontade para dizer para eles o que vocês pensam. https://www.facebook.com/Quitandinha-Bar-339947812719370/

Com relação ao texto em si, poderia dissecá-lo ponto a ponto, mas não farei isso. Vou ressaltar apenas 2 trechos que eu considero mais relevantes (e menos enfadonhos, se possível):

Ponto 1) A garota afirmou (trecho grifado, em negrito) que não foi até a delegacia fazer o Boletim de Ocorrência porque “vai ter que ir até a putaqueopariu fazer um BO junto com os seus agressores“. São duas mentiras numa única frase.

Ela não era obrigada a ir até a delegacia JUNTO com os supostos “agressores”. Ela poderia ir sozinha (ou acompanhada da amiga, ou dos amigos que haviam saído para fumar, todos ao mesmo tempo, quando a suposta agressão convenientemente teria acontecido).

Sim, registrar um BO é chato, pode ser demorado se a delegacia estiver cheia, mas EM SE TRATANDO DE UM CRIME, É UMA ETAPA FUNDAMENTAL DO PROCESSO LEGAL. Ninguém gosta, entendo eu, mas é necessário. Eu já estive em delegacias, em horários diversos, para fazer BO. Ok, é um saco, mas é necessário.

A segunda mentira foi “ir até a putaqueopariu” para fazer o BO. A imagem abaixo mostra a distância entre o bar aonde a garota estava e o 14.o Distrito Policial (Pinheiros):

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Apenas 750 metros separam o bar da Delegacia aonde ela poderia ter feito o BO. Segundo o Google Maps, são NOVE MINUTOS A PÉ. Além disso, eu conheço aquela delegacia, e é uma das mais aprazíveis (dentro do possível) da cidade de SP – ao menos entre as que eu conheço.

Resumindo, ela poderia ter feito o BO, o que serviria para as medidas legais pertinentes a posteriori. Ao invés disso, ela preferiu criar um caso nas redes sociais, basicamente para “jogar para a torcida” – até porque no Facebook, você não precisa apresentar evidências nem testemunhas, basta contar a sua versão (ainda que ela seja repleta de furos e bastante inverossímil).

Usar Facebook, Twitter e outras redes sociais para reclamar de um serviço ruim prestado por uma empresa, uma bagagem extraviada ou um produto defeituoso é uma coisa relativamente comum, mas um crime não deve ser tratado neste palco. Crime é coisa séria, grave, e DEVE ser reportado às autoridades competentes (ainda que sejam, muitas vezes, incompetentes).

Por que a garota recorreu ao Facebook e não à delegacia de polícia? Por que ela preferiu sentar à frente do computador ao invés de usar os canais legais? A resposta a esta pergunta está no ponto 2, logo abaixo.

PONTO 2) Chamo a atenção do leitor para as últimas linhas do “textão” da feminazi: “#‎vamosfazerumescândalo‬  EDIT: Essa é a página do bar. Sintam-se à vontade para dizer para eles o que vocês pensam. https://www.facebook.com/Quitandinha-Bar-339947812719370/”

A verdadeira natureza do jogo está neste trecho final: a agenda da garota é criar um ESCÂNDALO, achincalhar o bar, e não buscar reparação judicial pela suposta agressão sofrida.

Ela usa a hashtag VAMOS FAZER UM ESCÂNDALO. Não tem como ser mais claro do que isso: pouco importam evidências, testemunhos, apuração de fatos inerentes a uma investigação criminal – o importante é fazer escândalo, dar um jeito de arranjar 2 minutos de fama ao ser notícia em alguns jornais e sites (especialmente sites pavorosamente ruins, como os Huffington Posts da vida), e tentar colar a versão de que o bar é machista e preferiu apoiar os “agressores” ao invés de tomar um atitude favorável às supostas “vítimas” do machismo. Aliás, quem quiser ver mais sobre o assunto: AQUI.

Esta é a essência da agenda das feminazis: criar machismo aonde ele não existe, criar vítimas aonde elas não existem. O problema é que as empresas, agora, estão no alvo dessa agenda feminazi, como eu já demonstrei diversas vezes aqui no blog (AQUI, AQUI, AQUI). As empresas estão servindo de catapulta, um instrumento de uma agenda burra.

Se a garota realmente tivesse passado pela situação que ela descreveu, o caminho lógico seria acionar a justiça – e, para isso, precisaria do BO. Mas o interesse dela é outro, a agenda é outra. O que ela quer é levar alguns incautos a acreditarem que a versão dela é real, que aquela historinha aconteceu, que TODOS os homens são nojentos, asquerosos, machistas etc… O típico e surrado mimimi das feminazis.

Mas e o Bar Quintandinha?

Como de costume, enfiou os pés pelas mãos no que diz respeito ao relacionamento cliente-empresa e levou nota zero no quesito relações públicas.

Porém, o Meio & Mensagem publicou um texto sobre o caso que, ao invés de tratar dos fatos, assume como verdadeira a ficção feminazi e já trata o Bar como culpado pela suposta agressão. Se a questão é preservar a marca do Bar Quitandinha, a autora do texto sugere…NADA!

Uma marca tem uma determinada reputação: ela pode ser vista como uma marca confiável, moderna, inovadora, cara, durável, problemática, de alta ou baixa qualidade etc. Cabem diversos adjetivos. Não conheço este bar, não faço idéia de qual seja o posicionamento de mercado dele – mas, de qualquer forma, ele deveria ter agido de forma a mostrar aos seus clientes que se trata de um estabelecimento seguro, confiável, no qual homens e mulheres podem saborear bebidas e comidas saborosas para aproveitar seu tempo com os amigos. Isso é fundamental para um bar e/ou restaurante.

Ao invés disso, a postura do Bar Quitandinha foi errática. Num primeiro momento foi evasiva, apenas deixando nas entrelinhas insinuações de que a cliente distorceu o que aconteceu. Depois, exagerou na agressividade, dando destaque ao vídeo que contém imagens da câmera de segurança:

Sim, a filmagem da câmera de segurança realmente desmonta a maioria das acusações da feminazi, mas nem todas. Um bom resumo disso eu vi no YouTube do Izzy Nobre:

Quem abre um bar na Vila Madalena deve estar preparado para lidar com o público que frequenta a região – há desde os bichos-grilo cheios de dinheiro que fingem ser pobres e defendem o socialismo enquanto o papai estiver bancando seus luxos, até os mauricinhos e patricinhas “clássicos”, há os que vão para “pegar” o maior número possível de mulheres (e as mulheres que vão para “serem pegas” pelo maior número possível de homens) etc. É uma selva. Mesmo. Na época do Carnaval, aliás, aquela região fica particularmente intransitável na minha opinião.

Mas  é do jogo. Trata-se, no fim das contas, de SEGMENTAÇÃO DE MERCADO. Há lugares (bares, “boates” etc) que se propõem a ser pontos de “pegação”, ou seja, quem vai lá ESPERA “pegar” alguém; há, também, locais destinados a famílias, outros para quem está namorando etc.

Se uma empresa se propõe a ser um local “de pegação” deve estar preparada para lidar com os folgados e sem noção que exageram no flerte e acabam sendo agressivos, indesejáveis ou até mesmo criminosos. E o estabelecimento precisa saber lidar com isso – ou então deve mudar de ramo.

