O Brasil tem, há muito tempo, grupos de golpistas que tentam, cotidianamente, solapar a democracia e as instituições que devem, por definição, preservá-la.
Nas últimas semanas esses grupos de golpistas têm participado de manifestações e “protestos” demandando um golpe nas leis, na Constituição, na democracia.
Abaixo, um vídeo mostra a sagrada burrice dos golpistas de sempre. Por favor, assista:
Vemos ali um ato realizado pelos golpistas MST, CUT, UNE, MTST e outros grupelhos que estão exigindo que se rasgue a Constituição, que se ignore a Justiça de forma a manter uma criminosa na Presidência da República.
O pior, como o vídeo demonstra de forma cabal, é a burrice, a ignorância absurda desses golpistas.
Evidentemente, nas últimas semanas o assunto mais discutido tem sido o impeachment da Dilma Ruinsseff. E uma das afirmações mais frequentes – e, ao mesmo tempo, esdrúxulas – é a de que o impeachment seria um “golpe”.
Num país minimamente civilizado, uma afirmção desbaratada como esta sequer precisaria ser discutida, uma vez que o impeachment é um dispositivo CONSTITUCIONAL, e que inclusive já foi usado no Brasil em 1992.
Aliás, por falar em 1992, vamos traçar alguns paralelos?
Em 1992, Lula e todas as lideranças do PT estavam na linha de frente das convocações pedindo o impeachment de Fernando Collor
O impeachment é, por definição, um julgamento POLÍTICO – e o caso do Collor é o exemplo perfeito disso: mesmo condenado politicamente pelo Congresso Nacional, foi absolvido no âmbito judicial/criminal pelo STF.
Os mortadelas que estão dizendo agora que impeachment é golpe já perguntaram a opinião do “guerreiro do povo brasileiro” que eles veneram?
Kildare Gonçalves Carvalho, Paulo Brossard e outros juristas de verdade (não os oportunistas que estão surgindo do nada agora, nas patéticas tentativas de Dilma buscar desculpas esfarrapadas) já afirmaram inúmeras vezes: “O impeachment é um processo político”.
Kildare Gonçalves Carvalho: Direito Constitucional – Teoria do Estado e da Constituição. Editora Del Rey, 2008. (página 1.103)
Vou repetir:Fernando Collor de Mello foi absolvido no seu julgamento jurídico, no Supremo Tribunal Federal. Ele foi julgado lá por ter sido acusado de crime comum, além do crime de responsabilidade. O julgamento do primeiro é jurídico. O julgamento do segundo é político. Essa é a Constituição Federal.
O impeachment de Fernando Collor foi uma das melhores coisas que aconteceram na História recente do Brasil. Graças a este impeachment, Itamar Franco assumiu um governo de coalizão, no qual nomeou Fernando Henrique Cardoso Ministro da Fazenda – e isso deu origem ao Plano Real, implantado em 1994. O Plano Real foi um divisor de águas na História do Brasil, como todo mundo sabe.
O PT pediu o impeachment de Collor, de Itamar e de FHC
Foi graças ao sucesso do Plano Real que a inflação foi finalmente debelada (a despeito dos esforços da Dilma em reverter isso) e o Brasil conseguiu, finalmente!, avançar. Claro que outros fatores posteriores também deram suas contribuições, mas o Plano Real foi a base, a fundação, a “pedra fundamental” de tudo – pois se o Brasil continuasse com a inflação que venceu planos como Collor, Bresser, Verão etc, o desastre continuaria até hoje:
Neste ponto, quero fazer um resumo:
Fernando Collor de Mello foi eleito dentro das regras eleitorais vigentes em 1989, de forma democrática, pelo voto direto, e acabou sofrendo impeachment em 1992, o que era a vontade da maioria dos eleitores do Brasil naquele momento;
O processo de impeachment de Collor foi iniciado por um deputado envolvido em denúncias graves, que acabaria cassado por corrupção (em 1994);
Graças ao impeachment de Collor, o Brasil destravou a economia e conseguiu progredir de verdade.
O leitor percebe alguma relação entre 1992 e 2015?
Dilma foi eleita democraticamente? Sim, a despeito da campanha eleitoral calcada unicamente em mentiras, foi. Mas isso não tem nada a ver com o impeachment – até porque seria impossível pedir impeachment de quem NÃO foi eleito.
Bobagem. Há razões de sobra para o impeachment de Dilma. Ela cometeu DIVERSOS crimes, e alguns foram REPETIDOS diversas vezes. Na denúncia contra Dilma, há as pedaladas dadas — e já admitidas publicamente até pelo estagiário do Palácio do Planalto — em 2014, mas também as praticadas em 2015. Mas não é só isso!
A peça evidencia ainda que ela editou uma série de decretos em 2014 e 2015 (portanto diz respeito a AMBOS OS MANDATOS) que resultaram na abertura de créditos suplementares sem autorização do Congresso Nacional, crime devidamente tipificado nos itens 4 e 6 do Artigo 10 da Lei 1.079, a chamada Lei do Impeachment.
