Magazine Luiza vai acelerar investimento em 2019 para transformar negócios em plataforma digital

Leio na Época Negócios uma matéria com o título deste post (íntegra AQUI):

A Magazine Luiza vai acelerar os investimentos no próximo ano para ganhar escala, em um movimento alinhado à melhora da confiança na economia, como parte de uma estratégia que visa transformar o negócio em uma plataforma digital que conectará empresas e clientes.

“A digitalização da economia permitiu surgimento de plataformas digitais que tem crescido mais exponencialmente que negócios focados em ativos fixos”, disse a jornalistas o diretor presidente da varejista, Frederico Trajano, após encontro com analistas e investidores na capital paulista.

Trajano não quis informar o valor a ser investido em 2019 nem um percentual de crescimento sobre 2018, mas afirmou que os recursos serão direcionados para tecnologia, reformas e abertura de novas lojas que servirão de apoio à operação de comércio eletrônico dentro da multicanalidade.

Neste ano até setembro, a companhia desembolsou 234 milhões de reais, um aumento de 87 por cento ante igual intervalo de 2017, conforme balanço trimestral divulgado em 5 de novembro.

“O ano de 2018 foi de virada para companhia, apesar de um cenário macro mais desafiador do que todo mundo imaginava. Perfeição é utópico, mas se teve um ano que nos aproximamos disso foi 2018 e temos base sólida para o ciclo que vem pela frente”, contou diretor presidente, observando que o quarto trimestre tem sido muito positivo.

Dentre os investimentos previstos para 2019, a Magazine Luiza destinará algumas dezenas de milhões de reais na automação do seu maior centro de distribuição, localizado no município de Louveira (SP).

Além disso, o vice-presidente comercial e de operações da empresa, Fabrício Bittar Garcia, afirmou que o Magazine Luiza seguirá investindo em lojas com mini centros de distribuição para ganhar agilidade logística e acelerar o tempo de entrega, assim como têm feito rivais como a Via Varejo. As 100 novas lojas abertas em 2018 já contam com mini CDs e outras 101 foram reformadas, elevando para 261 o total de pontos físicos inseridos neste modelo desde 2017.

A empresa vem se empenhando para agregar mais vendedores e expandir o catálogo de produtos do seu marketplace, que na avaliação de Trajano será a espinha dorsal da futura plataforma digital. “Queremos trazer empresas analógicas para o mercado digital. Nosso marketplace está apenas começando”, disse.

Todas as 950 lojas do Magazine Luiza já têm sortimento de produtos vendidos por terceiros e o objetivo é expandir os serviços prestados dentro da plataforma, que já oferece antecipação de recebíveis aos vendedores e cartão de crédito a clientes.

“A tendência é que no futuro tenhamos uma conta digital e/ou ‘wallet’ (carteira)… Operacionalmente faz sentido dentro do marketplace”, revelou Trajano, ponderando que o movimento depende de uma regulamentação amplamente aguardada do Banco Central para o chamado “open banking”.

O diretor executivo de comércio eletrônico do Magazine Luiza, Eduardo Galanternick, destacou que a companhia adota a estratégia “Mobile First”, com foco no aplicativo da empresa, que já soma 19 milhões de downloads e tem participação maior que o site nas vendas.

A ideia é agregar diversas funcionalidades ao aplicativo e torná-lo um “Super App”, a exemplo do que fizeram varejistas chinesas como o Alibaba, disseram os executivos, citando, além de serviços financeiros, a operadora virtual de telefonia Maga+.

Anunciada no início do ano e implementada em agosto, a Maga+ compreende um plano de 4GB e 100 minutos de voz por 39,90 reais. O projeto veio para complementar o plano de transformação digital das operações e introduzir clientes que antes não tinham acesso a dados em seus aparelhos.

Por volta das 17:00, as ações da Magazine Luiza subiam 2,1 por cento, a 171,03 reais, acumulando alta de mais de 100 por cento em 2018. No mesmo momento, o Ibovespa tinha variação negativa de 0,44 por cento.

Algum tempo atrás, escrevi um post tratando do Magazine Luiza (aqui) que acabou gerando diversos comentários (no blog, e também no Facebook).

Como eu havia escrito anteriormente, minhas críticas ao Magazine Luiza (especialmente as escolhas estratégicas feitas pela empresa) eram motivadas por interesse próprio: sou acionista da empresa há alguns anos. Portanto, meu interesse como acionista é que a empresa cresça, tenha resultados cada vez melhores. Muitas decisões nos últimos anos foram ruins, o que prejudicou o valor de mercado da empresa – e, consequentemente, meus investimentos.

Porém, a partir de 2016/2017, o Magazine Luiza mudou. As decisões melhoraram significativamente – e isso se refletiu nos resultados da empresa no último ano.

Outra notíciadiretamente relacionada está no Valor Econômico (íntegra AQUI):

A rede de eletroeletrônicos e móveis Magazine Luiza anunciou a aquisição da startup de tecnologia mineira Softbox, que reúne as empresas Softbox Sistemas de Informação, Certa Administração e Kelex Tecnologia.

O valor da transação não foi revelado.

Conforme comunicado ao mercado, a Softbox desenvolve serviços para empresas de varejo e indústria de bens de consumo que desejam vender digitalmente ao consumidor final.

“Com essa incorporação, a empresa ajudará na transformação de companhias analógicas em digitais”, afirmou a rede.

Fundada há 13 anos em Uberlândia (MG), a Softbox tem 256 funcionários, sendo 174 desenvolvedores e especialistas em tecnologia que atendem 80 clientes, incluindo empresas como Unilever, Coca-Cola, Basf e Red Bull. A empresa também possui uma unidade em São Carlos (SP), desta forma, terá estrutura integrada com o Luizalabs, laboratório de inovação do Magazine Luiza, que tem 700 colaboradores.

“Essas aquisições auxiliam a companhia a acelerar o marketplace (shopping virtual) e os projetos que já estão em andamento, como o Magalu Entregas e o Magalu Pagamentos. Estamos nos transformando em um ecossistema digital de empresas com propósito é digitalizar o varejo e a indústria”, disse a empresa.

Por fim, a companhia informou que está avaliando com seus assessores se esta transação está sujeita aos termos do artigo 256 da Lei das Sociedades por Ações. Caso positivo, realizará, em 30 dias a contar da data de fechamento da operação, uma assembleia geral extraordinária. Assim, os acionistas que não concordarem terão direito de recesso.

Espero, sinceramente, que a empresa siga crescendo, tomando as melhores decisões, e investindo em áreas com potencial de crescimento.


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