Quer um bar ou um restaurante “familiar”? Ok, é uma escolha de segmentação que implica diversas ações práticas – desde a localização até o som ambiente, passando pelo treinamento dos garçons e infra-estrutura (um fraldário, por exemplo). Num bar que se destina a ser frequentado por jovens dispostos a flertar, um fraldário não é adequado, assim como o perfil dos garçons também deve ser diferente. Já um bar que pretenda ser frequentado por casais (namorados, marido e mulher etc), é cabível uma iluminação mais intimista e um som ambiente moderado, um cardápio “romântico”, velas nas mesas etc…

Tudo isso é absolutamente básico, elementar, óbvio. 

O Bar Quintandinha quer ser frequentado por jovens que vão lá para flertar e “ficar” com garotos e garotas com os hormônios em ebulição (e geralmente regados no álcool)? Então precisa saber lidar com este público-alvo.

Porém, o maior erro do texto do Meio & Mensagem é esquecer que a marca deve preservar seus valores: se uma pessoa desequilibrada, infeliz ou desocupada resolve criar uma campanha de difamação do estabelecimento, ele deve ficar quieto e ver sua reputação ser achincalhada? A fofinha sugere que o Bar fique apenas observando as loucas e tresloucadas de sempre afirmando as coisas mais absurdas sobre a empresa e a marca? Essa é a melhor solução para preservar a marca, ficar de braços cruzados enquanto as feminazis difamam e caluniam a empresa, os proprietários e os funcionários?

CLARO QUE NÃO!

Espero, sinceramente, que os donos acionem a feminazi judicialmente, pois ela está, desde o início, agindo com o intuito de “fazer um escândalo” (ela mesma escreveu isso, lembra?!). Ela se coloca como vítima, afirma (TEXTUALMENTE) que quer fazer um escândalo e ainda dá o link da página do bar, para que as pessoas sensibilizem-se com a sua história triste (ela foi VÍTIMA! Coitada!!) e sigam para a página do Bar para xingar os donos, os funcionários etc…

Aliás, acabei de visitar a página do Bar Quitandinha no Facebook. Desde o dia 6 de Fevereiro foram SEIS postagens tratando do caso da feminazi – desde então, a página do bar não trata de outro assunto. A redação dos posts é claramente amadora (não só pelos erros gramaticais, mas pelos erros de posicionamento), e transparece um certo desespero – como quem diz “pelo amor de Deus, parem de falar disso! Não sabemos mais o que fazer!!!“.

Não sabem mesmo. Infelizmente.

 

PS: Como há chances de que a feminazi venha a apagar seus posts (nunca se sabe), seguem abaixo os print-screens (tive que dividir, pois era muito longo para uma tela apenas).

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Uma lanchonete promissora é vítima das feminazi e da soberba de um dos sócios

Estava lendo as notícias nesta sexta-feira, quando vejo, no Estadão, a seguinte chamada:

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A matéria, na íntegra, pode ser lida AQUI.

Ao ler esta notícia, fiquei curioso por 2 razões: (1) profissionalmente, sempre me interesso por questões ligadas ao relacionamento cliente-empresa, e (2) pessoalmente, tenho um bom radar para minorias estridentes (e ignorantes) do politicamente correto. Senti o cheiro de ambas. Resolvi pesquisar um pouco mais sobre o assunto.

A partir do link da reportagem do Estadão, localizei a página pessoal da jornalista citada na matéria no Facebook, e notei que ela publicou uns 5 ou 6 posts seguidos, consecutivos, sobre o caso. A partir daí, fiz uma rápida pesquisa na internet, para compreender melhor o que havia ocorrido.

O resumo: ela esteve numa lanchonete, que vinha recebendo excelentes críticas nas publicações especializadas, e ficou satisfeita com os lanches e com o atendimento, mas sentiu-se incomodada com um cartaz disposto na lanchonete. Ei-lo:

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Evidentemente é apenas um cartaz bem humorado, mas as feminazi só aceitam humor se for aquele humor chapa-branca, sem graça nenhuma, feito para gente burra demais, incapaz de entender ironia e diferenciá-la de preconceito. Resumindo: o cartaz está a anos-luz do QI das feminazi.

Incomodada com o cartaz, a jornalista reclamou em seu Facebook. O caso foi ganhando “curtidas”  e comentários, algumas pessoas resolveram cobrar a lanchonete e exigir uma resposta/retratação. Na verdade, o que as feminazis querem é bastante simples: todos devem curvar-se a seus desejos e vontades, obedecê-las sem questionar, acatar suas ordens – ou seja, queriam que a lanchonete arrancasse os cartazes que elas apontavam como machistas, pedissem desculpas e reconhecessem publicamente que são machistas sem coração, homofóbicos, gordofóbicos, e mais 1.378.284 tipos de fobias que o politicamente correto criou no último mês. Foi então que o problema começou.

A Época publicou, em 04/11/2015, o seguinte:

A jornalista Leka Peres foi à lanchonete The Dog Haüs, uma rede paulistana que vende cachorro-quente, na semana passada. Gostou muito do que comeu. Mas não do que viu. Ao se deparar com placas de decoração com piadas envolvendo mulheres, ela fez a seguinte consideração em seu Facebook:
“O The Dog Haus tem o melhor hot dog de São Paulo e o atendimento é incrível. Mas eles acham que machismo é piada, apesar de que quando estive lá mais da metade das pessoas eram mulheres, muito triste. Vocês podem ser melhor que isso, por enquanto perderam uma cliente.”
[…] A publicação de Leka ganhou o apoio de amigos e amigos de amigos que passaram a compartilhar a postagem e cobrar um posicionamento da rede The Dog Haus. Pela sua página oficial no Facebook, a empresa disse o seguinte (sem edição):
“Caramba Qt gente infeliz nesse mundo, isso é decoracao bando de babaca , aqui repaeotos a todos , ficou ofendido??? Come HotDog em outro pico”

Leka voltou ao Facebook e publicou o comentário da lanchonete. “Semana passada fiz um post sobre duas placas da decoração do The Dog Haus falando como eram machistas. Em nenhum momento faltei com respeito, apesar de me sentir super desrespeitada. (…) Quando você sofre assédio diário e isso se torna piada é claro que você ficará infeliz.

O pior é que a mensagem da jornalista (trecho que eu grifei) já revela a natureza da questão: ela é infeliz, e quer que a lanchonete seja co-responsável por sua infelicidade. Ao invés de procurar um psicanalista, um hobby ou um livro, ela vai reclamar no facebook. Qual a surpresa, né?! O facebook está cheio de maluco buscando sua ribalta.

De qualquer forma, a resposta burra que a The Dog Haus publicou, além dos erros grosseiros, é uma sucessão de cagadas. Sério, é muito amadorismo, é muita burrice. Chega a ser quase inacreditável que uma empresa cometa tantos erros graves em sequência.

Uma aulinha básica (e gratuita) para o pessoal da gerência do The Dog Haus: quando o cliente faz uma crítica a uma empresa (isso é direito do cliente!), cabe à empresa verificar se a crítica é procedente ou se é absurda/ridícula/infundada.
Se for procedente, a empresa deve tomar providências e corrigir o problema (pode ser um problema/erro causado por pessoas, por um processo equivocado, um sistema com “inconformidades” etc). De qualquer forma, cabe à empresa identificar e corrigir o(s) problema(s).
Se, por outro lado, a crítica é improcedente, basta dar uma resposta padrão (agradecemos sua opinião, e esperamos que você volte para desfrutar do nosso produto/serviço blábláblá) e ignorar.
Ponto. Acabou.