O texto aponta, ademais, os descalabros da Petrobras e acusa a responsabilidade da presidente, evocando os itens 3 e 7 do Artigo 9º da mesma Lei 1.079, segundo os quais “são crimes de responsabilidade contra a probidade na administração: não tornar efetiva a responsabilidade dos seus subordinados, quando manifesta em delitos funcionais ou na prática de atos contrários à Constituição; (…) proceder de modo incompatível com a dignidade, a honra e o decoro do cargo”. Recorro às palavras claras da Dra. Janaína Paschoal, uma das autoras da denúncia (recomendo a leitura desta entrevista com ela, na íntegra – muito esclarecedora):
A denúncia tem fulcro no artigo 85 da Constituição Federal e nos artigos 4, 9, 10 e 11 da Lei 1.079/50. Em resumo, se alicerça na falta de probidade administrativa, seja por ter protegido a diretoria da Petrobras, seja por negar os fatos sabidos na época eleitoral, ou por não contabilizar os empréstimos feitos junto a bancos públicos. A denúncia também tem base na afronta ao orçamento, haja vista que muitos dispositivos da lei de responsabilidade fiscal foram desrespeitados. Em especial a proibição de fazer empréstimos de bancos públicos e de fazer empréstimos (de quaisquer bancos) em ano eleitoral. A entrevista que o procurador do TCU, Julio Marcelo Oliveira, deu a BBC, há alguns dias, deixa esse expediente bastante nítido. No aditamento, por valiosa colaboração do Professor Miguel Reale Júnior, acrescentamos os decretos em que a Presidente abriu crédito suplementar, em valores consideráveis, sem autorização do Congresso.
Recomendo, ainda, que o dileto leitor assista à entrevista concedida pela Dra. Janaína Paschoal ao Roda Viva, que eu já disponibilizei no blog anteriormente, AQUI. As explicações sobre a denúncia contra Dilma Ruinsseff estão claríssimas.
Também andei lendo que as “pedaladas fiscais” não são motivo suficiente para impeachment.
Mentira. A prática fere diretamente a Lei de Responsabilidade Fiscal. Mas repito: a denúncia que foi acatada pelo Presidente da Câmara não se restringe às pedaladas fiscais.
Aliás, é engraçado notar o seguinte: alguns dias atrás, a imprensa noticiou fartamente que “um grupo de juristas” reuniu-se com Dilma – e deste encontro foram divulgadas as mais diversas opiniões, todas tentando sustentar que não haveria motivos para o impeachment.
O que a imprensa NÃO fez: mostrar de forma agrupada e reunida as diversas opiniões de alguns membros deste “grupo de juristas”. Entre eles, há os que digam que pedaladas fiscais não são crime, e que Dilma não fez nada parecido com as “pedaladas”. Porém, eles esqueceram de afinar os discursos!
A própria Dilma já disse, em discursos, que cometeu, sim, as pedaladas – e ela defendeu o ato, dizendo que ESCOLHEU fazer a operação ilegal porque não queria prejudicar o Bolsa Família ou o Minha Casa Minha Vida. E Dilma não está sozinha: Lula também reconhece que foram feitas as pedaladas. Recorro a um discurso da Dilma Ruinsseff de ONTEM, que pode ser lido na íntegra no site oficial do Palácio do Planalto, AQUI. Vamos ao trecho em que ela reconhece o crime de responsabilidade:
Eu quero dizer para vocês que nós iremos continuar entregando moradias. Nós já entregamos 2,4 milhões. Tem mais 1,6 milhões para entregar. Por isso que muitas vezes a gente entrega em link com outros estados, porque não tem dia no ano para entregar. Então a gente arruma, reúne um conjunto e entrega. Por que eu estou falando isso? Porque o orçamento de um país, ele tem de ser olhado do ponto de vista daquilo que você gasta e para quem você gasta. O para quem é mais importante do que qualquer outra consideração.
Uma das razões para que eu esteja sendo julgada hoje é porque uma parte eles acham que nós não gastamos, nós não devíamos ter gastado da forma que gastamos para fazer o Minha Casa Minha Vida. Uma das razões é essa. É o que eles chamam de pedaladas fiscais.
A gente, o governo federal, é dono da Caixa Econômica Federal, nós somos os únicos donos, o governo federal. Quando a gente paga a Caixa, o governo federal passa o dinheiro para a Caixa, a Caixa paga a empresa e, através da escolha pública, o apartamento vai para vocês. Não há nesse processo nenhum desvio. Não é essa a questão que levantam contra nós. O que eles levantam é que muitas vezes a Caixa paga o mês e aí nós recompomos o pagamento que a Caixa fez. O que que acontece? Quando chega no fim do ano, geralmente, a Caixa fica com mais dinheiro do que era o necessário. Mas, no mês em que ela não ficou com aquele dinheiro, nós pagamos juros para ela. Ou seja, se ela adianta o pagamento para nós, nós pagamos juros para ela. Se ela fica com nosso dinheiro, nós pagamos para ela… não, nós pagamos para ela juros quando ela fica com o nosso dinheiro, e ela paga para nós quando nós ficamos com o dinheiro dela. Ocorre que, no ano, a gente sempre paga mais do que ela paga para nós. Então ela sempre nos deve. Eles não concordam que isso seja uma relação. Eles acham que isso é um empréstimo. E como a Caixa não pode emprestar para o governo – mas o governo pode emprestar para a Caixa -, eles levaram isso e falaram que não estava certo, que a gente tinha de mudar. Ora, é por conta que nós fomos capazes de fazer o maior programa habitacional da história que nós hoje somos responsabilizados.
Repare, dileto leitor, que ela faz referência a “eles”: (1) O que eleslevantam é que muitas vezes a Caixa paga o mês e aí nós recompomos o pagamento que a Caixa fez… ; (2) Elesacham que isso é um empréstimo… ; (3) eleslevaram isso e falaram que não estava certo, que a gente tinha de mudar.
Ao falar em “eles”, esta criatura desprovida de senso de ridículo tenta levar os coitados que estavam ali para a cerimônia de entrega de casas a acreditar que “alguém” (“eles”) está perseguindo a “presidenta” porque ela quer entregar as casas aos pobres, mas “eles” não querem. Na verdade, quem proíbe as pedaladas fiscais não são “eles”. É a Lei. E neste discurso (há outros) Dilma demonstra que ela não tem nenhum respeito pelas leis.
