O mito da caverna e o mito da classe média terrorista e fascista

O ano era 2007.
Eu escrevi, no meu falecido blog (AQUI) que Marilena Chauí era uma farsante.
Os comentários que foram enviados ao blog são, na maioria, algo entre o hilário e o patético.
Dão, no geral, um verdadeiro tom farsesco. Tem gente se achando séria, mas analfabeta e burra, e tem aqueles mais diretos, assumidamente grotescos, que simplesmente escrevem “Fuck you!”. Sim, está lá no link, o comentário escrito em 08 de março de 2008.
Há outros. Vale a pena dar uma olhada geral.

Hoje, porém, assisti a um vídeo estarrecedor.
Ou revelador apenas, já que eu já tinha a percepção clara e cristalina que a musa do PT na USP é uma senhora esquizofrênica e/ou de um mau caratismo sem paralelo na história do mau caratismo.
Eis o vídeo, curtinho (vale assistir, ao menos para rir da doença mental dessa patética pessoa):

https://onedrive.live.com/redir?resid=cfaaabbf044b422d!225&authkey=!AEK_Vm88HB4aFJM&ithint=video%2cmp4

Complementarmente, recomendo a leitura deste artigo AQUI. Diferentemente do vídeo, o texto é bem longo, detalhado. Mas para quem quiser se divertir, vale a pena.
Eu já disse ao Flávio, mais de uma vez, que certas figuras não merecem o tempo que ele gasta dissecando e espancando as declarações e manifestações patéticas de gentinha da estirpe de Chiauis, Saderes e outras aberrações que só no Brasil são tidas como “intelectuais”.
São pessoas medíocres, no máximo, que falam bobagens homéricas, mas que por razões diversas (algumas das quais, confesso, me recuso a tentar entender) acabam alçadas a “formadores de opinião” ou alguma expressão que o valha.

A questão central, porém, é o conceito de CLASSE MÉDIA.
É disso que quero tratar.

O fato de uma esquizofrênica desqualificada como a Chauí falar esses absurdos sobre a classe média me fez lembrar do problema imenso que o desgoverno do PT causou ao mudar os critérios de classificação das classes sociais.
Para quem não se lembra, a SAE – Secretaria de Assuntos Estratégicos (que tem status de Ministério, como se no Brasil do PT houvesse necessidade de 39 ou 40 ministérios!) foi criada apenas para alojar mais algumas centenas de cumpanheiros, reforçando a estratégia de locupletar-se no poder que o PT sempre teve.

O tempo foi passando, e a tal SAE foi juntando teias de aranha.
Para dizer que a Secretaria tinha alguma função, algum burrocrata resolveu inventar uma mudança nos critérios de classificação das classes sociais. Com isso, instaurou-se uma situação verdadeiramente SURREAL.

Aplicando-se os novos critérios, pessoas com renda familiar per capita entre R$ 290 e R$ 1.019 são as que formam a classe média brasileira.
O sujeito que ganha, mensalmente, R$ 290,00 é classe média???? Como assim?

Com duzentos e noventa reais por mês ele certamente não tem plano de saúde, não consegue pagar escola do filho, e, convenhamos, não consegue nem comprar uma cesta básica! Celular? Só se for parcelado em 20 vezes (ou mais), e aí fica sem dinheiro para comprar crédito.
Esse critério inventado pelo PT é mais do que surreal; trata-se de uma gambiarra acintosa.

O governo desgovernado afirma que esta “nova classe média” representa 54% da população do Brasil – o que significa dizer que a Marilena Chauí ODEIA 54% da população do país! Marilena Chauí afirma que a maioria do Brasil (54%, repito, segundo dados do próprio governo do PT da Marilena Chauí) é arrogante, reacionária, conservadora, ignorante, petulante, terrorista!
A maioria do Brasil é um atraso de vida, segundo Marilena Chauí.
A maioria da população brasileira é fascista (se bem que ela prefere o som de “faxista”, como fica claro no vídeo)

Dá pra entender por que ela é uma farsa. Ou uma farxa.

O pior é que a partir dessa gambiarra da mequetrefe Secretaria de Assuntos Estratégicos, a mídia empolgada (e incapaz de resistir a publicar manchetes falaciosas mas capazes de atrair a atenção) se deixou levar pela bobagem e deu imenso destaque à tal “nova realidade” do Brasil.

E o que as empresas têm a ver com isso?
Muito.

Em primeiro lugar, a Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa (Abep) apresentará em breve o Novo Critério de Classificação Econômica Brasil, que estará à disposição do mercado a partir de 1º de janeiro de 2014. Detalhes estão AQUI.
Esses critérios são da maior relevância para que as empresas consigam planejar suas ações de SEGMENTAÇÃO.
Aguardo ansiosamente pela divulgação oficial, para averiguar se o novo documento se deixará levar pela bobagem do factóide ignóbil ou se evoluirá de forma racional e coerente.

Em segundo lugar, há pelo menos 2 anos temos visto, lido e ouvido uma comoção nacional em torno dessa “nova classe média”, como se ela passasse a representar a salvação da economia do país.
Nem vou perder tempo achando links e mais links de matérias de revistas como Exame e outras que têm dado destaque imenso à tal “nova classe média”, primeiro devido à enorme quantidade, e segundo porque o conteúdo das matérias é fraco demais. (Muita quantidade, nenhuma qualidade…)

Quando você parte de um conceito equivocado, tudo o que você conclui dali em diante está furado.
Errou no conceito, errou em todo o resto.
E muita gente se empolgou com essa gambiarra que ajudou a criar o mito da “nova classe média”.
Isso me lembra o mito da caverna, de Platão.

Como o filósofo já demonstrou de forma brilhante, a maioria da humanidade vive na condição da ignorância, presa ao domínio das coisas sensíveis (eikasia e pístis), mas completamente alhures ao domínio das idéias (diánoia e nóesis).

Aliás, a charge abaixo é simples, mas ilustra perfeitamente isso (clique para ampliar, se preferir):

Se o leitor quiser divertir-se lendo bobagens produzidas pela Secretaria com status de Ministério, originalmente criada para prover uma boquinha ao Sr. Roberto Mangabeira Unger, pode fartar-se AQUI.
Se, por outro lado, o leitor preferir se entreter com o ilusionismo do PT para transformar o fracasso em sucesso, pode rumar para este link AQUI.
Vale conhecer, também, o trabalho do Marcelo Neri, da FGV/RJ, sobre as transformações econômicas e sociais numa pesquisa disponível para download AQUI.

ATUALIZAÇÃO: As patéticas declarações vomitadas pela Marilena Chauí foram tema de alguns textos memoráveis, que definitivamente valem a pena ler. AQUI, por exemplo, uma crítica ao livro da Chauí que é adotado pelo MEC há décadas (e lhe rendeu, em direitos autorais, valores suficientes para classificá-la como “rica” ou “muito rica” sob estes absurdos critérios recém-adotados pelo PT, como aponta corretamente o Reinaldo Azevedo AQUI).
Ao ler alguns textos recentes, fui direcionado a este AQUI, um pouco mais velho (do ano passado), mas ainda assim relevante para contextualizar a situação precária daqueles que ainda chamam Marilena Chauí de “intelectual”. Esta senhora ultrapassou, há tempos, todas as barreiras que separam um ser humano de uma ameba congelada em coma induzido.

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