Mas parece que o dono da lanchonete foi querer dar uma de gostosão (e burro, MUITO BURRO!), e com isso acabou batendo palmas pra maluco dançar. Resultado: virou notícia em vários veículos (Estadão, Época, VejaSP) e acabou prejudicando a própria empresa por causa de uma pessoa confessadamente infeliz que resolveu descontar sua frustração no cartaz alheio.

O estrago estava feito. É claro que o assunto viraria discussão no Facebook (no Twitter foi bem discreta, pequena, nem vou reproduzir):

Meia dúzia de feminazis, malucas e sem noção, escrevendo histericamente no Facebook não chega a ser exatamente uma novidade. O problema é que estas minorias barulhentas têm apelo junto a jornalistas pouco inteligentes e desprovidos de senso crítico e noção do ridículo – que compram a pauta sem pestanejar, e ajudam a aumentar o barulho da gritaria dos grupelhos. Aliás, o maciço apoio de jornalistas (?) desqualificados faz com que as pessoas tenham a impressão de que estas minorias são volumosas, quando na verdade são apenas umas poucas desocupadas/os que precisam preencher o tempo com nulidades.

Enfim, o caso ganhou espaço na mídia – e duas matérias são particularmente ruins: a da Exame, e a da Época. As duas reportagens distorcem a realidade – e a pessoa que não estiver sabendo nada sobre o caso da lanchonete, vai terminar a leitura e achar que a cliente é uma pobre coitada que foi atacada pelo dono da lanchonete, um malvadão que odeia seus clientes (todos eles!) e os trata a pontapés. Especificamente sobre a reportagem da Exame, escrevi o seguinte comentário na página deles:

A matéria deveria estar assinada, porque seria preciso que alguém (jornalista?) pudesse ter seu nome atrelado a esta distorção dos fatos.
A cliente fez uma crítica à decoração da lanchonete. Ainda que seja uma crítica sem noção (e é), ela tem todo o direito de fazê-la. A empresa, então, deveria apenas agradecer e encerrar o assunto.
Ao invés disso, a lanchonete, por burrice ou descuido, deu uma resposta enviesada (mas, diferentemente do que a matéria tenta induzir o leitor a acreditar, não estava chamando TODOS os clientes de “bando de babacas”: isso foi uma resposta específica aos comentários feitos pelas ativistas feminazi, que sempre agem em grupo), e acabou fornecendo o palco para a histeria e catarse da matilha de boçais do politicamente correto – um problema que as empresas vão ter que aprender a resolver ou, no mínimo, lidar com.
Para piorar, um dos sócios/proprietários levou a coisa para o lado pessoal – mas a Exame esqueceu de publicar a íntegra da conversa “privada” entre a cliente e o sócio, pois isso indicaria que a cliente também xingou. Sem grandes surpresas, virou uma troca de ofensas. Há ofensas de ambos os lados – no final das contas, ambos revelam traços de personalidade nada bonitos.
As empresas não podem cair nesta armadilha das feminazi, nem de qualquer outro grupelho de ativistas boçais – inclusive porque depois a imprensa, com raríssimas exceções, vai distorcer o caso para fazer com que a agressividade e ignorância das feminazi não ganhe destaque. E aqui a Exame prova o meu ponto: distorceu vexatoriamente os fatos, e escondeu aquilo que não ganharia clicks.

A reportagem da Época não está muito diferente – mas, pelo menos, é assinada por Bruno Ferrari, o que já é um progresso, pois é possível saber o nome da pessoa que espancou a verdade para produzir uma reportagem que NÃO por coincidência apenas e tão somente reforça a narrativa histérica das feminazi.

No caso da Época, logo no lead da reportagem o Bruno Ferrari escreve:

Depois de “mal entendido”, Shemuel Shoel, dono da lanchonete The Dog Haüs, volta a xingar cliente. Reputação foi rebaixada.

Perceba, caro leitor, que já no lead ele leva o leitor a acreditar que o dono da lanchonete xingou a cliente e, depois, VOLTOU A XINGAR – mas a pobre cliente, coitada, estava lá, indefesa, quieta. Não é verdade. (Rápido parêntesis: impossível saber até que ponto o caso ganhou espaço graças ao fato de a cliente ser jornalista, mas o corporativismo decerto tem seu papel no caso)

Segundo a própria cliente divulgou na sua página no Facebook (aqui), esta foi a sequência de mensagens trocadas entre ela e um dos sócios/proprietários da lanchonete (clique nas imagens para ampliar):

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OBS: O início da primeira mensagem está truncado, eu sei. Apenas reproduzi o que está na página da jornalista no facebook. Aparentemente, há um link do YouTube, mas não é possível saber do que se trata. Portanto, pode ser que a jornalista não tenha divulgado a troca de mensagens desde o início – o que não me surpreenderia, dada a desonestida intelectual que caracteriza essas feminazis.

Ambos perderam qualquer resquício de respeito, ambos xingaram, perderam as estribeiras – e a razão. A cliente, mesmo fazendo pose de coitadinha, chamou o sujeito de “pessoa baixa, otário, babaca”, levantou o bom e velho “você sabe com quem você está falando?” e, para completar o pacote, acusou o sócio da lanchonete de “traficantezinho de quinta”. O que isso significa, exatamente? Traficante de quê? De salsichas?

Quanto ao sócio da lanchonete: é evidente que ele errou feio, meteu os pés pelas mãos, foi grosseiro e revelou-se bastante burro (e não me refiro APENAS à ortografia, porque “mecher”, com CH, é de doer). Obviamente ele não pode abordar um cliente dessa maneira, ainda mais pelo messenger. Não dá.
Indefensável, absolutamente indefensável essa postura arrogante, burra e ofensiva. Se ele ficou pessoalmente ofendido ou irritado com as boçalidades das feminazi, que engula – ele é o proprietário de uma empresa que decidiu atender clientes, e isso inclui todo o tipo de clientes.

As empresas têm que lidar com clientes sem noção, mal-educados, chucros, ignorantes, mandões… Ou, com um pouco de sorte, podem ser brindados com clientes educados, generosos, compreensivos, bem humorados etc.

De todo modo, as empresas precisam aprender: estamos vivendo um período tenebroso do politicamente correto. Basta você discordar de alguém que o sujeito vai gritar “homofóbico!” por qualquer coisinha – e geralmente a discussão não tem sequer relação, remota que seja, com a sexualidade. Mulheres que pertencem a esta matilha de boçais chamada feminazi gritarão “Machista!”. Em suma, cada grupelho vai recorrer ao seu clichê de estimação. E sim, esses grupelhos são burros, intolerantes, e contam com “líderes”, “representanes” e “expoentes” igualmente burros e intolerantes.

E o que as empresas devem fazer, neste contexto dominado pela burrice galopante e pelo risco de ser chamado de machista, homofóbica ou qualquer outro clichê estúpido das minorias histéricas?