Mas alguns dos “juristas” do PT também reconheceram que houve, sim, as pedaladas – e um sub-grupo (são mais de 30 dando pitaco e batendo cabeça!) optou por dizer que isso era prática comum, todo mundo fazia, e por isso a Dilma não poderia ser punida (como se o fato de alguém ter cometido um crime antes da Dilma fosse razão suficiente para que ela não fosse punida). Há outro sub-grupo, todavia, que escolheu o caminho do “houve pedalada, sim, mas foi em 2014 e portanto não poderia ser alvo de impeachment no segundo mandato”.
Em suma, as “justificativas” são as mais variadas – e falaciosas – possíveis. Os tais “30 juristas do apocalipse” ofereceram um verdadeiro menu de desculpas esfarrapadas e justificativas sem sentido. Bateram cabeça o tempo todo, deram posições desencontradas – tudo no afã de justificar o injustificável.
Este vídeo esclarece tudo isso, de forma clara e cristalina:
As pedaladas (que são crime de responsabilidade, sim) começaram a acontecer, com um volume muito acima da média histórica, a partir de 2013, e atingiram o ápice em 2014 – justamente o ano eleitoral. Os valores anteriores eram pequenos, residuais, e costumavam ser liquidados em até 48 horas – e isso não era considerado “pedalada”. Quem quiser ver uma versão resumida (mais curta), pode clicar AQUI.
Eis aqui o gráfico que deixa isso muito claro (e este gráfico trata APENAS da Caixa Econômica Federal, mas há pedaladas em outras fontes pagadoras):
Finalmente: chega dessa mentira de que impeachment é golpe. Não é! Está previsto na Constituição, Dilma cometeu crimes, e deve ser responsabilizada por eles. Ponto final.
Dilma quebrou o Brasil, mas a denúncia contra ela não tem nenhuma relação com isso. Ninguém está propondo que ela seja alvo de impeachment por causa da sua incompetência.
Dilma mentiu durante toda a campanha eleitoral, mas o impeachment também não tem nenhuma relação com suas mentiras.
O impeachment é um instrumento constitucional, reservado para punir Presidente da República, Governadores e Prefeitos quando há crime de responsabilidade. Dilma cometeu crime de responsabilidade (repetidamente, repito), e deve sofrer impeachment por isso.
ATUALIZAÇÃO (11/12/2015): O jornal Valor Econômico publicou, hoje, uma reportagem especial sobre as “pedaladas fiscais”. Trata-se de uma reportagem histórica: ela mostra de forma absolutamente clara e cristalina que a despeito de avisos e alertas feitos por funcionários de perfil técnico, os chefes de autarquias da área econômica (notadamente Arno Augustin, então Secretário do Tesouro e aliado intelectual de Dilma Ruinsseff) ESCOLHERAM ignorar as análises técnicas, muito bem fundamentadas na lei, na Ciência Econômica e na matemática, para fraudar as contas do governo. Relembro algo que eu já escrevi aqui no blog: quando alguém comete um crime, pode fazê-lo de forma consciente, SABENDO que está cometendo um crime, e portanto com a INTENÇÃO de cometer um crime (dolo), ou de forma inconsciente, SEM SABER do crime, sem que haja a intenção DE COMETER um crime e/ou prejudicar terceiros (culpa). Em ambos os casos, crime é crime, havendo ou não a intenção e/ou a consciência.
A reportagem traz trechos de documentos sigilosos, dados, números e reconstrói acontecimentos que remetem a 2013 – quando foi feito o primeiro alerta de que as escolhas pela “contabilidade criativa” (fraude, crimes fiscais etc) estavam colocando em risco o futuro da Economia do Brasil.
Felizmente, a reportagem está aberta a todos, mesmo não sendo assinante do Valor AQUI. Recomendo fortemente a leitura.
A longa, extensa e detalhadíssima reportagem mostra, ademais, que Dilma Ruinsseff é, sim, sem nenhuma sombra de dúvida, a maior responsável pelo descalabro econômico que o Brasil vive. Ela não é a única, mas como Presidente da República é ela quem tem o poder, a autoridade, para tomar as decisões. Aos técnicos e demais pessoas que estão hierarquicamente subordinados a Dilma, resta cumprir as ordens, ou ser demitido. Ok, isso é evidente. Mas é necessário lembrar desse fato cotidiano porque aqui e ali, estão aparecendo uns bobalhões que dizem que a responsabilidade pelas pedaladas fiscais (que são crimes) seria de Guido Mantega, Arno Augustin, Alexandre Tombini, Luis Adams, entre outros – todos subordinados a Dilma.
Não. Nada disso!
A responsável pelo crime é Dilma.
Quem decide a política econômica a ser adotada é o Presidente.
O corpo técnico do Tesouro – e a reportagem evidencia isso de forma inquestionável – alertou Arno Augustin, alertou Dilma e todos que quisessem ouvir. Infelizmente, quem tinha o poder decisório (Dilma) não quis ouvir. Preferiu sua ideologia tacanha, que morreu no Século passado, aos fatos, à matemática.
A humanidade produziu pessoas inteligentes, espertas, perspicazes, de pensamento rápido, humor sagaz, capacidade de ser irônico ou sarcástico, pessoas que mudaram nossas vidas na ciência, na astronomia, na física, na matemática, na literatura, na música, nas artes em geral.
Milan Kundera, de cuja obra retiro a referência implícita no título deste texto, é um exemplo. Há inúmeros outros, muitos deles, aliás, reverenciados e referenciados neste blog, como John Nash, Steve Jobs, e por aí vai.
Mas, ao mesmo tempo, a humanidade produziu bosta.