Em primeiro lugar a empresa precisa definir se vai querer encampar uma luta aberta contra as histéricas e histriônicas minorias politicamente corretas. Se quiser evitar problemas, ignore. O que estas minorias querem, e precisam, é um palco para desfilar suas insanidades, sua histeria, seu ranço. Basta não dar espaço, ignorá-las, de forma inteligente (sem iniciar ou alimentar discussões, debates etc) e educada. Sabemos, pelos inúmeros exemplos, que esses grupelhos não serão educados, nem inteligentes. Não importa.

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A chave é ignorar sempre. Não se deve, na vida pessoal nem na profissional, bater palmas para maluco dançar. O politicamente correto, combinado a diversos outros fatores que lhe orbitam, estão criando uma geração de fracos, uma geração de ofendidos com qualquer coisa – a geração mimimi. É rigorosamente impossível debater com essa gente. Debate pressupõe um nível mínimo de racionalidade, envolve apresentar argumentos (que não sejam ad-hominem, preferencialmente), e estes grupelhos não conseguem fazer nada disso. Basta ver o exemplo do ridículo deputado Jean Wilys, que vive xingando e gritando contra tudo e contra todos, mas que foge de todo e qualquer debate de forma covarde – isso acontece porque ele não tem argumentos, e seria humilhado em qualquer debate sério. A cereja do bolo: quando fica sem argumentos e, ato contínuo, acaba sendo ridicularizado, o ícone das minorias histéricas apela para o autoritarismo, mandando expulsar quem ousa contrariá-lo.

Se a empresa, por outro lado, decidir que está disposta a enfrentar essa patrulha, boa sorte! Eu posso dizer que fiquei morrendo de vontade de experimentar o cahorro quente da The Dog Haus.
Mas as empresas precisam fazer isso de forma inteligente. Com um pouco de inteligência, é possível – e até relativamente fácil – vencer as feminazis, porque elas são burras. Assim, sejam inteligentes e passem ao largo da histeria – mas por favor, não dêem palco para estas abjetas. Não se pode cair no jogo rasteiro das feminazis da vida.

Finalmente, enquanto não vou lá conhecer os cachorros quentes da lanchonete malvadona e opressora, deixo aqui uma entrevista de Camille Paglia que consegue diferenciar as feministas (que buscam a igualdade entre os gêneros, sem discriminação) das feminazis (minoria de histéricas que querem exterminar os homens pois se acham superiores e, portanto, são tão preconceituosas quanto os machistas que se acham superiores às mulheres).

Geração mimimi: chata, burra e intolerante

Eu já escrevi aqui no blog sobre os recentes casos do “mimimi” gerado pelos militontos limitantes do politicamente correto envolvendo a Skol/Ambev (AQUI e AQUI). Parece que agora surge um novo episódio de gente chata, burra, melindrosa e intolerante por semana.

A coisa está piorando – muito rapidamente. Alguns dias atrás, foi o caso do Boticário. Agora, por ironia do destino, a campanha alvo do “mimimi” pretendeu fazer um trocadilho justamente com o … “mimimi”! Leia o resumo (íntegra AQUI):

A farmacêutica Sanofi anunciou nesta quinta-feira que vai tirar do ar a campanha do medicamento Novalfem, que causou ira nas mulheres nos últimos dias depois de associar cólica menstrual a “mimimi”. A propaganda é estrelada pela cantora Preta Gil, que foi criticada nas redes sociais por ligar sua imagem ao medicamento.

Leia o comunicado da empresa:
“Para Novalfem, a dor é coisa séria, independentemente do tipo ou da intensidade. Considerando que a marca foi desenvolvida para proporcionar alívio às dores de cabeça, cólicas menstruais e enxaqueca, de leve a moderada intensidade, a proposta da campanha “Sem Mimimi” foi abordar, de maneira mais leve, alguns desconfortos que as mulheres vivem, valorizando inclusive a sua vontade de superá-los. Acatamos as opiniões publicadas e esclarecemos que, em nenhum momento, se pretendeu subestimar o impacto dessas dores ou desrespeitar quem as sente. Em consideração às pessoas que manifestaram a sua insatisfação, Novalfem decidiu retirar a campanha.”

Revolta – A página de Facebook da cantora se tornou um muro de lamentações de fãs indignadas com a campanha. “Minha linda, gosto tanto de você! Mas ver você como garota propaganda de um marketing mal feito me deixou triste. Cólica menstrual está longe de ser mimimi e pode ser um problema de saúde muito sério”, disse a seguidora do perfil pessoal de Preta, Dayse Paula. A seguidora Wanessa Siqueira foi mais além, classificando a propaganda como ridícula. “Preta, é lamentável sua participação nessa campanha! Te admiro como artista, mas, em minha opinião, essa campanha é um tanto quanto ridícula, grosseira e preconceituosa”, escreveu a possível ex-fã da cantora.

Preta Gil resolveu responder aos fãs na noite desta quinta-feira. Disse que havia achado a ideia ” divertida” e que discutir o assunto de forma “leve” tinha tudo a ver com ela. ” Em nenhum momento enxerguei como algo machista ou que desmerecesse quem sente cólicas fortes. Mas o fato foi que muitas mulheres se sentiram desrespeitadas. Li muitas coisas e me solidarizo com a maioria dos depoimentos e, em consideração a elas, a campanha foi interrompida. Muitos beijos com carinho, Preta”, escreveu a cantora.

O Meio & Mensagem tratou do caso da Sanofi também (íntegra AQUI):

A polêmica envolvendo a campanha “Casais”, da AlmapBBDO para O Boticário, em função do Dia dos Namorados, mal esfriou e uma nova ação publicitária voltou a chacoalhar as redes sociais nesta quarta-feira 10. Diferentemente do vídeo da marca de cosméticos que mostrava casais homossexuais e foi criticado por grupos conservadores, a campanha #SemMimimi, do analgésico Novalfem, marca do laboratório Sanofi, desagradou em boa parte o público feminino, alvo do produto, e será retirada do ar.

A principal reclamação em relação à ação criada pela Publicis, protagonizada por Preta Gil e veiculada exclusivamente na internet, é o fato de ter relacionado a cólica ao “mimimi”, ou algo sem importância.

Na tarde da quarta-feira 10, a Publicis se retratou no Facebook em resposta à polêmica alegando que em nenhum momento houve a intenção de minimizar as dores das mulheres. Posteriormente, a Novalfem também se posicionou e decidiu reavaliar a campanha. “Acatamos as opiniões publicadas e esclarecemos que, em nenhum momento, se pretendeu subestimar o impacto dessas dores ou desrespeitar quem as sente.”

Entretanto, o posicionamento de ambas não esfriou os ânimos. Nesta quinta-feira 11, após diversas reuniões ao longo do dia, a Sanofi decidiu retirar do ar a campanha. Em sua página no Facebook, a Novalfem informou que, em respeito às pessoas que se manifestaram contra a ação, ela será retirada do ar nesta sexta-feira 12.

Ao comentar o lançamento da campanha, na edição impressa desta semana de Meio & Mensagem, Natalia Ramos, gerente de produto da marca Novalfem, disse que o objetivo era tratar o assunto de forma leve: “Apostamos em uma linguagem descontraída para falar com uma mulher que é conectada, informada e inteligente”. Já Kevin Zung, diretor-executivo de criação da Publicis, ressaltou que a escolha de Preta Gil tem a ver com o tema e a popularidade que ela possui no ambiente virtual. Ao que parece, as duas estratégias não deram certo.

Coincidentemente, a repercussão negativa da campanha de Novalfem ocorreu no mesmo dia em que Hugo Rodrigues, CEO da Publicis, comentou, em um evento da Associação Brasileira de Anunciantes (ABA), que as agências precisam ousar mais. No contexto, ainda antes da reação das redes sociais à campanha de Novalfem, Rodrigues falava sobra a repercussão da ação de O Boticário e a importância de as marcas assumirem um papel social. Rodrigues e Zung são os diretores de criação da campanha de Novalfem, criada por Daniel Schiavon, Juliana Patera, Laercio Lopo e João Morgan.

Até a manhã desta quinta-feira 11, o Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (Conar) não havia recebido nenhuma reclamação a respeito da campanha de Novalfem. De acordo com Adam Gagen, diretor da World Federation of Advertisers, uma espécie de autorregulador belga, casos polêmicos como esses devem sim ser discutidos pela sociedade e julgados pelos órgãos competentes. Gagen comentou, no mesmo evento da ABA, que o caso de O Boticário já virou case mundial, mas que as repercussões em volta de campanhas estão cada vez mais fortes ao redor do mundo. “Não é algo específico do Brasil, as redes sociais permitiram que os consumidores ampliassem seus pontos de vista e isso tem impacto na indústria da propaganda, em casos como estes deve haver o debate da forma mais saudável possível”, diz Gagen.

Não é a primeira vez que a Sanofi aborda temas de grande repercussão em suas campanhas. Em 2010, uma ação do sabonete Dermacyd com Grazi Massafera foi alvo do Conar. Na ocasião, a propaganda exibiu imagens da atriz com sua ginecologista, o que é proibido pelo Código de Ética Médica, motivo que levou o Conar a pedir sua alteração. Um comercial do analgésico Dorflex, de 2013, também foi alvo de críticas usando o termo “otário”. Também em 2013, Dermacyd voltou a chamar atenção com a campanha “Durmo sem calcinha”. O case foi trend topic no Twitter em menos de 20 minutos e ganhou o Lead The Change Awards, um prêmio internacional que envolve toda a rede Publicis Worldwide.

Pois essa geração “mimimi” não é apenas chata, pentelha e intolerante. A origem disso tudo é a ignorância e a falta de bom senso. Há poucos dias, o comediante Jerry Seinfeld falou sobre o assunto: o politicamente correto está matando o humor. Eu digo mais: o politicamente correto está matando o bom senso e a inteligência. Eis aqui um trecho do que disse o criador da série Seinfeld:

Jerry Seinfeld believes political correctness has put comedy on a self-destructive path. During a recent ESPN interview, host Colin Cowherd mentioned to Seinfeld that Chris Rock and Larry the Cable Guy intentionally don’t perform at college campuses because the students are too politically correct. “I don’t play colleges, but I hear a lot of people tell me, ‘Don’t go near colleges. They’re so PC,'” said Seinfeld.

He continued, “I’ll give you an example: My daughter’s 14. My wife says to her, ‘Well, you know, in the next couple years, I think maybe you’re going to want to be hanging around the city more on the weekends, so you can see boys.’ You know what my daughter says? She says, ‘That’s sexist.’” Seinfeld said college students don’t understand racism and sexism. “They just want to use these words: ‘That’s racist;’ ‘That’s sexist;’ ‘That’s prejudice.’ They don’t even know what the f—k they’re talking about.

When Cowherd asked Seinfeld if he thinks being too PC is hurting comedy he said it is. In another part of the interview the comedian said, “I have no interest in gender or race or anything like that. But everyone else is kind of, with their calculating—is this the exact right mix? I think that’s—to me it’s anti-comedy. It’s more about PC-nonsense.”

Se o leitor quiser inclusive OUVIR a entrevista do Seinfeld, pode fazê-lo AQUI.

Eu já escrevi diversos posts aqui no blog sobre o politicamente coreto – e algo comum a todos é a constatação de que são justamente as pessoas que mais se esforçcam em defendê-lo as mais ignorantes e toscas. Alguns exemplos:

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Para arrematar, reproduzo a coluna do Luiz Felipe Pondé de 08/06 (AQUI), que trata de uma questão intimamente ligada a esse politicamente correto e os seus efeitos nas novas gerações, que produzirão um bando de débeis mentais em pouquíssimo tempo (na verdade, já estão produzindo!):

O mundo fica a cada dia mais ridículo. Hoje, para provar essa tese, darei três exemplos de ideias equivocadas que assumem ares de coisa séria.

Duas delas vêm da pedagogia, das escolas de crianças, um dos campos em que o absurdo tomou conta das pessoas. As escolas viraram laboratórios de “experiências” em muitas áreas. Em vez de ensinar as capitais dos Estados e dos países, querem ensinar as crianças como elas devem se sentir (o que é “correto” sentir) diante das coisas. Muita dessa gente nem tem “moral” para pregar para os outros. Não confio em ninguém que posa de “correto”.

Vamos ao primeiro exemplo. Tenho ouvido falar que em muitas escolas virou costume fazer um dia em que meninos vão vestidos de meninas e meninas vão vestidas de meninos.

Na cabeça desse povo, esse dia deve ser dedicado ao combate à violência de gênero. O que esses professores não sacam é que um pedido desse para crianças é em si uma violência de gênero e uma covardia, levando-se em conta que são crianças e que não têm como se defender dos delírios de teóricos bobos. E o pior é que pais inteligentinhos acham essa bobagem a última palavra em “ética”. Risadas?

Outro dia ouvi de um menino de sete anos da classe C que sua professora pensava que ele era uma travesti porque tinha dito na classe que no dia X os meninos deviam ir vestidos de meninas e vice-versa. Mas, como ele não era uma travesti, recusou-se a ir vestido de mulher e me falou: “Eu não fui porque não sou travesti”.

Veja, isso nada tem a ver com travestis adultos ou o direito de o ser (que julgo inquestionável, do ponto de vista do contrato democrático em que vivemos). Isso tem a ver com taras teóricas de professoras autoritárias que infernizam a vida das crianças com suas ideias descabidas.

Digamos de uma vez por todas: ninguém entende patavina de sexualidade. Mas ficou na moda dizer que entende.

Imagino que a autoritária de gênero, a professora desse menino (e de outros tantos e tantas), veja preconceito na fala dele. Eu vejo nessa professora a alma totalitária típica desses comissários do bem social. Uma praga que infesta as escolas e o mundo como um todo.

O mundo está cheio desses comissários, uma espécie de gente mandona que atormenta os outros com suas taras teóricas.

A verdade é que o mundo sempre foi um poço de loucuras, taras e incoerências. Por que agora passamos a achar que basta se dizer a favor do bem social e essa pessoa está a salvo de ser um obcecado qualquer exercendo suas taras teóricas sobre crianças que não têm como se defender diante dessas bobagens? E o pior é que muitos psicólogos abraçam essa baboseira.