Dilma Rousseff teve a insustentável ignorância do seu ser exposta sem piedade:
Eu nunca entendi por que diabos a presidente Dilma Rousseff tem a ambição de parecer uma pensadora, uma intelectual, uma estilista. Ela não é nada disso. Ao forçar a mão, acaba dizendo patacoadas estupendas, que concorrem um tanto para ridicularizá-la. Nesse sentido, Lula é mais prudente: transforma a sua ignorância em agressão aos adversários (especialmente FHC) ou em graça. Dilma tem a ambição de ser profunda. Aí as coisas se complicam. Ela concedeu uma entrevista ao jornal mexicano de esquerda “La Jornada”, publicada neste domingo.
A íntegra do artigo está AQUI. Se você quiser rir, leia. Se quiser chorar, leia.
Vou transcrever alguns trechos das bobagens absurdas, ridículas, patéticas que Dilma Rousseff disse – e tudo isso encontra-se publicado no site oficial do Paláco do Planalto, AQUI. Não basta produzir bosta em escala industrial, o Palácio do Planalto faz questão de publicar na íntegra as baboseiras esdrúxulas ditas pela ignóbil e tosca mandatária.
Vamos aos trechos selecionados:
Jornalista: Posso gravar? Presidenta: Pode. Que não destaca e que uma das coisas, assim, que eu acho que eles… Uma das coisas que a mim, eu tive muito impacto quando eu vi, na época que eu fui a primeira vez, que foi em 1982, lá em (…), lá se vão muitos anos, eu vi, tinha uma reprodução da cidade indígena, e a cidade indígena, ela… Jornalista: Tenochtitlán. Presidenta: É Tenochtitlán, não é? Ela tinha uma estrutura de água e esgoto que, na época em que ela existia, na mesma época, não havia na Europa, não havia em lugar nenhum do mundo ocidental. Então, e você vê uma sofisticação imensa em toda a cultura, coisa que você, por exemplo, naquela época, em 82, eu desconhecia completamente. O Brasil vivia de costas para a América Latina, vivia de costas e olhava só os Estados Unidos e a Europa, e até a Rússia, mas jamais olhava para nós mesmos, não é? Então, eu fiquei muito impressionada com isso. […] Jornalista: Chichén Itzá. Presidenta: É Chichén Itzá. Eu fui em Chichén Itzá, que é maior que as duas, do que a do Sol, a da Lua necessariamente, mas do que a do Sol também, é impressionante a Chichén Itzá, e também todo o conhecimento astronômico, a precisão do conhecimento astronômico. Para você ter aquela precisão, tem de ter um certo domínio razoável da matemática para aquele tipo de precisão que eles tinham. E como uma civilização, para ter aquele tamanho, tinha dominado pelo menos uma questão: tinha dominado a questão da alimentação, não é? Porque senão você não tem uma civilização daquele porte. E o que é destacado de forma bastante simplória para nós? É destacado sacrifícios humanos, numa visão, eu acho, preconceituosa, contra aquela civilização que tinha um padrão de desenvolvimento e de desempenho que nós não conhecemos. A nossa população indígena não estava nesse nível de desenvolvimento.
A mesma coisa o Inca, não é? Mas lá é mais, era mais avançada, a mais avançada de todas. E não era Asteca, não é? Eles não sabem, eles chamam de Tolteca, Olmeca. Jornalista: Maia. Presidenta: A Maia é mais embaixo, é ali na península do Yucatán, não é? Jornalista: Isso. Presidenta: Mas a do centro do México, ali, ali na… Jornalista: Essa é Asteca. Presidenta: Essa é Asteca? Não é Tolteca, não é… Porque… Jornalista: Não, Tolteca é mais… Presidenta: Não, me diz o seguinte: as duas pirâmides não são astecas? Jornalista: Não, totalmente, não. Mas eu também não sou expert em… Presidenta: São… Segundo… Por exemplo, eu fiquei estarrecida, então corri atrás para saber. Segundo se sabe, é de uma civilização anterior. Jornalista: Anterior, claro. Presidenta: Anterior. Jornalista: Que os Astecas dominaram pela sua vez. Presidenta: Que os Astecas dominaram. Jornalista: Exatamente. Presidenta: Porque os Astecas, eles dominaram civilizações que tinham em torno. Inclusive isso explica, em parte, a questão de eles terem, dos espanhóis terem conquistado ali, a cidade do México, e aplastado, porque aplastaram.
Ok, o “jornalista” também não é exatamente uma, digamos, “mente brilhante da humanidade” – muito pelo contrário – , mas a Dilma consegue extrapolar a ignorância aceitável para um retardado mental nesta “entrevista”. Sigamos:
Presidenta: Não, com a civilização. O que é uma coisa inimaginável é uma pessoa, não é? Uma coisa que eu pensei assim, sempre: o que é que sentiu um integrante, um homem ou uma mulher daquela civilização, quando vê ela sendo implacavelmente destruída, implacavelmente, sem deixar traço. Era isso que era o objetivo. Por isso é que eles… Eu acho… Outro dia me perguntaram: o que você quer visitar?
Neste trecho fica em evidência aquele problema que nos debates causou tantos casos de vergonha: Dilma é incapaz de concluir um raciocínio.
Bom, quem não tem nenhum, vai concluir como, não é?!
Presidenta: E tem uma, tem uma pintura dela que eu acho genial, é… como é que é? Natureza Morta… Ai, eu tinha de lembrar a palavra. Natureza Morta… é uma contradição em termos: de que que é o quadro? É uma natureza morta? Rodando, você entendeu? É o stand still a Natureza Morta, aí a Remedios Varo vai lá e faz… ela bota uma mesa e os componentes da natureza morta estão girando. O nome é interessantíssimo. O nome tem uma certa, uma certa ironia. E ela tem também um que é: Tecendo… Eu não vou lembrar os nomes. Tecendo o Fio do Tempo, uma coisa assim. E lá em cima uma porção de mulheres tecendo o tempo e a realidade. Ela é… A Remedios Varo é…
Adoraria se alguém pedisse que a Dilma traduzisse o que ela quis dizer nesse trecho. E duvido que ela consiga entender.
A vergonha segue:
Presidenta: É. Eu acho que Brasil tem muito a ganhar com essa aproximação cultural. Porque tem uma riqueza na cultura mexicana que ela valoriza o que nós temos, também, você entende? Ela é… Por que, o que eu senti? Eu senti orgulho do Continente, orgulho da América Latina. Então, eu acho que ela mexe muito com a sua autoestima. Então, tem isso também: mostrar que houve aqui, aqui, uma civilização daquele tamanho. Jornalista: Talvez, Presidenta, talvez, a partir da identidade podemos construir uma nova unidade latino-americana. Presidenta: Sem dúvida. Mas é sobre isso que nós estamos construindo uma nova identidade latino-americana. O que eu vejo nas reuniões das cúpulas latino-americanas? De todas. Como eu te disse, no caso do Brasil é muito forte, porque o Brasil estava de costas para os seus vizinhos e para o seu continente e achava que tanto a Europa como os Estados Unidos era o que nós devíamos nos relacionar. Não que não devamos, pelo contrário, devemos. Mas nós temos um compromisso – e eu acho que isso mudou a política externa do Brasil –, nós temos um compromisso com a América Latina e com a África. Esse é um compromisso que nós temos pela nossa identidade cultural. Porque o Brasil… Vocês têm uma forma diferente. No nosso caso tem um componente africano muito forte, e nós temos de valorizá-lo e olhar para ele com toda a importância que ele tem, na formação do homem e da mulher do Brasil, e da nação brasileira. Agora, eu acredito que um momento importante da história recente do Brasil foi o fato de a gente ter construído esta relação. E acho que uma parte importante dessa relação tem de ser estreitada, que eu acho que é do Continente Sul-Americano com o México. Porque o México é a maior nação que está no Hemisfério Norte. E de todas as nações que tem dentro desse continente, é uma das mais ricas, culturalmente falando. Não é só economicamente, é culturalmente falando. E essa relação interessa, eu acho, para o Brasil.
Eu vou ao México com uma consciência muito forte da importância que o México tem na formação de uma relação e de uma unidade latino-americana, que respeita diferenças, viu? Que tem de respeitar diferenças.
São muitas, muitas!, bobagens. Não coloquei a entrevista toda num Word da vida, mas calculo que haja pelo menos umas 10 páginas de bosta.
Em suma: a Dilma é um poço sem fim de burrice. Mas vejamos pelo lado bom: ela tem eleitores bastante parecidos com ela!
Há alguns anos, a imprensa no geral – e alguns “especialistas”, entre muitas aspas – vem enaltecendo a tal “nova classe média”. Segundo os iluminados, durante os anos do mandato do Lulla surgiu no Brasil esta “nova classe média”, em decorrência principalmente das chamadas “políticas sociais” defendidas pelo PT – sendo que a mais famosa e comentada delas, o Bolsa Família, foi criada por Fernando Henrique Cardoso e foi duramente criticada por ninguém menos que Lulla:
Eu já havia escrito AQUI no blog sobre esta falácia de “nova classe média”, mas, para resumir, o ponto principal é o seguinte: o governo mudou os parâmetros que definem o que é classe média, o que distorceu as estatísticas posteriores. Vai aqui um trecho do que eu escrevi:
Para quem não se lembra, a SAE – Secretaria de Assuntos Estratégicos (que tem status de Ministério, como se no Brasil do PT houvesse necessidade de 39 ou 40 ministérios!) foi criada apenas para alojar mais algumas centenas de cumpanheiros, reforçando a estratégia de locupletar-se no poder que o PT sempre teve.
O tempo foi passando, e a tal SAE foi juntando teias de aranha.
Para dizer que a Secretaria tinha alguma função, algum burrocrata resolveu inventar uma mudança nos critérios de classificação das classes sociais. Com isso, instaurou-se uma situação verdadeiramente SURREAL. Aplicando-se os novos critérios, pessoas com renda familiar per capita entre R$ 290 e R$ 1.019 são as que formam a classe média brasileira.
O sujeito que ganha, mensalmente, R$ 290,00 é classe média???? Como assim?
Ontem eu estava vendo na TV (na GloboNews, se não me engano) uma reportagem que citava um estudo da FGV que indicava que a inflação no primeiro trimestre deste ano estava afetando com muito mais intensidade os mais pobres. Ok, isso não é novidade. Mas em dado momento, a reportagem citou, en passant, que o estudo da FGV considerava que os mais pobres são aqueles que ganham menos de R$ 2 mil mensais. Infelizmente, a reportagem não detalhou se 2 mil por família ou per capita.
Mas o importante é o seguinte: hoje em dia ninguém sabe mais o que significa CLASSE MÉDIA. Muito menos o que seria a NOVA CLASSE MÉDIA. Foram tantas classificações diferentes (e conflitantes) que o país simplesmente perdeu toda e qualquer noção. As pessoas não sabem mais se são classe média. Os órgãos de governo não sabem mais quem é classe média. Os institutos de pesquisa (de opinião ou de mercado) não sabem mais quem é classe média. Este “novo conceito” de “nova classe média” é tão ridículo e tão grotesco que até mesmo uma Marilena Chauí é capaz de criticá-la – de forma burra, deturpada, claro, afinal trata-se de uma Marilena Chauí, que não passa de uma picareta rastaquera elevada à condição de “intelequitual” por falta de outro nome para o “cargo”. A questão foi abordada numa reportagem do Estadão de sábado:
Um dos méritos dos tempos de crescimento econômico e das políticas sociais do governo foi garantir que a chamada nova classe média pudesse olhar no longo prazo e planejar o futuro. Segundo especialistas em baixa renda, os 35 milhões de brasileiros que saíram da pobreza tiveram acesso não apenas ao iogurte e ao televisor de 42 polegadas. Finalmente puderam almejar o ensino superior, a casa própria em área com infraestrutura básica e assumir gastos fixos com serviços mais sofisticados – como a internet, que amplia a rede de amigos e as oportunidades de trabalho. Mas a recessão que ronda o País pode comprometer a escalada na pirâmide social.