O segundo exemplo também vem da educação: a decisão de mudar letras de músicas como “atirei o pau no gato” para coisas como “não atirei o pau no gato”, a fim de fazer com que as crianças não maltratem os gatinhos. Crianças, na sua maioria esmagadora, sempre amaram gatinhos. Mas crianças não são anjinhos e, quando o são, são doentes. Por que psicólogos, pedagogos e pais se unem numa prática ridícula como essa? Ninguém mais quer ter filhos, e os poucos que têm os torturam com essas ideias bobas.

Duvido que músicas assim nos façam amar mais os gatinhos, assim como acredito que existam veganos infames e carnívoros malvados no meio da humanidade. Penso mais que músicas assim visam apenas satisfazer a tara teórica de algum pedagogo ou psicólogo que, em vez de estudar a sério, fica embarcando em modinhas. É mais um exemplo de comissários do bem social.

Esses caras devem achar que assim não existirão mais guerras no mundo e não precisaremos mais matar seres vivos para viver. Eis os famosos idiotas do bem.

E, por último, a terceira ideia: os mandões que querem nos proibir de comer foie gras em nome do bem dos patinhos. Adoro patinhos. A forma de produzir foie gras é mesmo feia. Mas, pergunto-me: quem ou o que esses santos contra o foie gras torturam por trás das cortinas?

Aposto que a mesma moçada que chora por gatinhos e patinhos não chora por bebês abortados. Interessante esse cruzamento de (in)sensibilidades, não?

 

Agora uma brincadeirinha: observe a imagem abaixo:

2015-06-10 08.53.55O leitor consegue identificar, entre a imagem que reproduz uma afirmação da Giovana Lima e a de baixo, da Lídia Telles, qual delas é “piada” e qual delas é “séria”?

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A geração “mimimi” é composta por gente tão burra que fica impossível distinguir uma afirmação falsa, claramente humorística, absurda, de uma afirmação tida como “séria” pelo ameba em coma que a proferiu.
Em tempo: a “Lidia Telles” é uma personagem fictícia, criada justamente para escancarar a idiotia de gente como Giovana Lima.

E o sempre boçal, sempre desonesto, e sempre asqueroso Jean Wilis? Abaixo:

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Pena que haja quem vote neste escroque…

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Caso O Boticário: quando uma propaganda sem graça ganha contornos de escândalo

Uma empresa em decadência, de baixíssima relevância, veicula uma propaganda sonsa, sem graça, absolutamente ordinária e feita, basicamente, de clichês bobocas – e isso é tudo o que o Brasil da ignorância precisa para fazer um escândalo.

A síntese do caso (íntegra AQUI):

Depois de estrear, há quase dez dias, no intervalo do Fantástico, e de ser exibida em rede nacional durante toda a semana passada, a propaganda virou alvo de debates nas redes sociais, como Twitter e Facebook nos últimos dias. Tanto barulho rendeu a abertura de um processo no Conar, órgão de autorregulamentação publicitária.
A polêmica do filme Casais, criado pela AlmapBBDO, aumentou o interesse do público pela campanha. Ontem, no YouTube, o vídeo contabilizava quase 1,15 milhão de visualizações. Na segunda-feira, nas avaliações sobre o conteúdo do site de vídeos do Google, a turma dos insatisfeitos estava em vantagem, após uma campanha na web incentivar as pessoas a apertarem o botão “não gostei” do YouTube. Ontem, a situação havia se invertido: pouco depois das 19h, havia 188 mil “gostei” para 153 mil “não gostei” nas avaliações do vídeo.
A discussão saiu das redes sociais e foi parar também no site de consumo Reclame Aqui. Uma consumidora de Curitiba reprovou a propaganda em post publicado na terça-feira da semana passada. Em mensagem publicada na segunda-feira, outra consumidora achou o filme muito tímido. “Espero que da próxima vez tenha mais beijos na boca”, escreveu.
Em resposta, a marca de perfumes escreveu que “a proposta da campanha Casais (…) é abordar, com respeito e sensibilidade, a ressonância atual sobre as mais diferentes formas de amor – independentemente de idade, raça, gênero ou orientação sexual – representadas pelo prazer em presentear a pessoa amada no Dia dos Namorados”.
Em relação ao Conar, declara que ainda não foi notificada e que a campanha continuará no ar. Um grupo de 20 pessoas apresentou reclamação ao órgão.

Para quem ainda não viu, este é o comercial da polêmica estúpida:

O jornal O Globo publicou o seguinte (íntegra AQUI):

Enquanto consumidores tentam boicotar O Boticário por ter lançado um comercial para o Dia dos Namorados estrelado por casais gays, muitos internautas contra-atacam com ações bem-humoradas nas redes sociais. A reação dos defensores dos direitos dos LGBT foi tão forte que já virou o placar da “guerra dos likes”. Na manhã de terça-feira, o marcador abaixo do vídeo apontava mais que o dobro de desaprovações do que de “curtidas”. Agora, a situação está invertida: são 280 mil “curtidas” contra 170 mil desaprovações.
Já uma campanha iniciada no Facebook que incentiva compras de produtos de O Boticário “contra o fundamentalismo” conquistou o apoio de 50 mil pessoas em menos de 24 horas. “Dia dos Namoradores é uma data de amor, de todas as formas de amor. Vamos contra-atacar o lobby da irracionalidade da melhor forma: no bolso! Neste Dia dos Namoradores, em todo país, #CompreBoticário e divulgue essa corrente”, sugere a organização.
O Tumblr “Aproveita e boicota” faz piada com o embargo convocado pelos internautas a marcas que defendem a união entre pessoas do mesmo sexo. O site apresenta dezenas de companhias que já declararam seu apoio às causas dos LGBT e sugere que os boicotadores parem também de consumir produtos de firmas como Coca-Cola, Microsoft, McDonald’s, Nike, Disney, Apple, Visa, Amazon, Facebook, Google, etc. “Se é pra boicotar alguma coisa, que seja a ignorância”, afirma a página.

E praticamente todos os sites, jornais e revistas seguiram “cobrindo” o caso, e sua repercussão. Caso o leitor queira, pode ler mais AQUI, AQUI e AQUI. Contudo, se o dileto leitor acessou seu Facebook nos últimos dias, já deve ter visto centenas de “memes”, mensagens e opiniões (vulgo “textão“) sobre o caso…

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Aliás, aquele lixo do Facebook é o local ideal para proliferação de… lixo! Eis aqui o exemplo perfeito da soma do oportunismo chulo com a burrice galopante:

Seja contra o fundamentalismo sem contribuir para o capetalismo, seja contra a homofobia sem ter que comprar nada, nesse dia dos namorados não seja uma bicha colonizada consumista, dê o que você tem, dê o Cu

Esta é a “descrição” de um evento criado no Facebook (link AQUI). Por razões mais do que evidentes, vou me abster de comentar.

Esse “caso” do Boticário foi o palco que os ignorantes como Jean Willis e seus semelhantes (vulgarmente conhecidos como “amebas tapadas em coma induzido depois da remoção dos restos do cérebro que se autodestruiu por falta de uso“) precisavam para desliar toda a ignorância e truculência que lhes é peculiar, claro. Essa gente de baixo QI e nenhuma honestidade intelectual sempre se refastela nos casos cercados pela ignorância. Aliás, essa gente PRECISA da ignorância para existir.