Dois indicadores divulgados na semana passada sinalizaram uma tendência nefasta para essa parcela. De um lado, o IPCA, que mede a inflação oficial do País, passou de 8% no acumulado em 12 meses. A taxa de desemprego da Pnad Contínua, que detalha o mercado de trabalho em 3,5 mil municípios, subiu para 7,4% no trimestre encerrado em fevereiro. Há um milhão a mais de desempregados. Ou seja, os números atestam a deterioração simultânea do emprego formal e do poder de compra.
A primeira frase, que eu grifei, é ótima: os tais 35 milhões de brasileiros que saíram da pobreza são fruto de um apurado Cálculo Hipotético Universal Teórico Estimado – C.H.U.T.E na sigla para os íntimos.
Ora, se ninguém sabe quem é classe média, pobre, rico, então fica impossível calcular (ou estimar) quantas pessoas saíram da pobreza e quantas entraram nela. Parece bastante óbvio, e é, mas ignora-se o óbvio no afã de tentar achar uma explicação simples (e errada) sobre as mudanças no mercado consumidor do país.
Que “nova classe média” é esta que não recebe um salário capaz de cobrir despesas essenciais como plano de saúde? Ou ainda: uma classe média que vive de bicos pode ser considerada classe média? Mas o pior é que tem gente (ahn, os iluminados!) que vai além: esta “nova classe média” ainda por cima é burra e ingrata:
O presidente do PT, Rui Falcão, avisou: quem votar em Dilma Rousseff estará votando, na verdade, em Lula – aquele que, segundo suas próprias palavras, não consegue “desencarnar” da Presidência.
A “promoção casada” foi explicitada em entrevista de Falcão ao jornal Valor. Respondendo a uma questão sobre se Lula terá “maior participação” em um eventual segundo mandato da presidente, o petista disse que “sim” e explicou, praticamente sem rodeios, que a passagem de Dilma pelo Planalto serviu apenas para guardar lugar para seu chefe.
“Precisamos eleger a Dilma, para o Lula voltar em 2018”, disse Falcão. “Isso significa que, ela reeleita, começa o ciclo de debate, de planejamento, para que o nosso projeto tenha continuidade, com o retorno do Lula, em 2018, que é a maior segurança eleitoral de que o projeto pode continuar.”
A preocupação de Falcão e da militância petista é compreensível. Embora a propaganda oficial martele que o PT está fazendo um governo revolucionário, que tirou milhões de pessoas da miséria e as levou ao paraíso do consumo, os eleitores em geral parecem cada vez mais descontentes. Com crescimento econômico pífio, inflação alta e perspectivas sombrias para o emprego, é natural que o tal “projeto” petista esteja sendo questionado, conforme mostram todas as pesquisas de opinião e de intenção de voto. Para Falcão, porém, a chamada “nova classe média” tem reclamado do governo porque não foi devidamente instruída sobre os benefícios que a administração petista lhe deu. Faltou que Dilma lembrasse a essa gente que sua ascensão social se realizou não graças a seus méritos pessoais, mas pelas magnânimas políticas do governo. É a tese da ingratidão, levantada pelo ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, e corroborada por Lula. “Essa ideia do mérito próprio estimula a fragmentação, o individualismo, afasta as pessoas de coisas mais sociais, coletivas”, disse Falcão. Para ele, Dilma errou ao não “dialogar” com essa classe média “individualista”.
Não é uma belezinha essa declaração iluminada do Rui Falcão?! O texto acima é um trecho de um editorial do Estadão, que pode ser lido na íntegra AQUI.
Pergunta: como essa “nova classe média” sobrevive com impostos tão altos no Brasil?
O problema é o seguinte: quem paga imposto (em qualquer país em que a lógica não seja atropelada) é a classe média. Os mais pobres não pagam impostos porque não têm sobre o que pagar (patrimônio e ganhos de capital) e consomem menos – portanto, “escapam” dos impostos sobre consumo, como IPI, ICMS etc. Por outro lado, os ricos (ricos mesmo) têm diversas ferramentas legais e alguns subterfúgios não tão legais para escapar de muitos impostos. Então, sobra à classe média o fardo de sustentar um Estado inchado, com 39 Ministérios (sendo uns 20 completamente inúteis), e milhares de funcionários em cargos de confiança que não fazem nada – mas ganham muito.
Porém, no Brasil, a lógica é atropelada.
O sujeito recolhe impostos altíssimos, mas não pode usar o SUS porque o serviço é uma porcaria – aí, precisa pagar plano de saúde. Para os filhos dos casais de classe média estudarem, os pais precisam pagar as mensalidades de escolas/colégios particulares, pois os do Estado são péssimos. Quem desejar um pouco mais de segurança precisa fazer seguro de automóvel, casa, tablets, celulares e qualquer outra coisa, pois o Estado não oferece a segurança pela qual pagamos. Isso sem falar em sistemas de sgurança para as casas e apartamentos, portarias e guaritas blindadas, empresas de segurança particulares… E assim sucessivamente…
Desta forma, a classe média paga impostos para ter serviços que o Estado falha miseravelmente em oferecer (saúde, educação, infra-estrutura, saneamento, segurança etc), é obrigada a pagar novamente pelos mesmos serviços, desta vez recorrendo à iniciativa privada, e aí fica sem dinheiro para poupar, investir, viajar etc.
Por algum tempo, dá para disfarçar, aumentando a oferta de crédito aparentemente barato. Mas cedo ou tarde, alguém sempre paga a conta.
O mito de “nova classe média” está se esfacelando, pois as mentiras que o PT vem contando há anos não são mais capazes de esconder a “contabilidade criativa” (mentiras deslavadas sobre os gastos do governo, que crescem graças ao populismo e à incompetência gerencial, e, ao mesmo tempo, configuram CRIME), e a piora da economia (que gera aumento dos juros, perda do poder de compra graças à inflação, desemprego, inadimplência etc).
Cedo ou tarde, a verdade viria à tona. A farsa cairia.
Recebi por e-mail o link para o blog de uma comunista que não leu e/ou não entendeu o Manifesto Comunista de Marx e Engels. Eis aqui o que a brilhante pensadora escreveu logo no segundo parágrafo de um texto disfarçado de um amontoado de bobagens:
Os malucos que tanto me xingaram não sabem, imagino, que Marx acreditava em uma sociedade cooperativa, livre de exploração e comandada pelo trabalhador. Marx nunca falou na apropriação dos meios de produção pelo estado. Marx não estava nem aí para o estado.
O grifo é meu nas últimas duas sentenças, pois quero ressaltar um trecho do Manifesto Comunista que prova que a iluminada não se deu ao trabalho de chegar até a página 42DESTA EDIÇÃO EM PDF (simplificada e traduzida, para facilitar a vida de quem tem dificuldades na compreensão de textos) da obra mais importante (e básica!) para aqueles que desejem defender o comunismo:
(…) nos países mais adiantados, as seguintes medidas poderão geralmente ser postas em prática:
1. Expropriação da propriedade latifundiária e emprego da renda da terra em proveito do Estado. (…)
5. Centralização do crédito nas mãos do Estado por meio de um banco nacional com capital do Estado e com o monopólio exclusivo.
6. Centralização, nas mãos do Estado, de todos os meios de transporte.
7. Multiplicação das fábricas e dos instrumentos de produção pertencentes ao Estado, arroteamento de terras incultas e melhoramento das terras cultivadas, segundo um plano geral.
Notem que transcrevi apenas e tão somente os itens que usam de forma clara e inequívoca o termo “Estado”.
A iluminada escreveu que Marx “nunca falou na apropriação dos meios de produção pelo estado. Marx não estava nem aí para o estado“.
Ela nem se deu ao trabalho de ler o Manifesto Comunista?
Sério, não precisava nem entender, bastava LER!
E olha que o Manifesto Comunista é um livro curtinho, fácil de entender (para quem sabe ler, obviamente) e fácil de conseguir (coloquei o link para o download do PDF lá em cima). Seria ultrajante sugerir a uma pessoa que não entendeu sequer o Manifesto Comunista a leitura de O Capital, uma obra bem mais volumosa e complexa.
Mas, como sabiamente disse Ronald Reagan, em 25 de Setembro de 1987:
“How do you tell a Communist? Well, it’s someone who reads Marx and Lenin. And how do you tell an anti-Communist? It’s someone who understands Marx and Lenin.”
Num momento de masoquismo extremo, assisti à “entrevista” da Luciana Genro ao The Noite do Danilo Gentili. O vídeo segue abaixo:
Em certo momento, depois de falar várias bobagens homéricas, ela disse que o Danilo deveria estudar mais.
Na verdade, quem PRECISA estudar é ela, Luciana, que concatenou uma série de bobagens sobre o mercado de capitais para atacar a “financeirização da economia”, seja lá o que ela ache que isso poderia vir a ser – mas não é.
Vou deixar de fora todas as bobagens que ela falou sobre o socialismo (momento no qual ela soltou o “vai estudar, Danilo”), porque ela não sabe nada sobre o assunto – mas se acha no direito de falar as mentiras e deturpações que são parte do combo ideológico do PSOL, do PSTU e das demais matilhas de boçais assemelhadas. O tweet abaixo desmonta a presepada da linha auxiliar do PT em menos de 140 caracteres:
@DaniloGentili Ei Danilo. Se na URSS não teve comunismo e sim stalinismo, na Alemanha não teve nazismo e sim hitlerismo, não é?
O principal aqui é destacar as BURRICES que a Luciana Genro cometeu quando falou sobre bolsa de valores e mercado de capitais.
É assombroso que alguém que almeja ser Presidente da República (felizmente jamais será) não tenha NENHUM conhecimento mais elementar e básico sobre as funções da bolsa de valores e o funcionamento do mercado de capitais no geral. Não foi a primeira vez – muito pelo contrário! – que a Luciana soltou essa ladainha burra e obscurantista que leva os esquerdinhas padrão FFLCH a orgasmos cósmico-sensoriais: em todos os debates e nas propagandas de rádio e TV ela solta as mesmas besteiras.
Ao que parece, tudo o que ela sabe sobre bolsa de valores ela aprendeu com Gordon Gecko, do filme Wall Street, de 1987. Mas a Lu, coitada, não entendeu nem 80% do filme.
Ela acha que mercado de capitais e bolsa de valores são sinônimos de especulação, e, PIOR!, que o mercado de capitais é o “oposto” do setor produtivo.
Luciana, você precisa estudar. Você é ignorante.
Quando uma empresa precisa de financiamento para aumentar sua produção, o que ela faz? Uma das alternativas é justamente ir à bolsa de valores: vende ações (“pedaços” da empresa) a quem quiser comprar (que se torna sócio/acionista), e com isso arrecada dinheiro a ser investido no aumento da produção. O mercado de capitais, portanto, é uma das fontes de financiamento para empresas de todos os setores — indústria, comércio, serviços, agronegócio etc. Sem capital (dinheiro, investimento) NÃO EXISTE EMPRESA, NÃO EXISTE PRODUÇÃO, NÃO EXISTE EMPREGO.