Vai aqui uma leitura interessante (íntegra AQUI, que eu aliás recomendo):

Foi no dia dezoito de dezembro de 1950, há pouco mais de um ano do nascimento da República Popular da China, e após duas décadas de uma guerra civil amarga e sangrenta, que Mao Tsé Tung – o homem que faria Adolf Hitler parecer um coroinha indefeso – declarou aquela que viria a ser talvez a melhor definição de sua ideologia: “Comunismo não é amor, comunismo é um martelo com o qual se golpeia o inimigo.”

De todas as formas e cores que o amor poderia se manifestar, apenas uma seria aceita pelo regime vermelho. Gays se tornariam inimigos e seriam golpeados em campos de concentração na China, União Soviética, Albânia, Sibéria, Cazaquistão, Bulgária e Hungria. Na Romênia, a orientação oficial de Ceausescu para a Securitate era a de, em caso de homossexuais flagrados fazendo sexo, o devido espancamento ou execução no local como exemplo público. Quase todos os estados comunistas baniram associações políticas e comunitárias de gays e lésbicas, impedindo a publicação de material LGBT. Gays e lésbicas foram constantemente denunciados, perseguidos, demitidos, presos, humilhados, censurados, deportados, castrados e executados em quase todos os países em que a esquerda promoveu seus regimes totalitários ao longo do último século.

Por onde o socialismo passava, o discurso de que a homossexualidade era uma prática burguesa se repetia. Lenin foi taxativo para a jornalista alemã Clara Zetkin:
“Parece-me que esta superabundância de teorias sobre sexo brota do desejo de justificar a própria vida sexual anormal ou excessiva do indivíduo ante a moralidade burguesa e reivindicar tolerância para consigo. Não importa quão rebeldes e revolucionárias aparentam ser; essas teorias, em última análise, são completamente burguesas. Não há lugar para elas no partido, na consciência de classe e na luta proletária.”

Em Cuba não foi diferente. Em 1965, seis anos após tomar o poder na ilha, Fidel declarou ao jornalista norte-americano Lee Lockwood:
“Nunca acreditei que um homossexual pudesse encarnar as condições e requisitos de conduta que nos permite considerá-lo um verdadeiro revolucionário, um verdadeiro comunista. Um desvio de sua natureza se choca com o conceito que temos do que um comunista militante deve ser.”

No mesmo ano, ao lado de Che Guevara, ele criaria as “Unidades Militares de Ayuda a la Producción” – que no outro lado do mundo atendia pelo carinhoso nome de Gulag – acampamentos de trabalho agrícola com cercas de 4 metros de arame farpado, onde homossexuais e outros indivíduos contra-revolucionários realizariam trabalho forçado nos canaviais, dedicando suadas 16 horas de labuta para sustentar a bigodagem revolucionária, em condições tão degradantes quanto as encontradas nas concentrações nazistas – onde os gays também sofriam nas mãos do coletivismo, marcados por um triângulo rosa.

Penteados extravagantes, calças apertadas, camisas coloridas e “maneirismos efeminados” eram vistos como uma afronta ao estado cubano, ainda que as práticas privadas não fossem vistas como um tormento à revolução – a condenação residia na exibição pública da homossexualidade, no cubano que ousava se comportar nas ruas como um indivíduo livre, no gay que desafiava a formação do “novo homem” que o regime promovia.

Em 1971, a resolução do Primer Congreso Nacional de Educación y Cultura era taxativa:
“Os desvios homossexuais representam uma patologia anti-social, não admitindo de forma alguma suas manifestações, nem sua propagação, estabelecendo como medidas preventivas o afastamento de reconhecidos homossexuais artistas e intelectuais do convívio com a juventude, impedindo gays, lésbicas e travestis de representarem artisticamente Cuba em festivais no exterior.”

Por isso tudo – e muito mais – eu sempre rio (para não chorar) quando um “jênio” que defende o socialismo e/ou o comunismo faz um discursinho babaca sobre “minorias e direitos LGBT” (não sei se a sigla já sofreu mudanças nos últimos 5 minutos). O deputado Jean Wilis, que se acha o Che Guevara tupiniquim, não sabe que o socialismo perseguiu gays? Ele desconhece os diversos ataques contra gays feitos por Che Guevara, Fidel Castro e todos os demais ditadores socialistas e/ou comunistas?

Mas Jean Wilis não é o único. Claro! Há, por exemplo, a Luciana Genro, outra ignóbil esquerdopata que só fala bobagem e se acha no direito de classificar qualquer crítica ou discordância de “discurso de ódio” – ao mesmo tempo em que ela defende o comunismo, Cuba, Stálin, Marx etc…

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Enfim, vamos ao âmago da questão, ou seja, o comercial do Boticário.

Começo por alguns trechos de um texto do Geraldo Samor (íntegra AQUI), para que tenhamos uma perspectiva sobre o tema central da discussão:

No ano passado, o CEO da Apple, Tim Cook, escreveu um artigo dizendo ter orgulho de ser gay. Cook disse que queria ajudar pessoas que estão ‘dentro do armário’ a ter coragem e dignidade.
Também nos EUA, há muitos anos ninguém levanta as sobrancelhas quando as empresas fazem comerciais mostrando o afeto entre dois homens ou duas mulheres. Na economia mais desenvolvida do planeta, o mercado de ideias chegou a um veredito: a igualdade é um bem público, um valor moral, e, de quebra, good for business.
[…] Contra este espírito — a ideia aparentemente simples de que a igualdade é uma coisa justa e que deve ser abraçada — insurge-se no Brasil um pastor.  Pastores.
Primeiro, um pastor condenou um ato de amor — um beijo na novela Babilônia — e pediu boicote a um patrocinador, a Natura. Depois levantou-se um outro, cuspindo veneno contra uma propaganda do Boticário que ousou falar do amor entre iguais, em vez de ficar no papai e mamãe. Profundamente incomodado, este pastor também pediu boicote, evocou o santo nome do “Estado democrático de direito” para exercer o direito de dar sua “opinião”, e esbravejou em frente à câmera qual um adolescente inseguro buscando se afirmar, tentando achar sua voz e identidade.

[…] O objetivo de certos pastores não é guiar o rebanho, mas hipnotizar serpentes. Não estão na missão de espalhar o amor, mas de semear divisão, invocando para isto a suposta ‘vontade de Deus’ ou ‘o que está nas Escrituras’.”
[…] Os pastores brasileiros têm similares no mercado de ideias dos EUA. Eles se assemelham a uma igreja que existe lá, e que também divide as pessoas em duas categorias — de um lado, as ‘pessoas de bem’; do outro, os gays e os judeus. (Desculpem, esqueci de colocar aspas quando escrevi igreja.)
[…] No Brasil, provavelmente nunca nos livraremos destes pastores da divisão, barulhentos e oportunistas. Sempre haverá mercado para seu discurso de intolerância, mas o trabalho das verdadeiras ‘pessoas de bem’ é garantir que aquele mercado seja cada vez menor, com menos ibope e sem liquidez.
Nenhuma luta é mais justa do que a luta pela igualdade, e nenhuma ideia está mais madura para vingar do que esta — seja no mercado de ideias, no capitalismo, ou dentro das famílias, e a despeito da inércia e da ignorância.