Aprenda o básico, Luciana! Nem me refiro a ler e entender algo mais complexo como Hayek, Schumpeter ou, vá lá, Marx. Mas pegue o caderno de economia de um jornal não especializado e pesquise sobre IPO. Veja as cotações das ações e pergunte a um amigo o que aquilo significa.
Impressionante que uma pessoa como a Luciana Genro seja tão burra (ou tão mal-intencionada) que não sabe (ou ignora) algo tão básico, tão elementar.
Mas a Luciana Genro é um pacote completo: ela fala bobagens sobre todo e qualquer assunto (como fica evidenciado na entrevista acima).
A Veja dessa semana (que circulou no sábado) traz, entre outras notícias estupefacientes, o relato de que o Banco Central tentou processar o economista Alexandre Schwartsman devido às críticas que ele fez à instituição.
Esta matéria é do Valor de hoje:
A Procuradoria-Geral do Banco Central (BC) vai recorrer contra a decisão da Justiça Federal que negou seguimento à queixa-crime oferecida contra o economista Alexandre Schwartsman por críticas duras à gestão da instituição no combate à inflação.
Na visão do procurador-geral do BC, Isaac Sidney Menezes Ferreira, Schwartsman lançou pecha criminal sobre a instituição e ultrapassou os limites da crítica técnica ou opinativa. “Longe de caracterizar qualquer censura à liberdade de expressão, a ação penal representa um repúdio à conduta aviltante do ofensor”, afirmou.
Em duas entrevistas, Schwartsman afirmou que a gestão do BC “é temerária” e “atua de forma subserviente [ao Palácio do Planalto], incompetente e frouxa”. O economista, que é ex-diretor do BC, chegou a dizer que a instituição “realiza um trabalho porco”.
“Não se tratou, portanto, de crítica técnica ou de mera opinião”, disse Isaac. “Essas afirmações, inclusive com a pecha criminal sobre o BC, ao dizer que sua gestão é temerária, foram feitas, em realidade, não só para criticar, mas, sobretudo, com o inequívoco desejo de insultar, denegrir, enxovalhar e ultrajar a honra e a imagem do BC e do seu corpo funcional.”
As entrevistas de Schwartsman causaram indignação na diretoria colegiada do BC. Em reunião realizada no dia 8 de maio, diretores reclamaram, que, mesmo após ter sido alertado, o economista teria voltado à carga contra a instituição. “Em entrevista veiculada no ‘Correio Braziliense’ de 27 de abril, o senhor Alexandre Schwartsman, mesmo após ter sido publicada no ‘Brasil Econômico’ carta do BC de repúdio às ofensas ali veiculadas, reiterou a conduta, irrogando novas ofensas por meio de declarações que ultrapassam a liberdade de expressão e denotam inequívoco abuso de direito”, diz ata da diretoria assinada pelo secretário do Conselho Monetário Nacional, Henrique Machado.
Ficou decidido que, “visando proteger a honra e a imagem da instituição”, o procurador estava autorizado a ajuizar ação penal contra Schwartsman por difamação, o que foi feito um dia depois. O recurso do BC deve ser proposto nos próximos dias.
A íntegra da reportagem está AQUI (restrita para assinantes).
Recomendo fortemente que o leitor observe o que escreveu o Mansueto Almeida, AQUI.
Acabei de ler e assinar o abaixo-assinado: «Manifesto sobre o caso envolvendo o Banco Central e o Economista Alexandre Schwartsman» no endereço http://www.peticaopublica.com.br/pview.aspx?pi=BR74543 A Folha havia relatado a iniciativa do Marcos Lisboa AQUI.
Concordo com este abaixo-assinado e cumpro com o dever de o fazer chegar ao maior número de pessoas. Caso você concorde também, agradeço que assine o abaixo-assinado e que ajude na sua divulgação através de um email para os seus contatos.
O Brasil está se tornando uma ditadura. Ter opinião e criticar uma autarquia estatal que sistematicamente vem errando em suas funções mais elementares virou motivo para ser acionado judicialmente?
Por vezes, alguns políticos parecem especializados em humor, e não em política. Pior quando eles são ruins nas duas coisas.
Vejamos este aqui: O deputado Paulo Teixeira (PT-SP) apresentou nesta quarta-feira várias sugestões de ajustes na Lei Antidrogas ( lei 11.343/06). Entre elas, a mudança em dispositivo do artigo 33 da lei para garantir a redução de pena para pequenos traficantes que tem bons antecedentes. Íntegra AQUI.
Sim, é isso mesmo: o deputado (do PT, claro!!!!!) quer REDUZIR as penas dos traficantes “pequenos”. Como escreveu o Reinaldo Azevedo (AQUI): Faz todo sentido! É lógica pura! Como é que o Brasil vai combater os grandes traficantes? Ora, soltando os pequenos!
Para entrar em contato com este deputado desmiolado, os cidadãos que cumprem as leis e desejam ver bandidos NA CADEIA podem usar os seguintes canais de comunicação:
Gabinete Paulo Teixeira
Anexo 3, gab. 281 – Brasília-DF
Tel.: (61) 3215-5281 ou (61) 3215-3281
dep.pauloteixeira@camara.gov.br
Comunicação Brasília
(61) 3215-1281
Escritório São Paulo
Av. São João, 126 – São Paulo-SP
Tel.: (11) 3229-2222
Comunicação São Paulo
Cátia – (11) 3229-2222 ou (11) 9953-1333
catiaesteves@gmail.com
Mas o melhor a fazer, além de enviar cartas, e-mails ou sinais de fumaça, é dar a resposta nas urnas.
O problema é que (felizmente para os PTralhas) a maioria da população tem memória curta…… E corremos o risco de ver deputados desse tipo mamando nas tetas do Estado, enquanto fazem piadas de mal gosto ao invés de cumprir bem seus devidos trabalhos.
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