[…] Até porque, se alguém realmente decidir boicotar a ideia de igualdade, vai ficar sem Boticário, Natura, Osklen, Skol, Banco do Brasil, Motorola, Vigor, FIAT, Heinz, Pepsi, Danone, Microsoft, GOL, YouTube, McDonald’s, Unilever, Google, Facebook, Coca-Cola…

O texto é bom, ajuda a entender a amplitude da discussão gerada pelo caso do Boticário, mas comete um equívoco fundamental: os pastores evangélicos aos quais o texto se refere têm, sim!, todo o direito de criticar a propaganda do Boticário, a novela, ou o que mais eles quiserem criticar. Pedir ou propor um boicote, igualmente, é um direito numa sociedade democrática:

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Eu, pessoalmente, não concordo com NADA dito por estes pastores, e tenho absoluto desprezo aos Malafaias e Felicianos da vida. Contudo, eles têm o direito de falar o que quiserem. Eu tenho o direito de discordar, ou, mais frequentemente, de sequer tomar conhecimento da opinião deles sobre qualquer assunto que seja – apenas e tão somente porque não me interessa o que o Malafaia pensa sobre X ou Y ou Z.

E isso é um problema complicado no Brasil atualmente: os defensores do maldito e burro politicamente correto se acham os donos da verdade: eles acreditam ter o dom divino de dizer o que cada um pode ou não pode falar ou pensar. E qualquer crítica ou discodância nos temas envolvendo gays é automaticamente tachada da HOMOFOBIA.

Isso é burrice.
Não gostar de gays não é homofobia.
Não concordar com as escolhas dos gays não é homofobia.
Não gostar ou não aprovar os atos e ações de gays não é homofobia.

Homofobia é a fobia (ojeriza, repulsa, medo, aversão) aos homossexuais. Homofobia implica a existência de ódio, repulsa, medo ou discriminação, não apenas a discordância ou o simples fato de não gostar. Homofóbicos querem agredir fisicamente os homossexuais – ou, nos casos mais extremos, exterminá-los. Isso é muito diferente de dizer “discordo”. Discordar de um gay NÃO significa homofobia.
Precisa escrever algo tão óbvio?
Dada a galopante burrice que assola o Brasil, infelizmente, sim.

Eu não gosto de repolho. Se alguém disser que eu tenho repolhofobia, a única alternativa é rir (para não chorar). Eu tenho o direito de não gostar de repolho (ou agrião, ou cenoura etc). Eu tenho o direito de fazer esta escolha.

No seu blog (íntegra AQUI), o Reinaldo Azevedo resumiu muito bem a questão:

É evidente que a reclamação não dará em nada. Até porque os relacionamentos homos e héteros ali retratados são bastante pudicos. Pessoalmente, acho uma perda de tempo e uma bobagem se incomodar com isso. Gays existem, e é lógico que tenham a devida visibilidade. Formam um mercado consumidor apreciável, e não faz sentido, também comercial, ignorar esse público.
Mais: é preciso parar com a tolice, que desafia qualquer saber firmado a respeito, de que esse tipo de mensagem incentiva a prática homossexual. Quem faz tal raciocínio teria de admitir que a esmagadora maioria de héteros no mundo também decorre do efeito-propaganda, o que é uma tolice até contra a biologia e a sobrevivência das espécies. A publicidade não torna gay o hétero nem hétero o gay.
O que nos torna a todos mais burros é a intolerância.
Venha de onde vier.

[…] Acho a reação à propaganda um exagero? Acho! Mas vamos com calma! Certas críticas que leio àqueles que protestaram são apenas inaceitáveis porque agridem o fundamento da liberdade de expressão. Ora, as pessoas têm o direito de não gostar daquilo que veem. Não gostando, têm também o direito de se expressar.
A liberdade de expressão, como já disse aquela, é e será sempre a liberdade dos que discordam de nós. Ou alguém precisa ser livre para dizer “sim”?

Eu considero a igualdade de direitos diante da lei um bem em si e entendo que as pessoas civilizadas devam lutar para que seja um bem universal. É por isso que não sou um relativista. Mas essa igualdade também abriga a liberdade de as pessoas deixarem claro o que as desagrada, especialmente quando se atua na esfera dos valores.
Se não for assim, meus caros, em breve aparecerá alguém sugerindo — na verdade, vive aparecendo, não é? — a criação de uma espécie de Comitê de Salvação Nacional para a Defesa da Igualdade, atribuindo-se a tarefa de calar a boca de todos aqueles que supostamente estariam contra a dita-cuja.
Algo parecido aconteceu na França entre 1792 e 1794. Cortou milhares de cabeças.

O Boticário tem o direito de fazer campanhas publicitárias de homem com homem e mulher com mulher? Tem. Isso me incomoda? Abaixo de zero! Há quem se incomode? Há! Nos limites da democracia e da civilidade — e não os vi sendo transgredidos até agora —, têm o direito de se manifestar. Questionar esse direito é só uma prática autoritária exercida em nome das luzes.

Isso nunca deu certo.
Cuidado! Nem tudo o que é reacionário parecer ser… reacionário.

Pois é…
O pastor/religioso/clérigo (evangélico, protestante, cristão, judeu, muçulmano, seja lá de qual religião) tem o direito de não gostar de uma empresa, de uma novela, de um livro, de um filme etc – e, falando diretamente à sua comunidade religiosa, tem todo o direito e a liberdade de expressar a orientação que julgar mais adequada para seus “fiéis” (ou qualquer que seja a terminologia aplicável).
Há “fiéis” que concordarão com o pastor, e seguirão sua orientação; e há, também, aqueles que, a despeito de serem da mesma religião do pastor, NÃO concordarão.

Isto se chama liberdade.

Eu, como agnóstico, não dou atenção a nenhum pastor, papa, padre, rabino etc.
Sou livre para escolher se gosto de um filme, de um livro, de uma novela, de uma propaganda.

E, como profissional de marketing, vejo esse “escândalo” do Boticário com certa apreensão. Infelizmente, o Brasil está cada dia mais burro. A culpa é justamente dos tapados do politicamente correto.

Os “ativistas” do politicamente correto inventam bobagens que pretendem tolher as liberdades individuais; eles se acham os detentores do bem, os donos absolutos e incontestáveis da verdade.
É uma gente estúpida, ignorante, que “caga regras”: não pode chamar o negro de negro, é “afrodescendente”.
Não pode chamar um gay de “veado” ou “bicha”, é “minoria LGBTTTTTT” (a propósito: meu melhor amigo é gay, e chamo ele de bicha e veado, sim – ao telefone, pessoalmente, por e-mail, WhatsApp etc. Foda-se a ignorância galopante do politicamente correto).

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Qualquer crítica é imediatamente transformada em alguma “fobia” – e os tapados do politicamente correto vivem criando novas fobias…. Elas não passam de uma bobagem, vazia de sentido e cretina na forma.

A sociedade está emburrecendo de tal forma que qualquer crítica e/ou discordância vira alguma “fobia” e cria um escândalo.

Isso é uma bobagem.

A propaganda do Boticário é sonsinha, chatinha, repleta de clichês típicos dos comerciais feitos para o Dia dos Namorados. Usa-se um fundo musical mela-cueca, mostram-se casais apaixonados trocando presentes etc…
Um comercial, em suma, ordinário, sem nada capaz de diferenciá-lo. Comum. Rotineiro.

Mas que gerou uma discussão, um “buzz”, ridiculamente desnecesário, vazio.