Em terceiro lugar aparece “Take The a Train”, composta por Billy Strayhorn e gravada por Duke Ellington, no álbum “Uptown”, de 1952.
John Coltrane é o músico que aparece mais vezes, com oito canções. A lista traz ainda uma galeria de lendas como Dizzy Gillespie, Louis Armstrong, Chet Baker, Ella Fitzgerald, Stan Getz, Benny Goodman, Oliver Nelson, Herbie Hancock, Coleman Hawkins, Bill Evans, Ahmad Jamal, Glenn Miller, Ray Charles, Charlie Parker, Errol Garner, Billie Holiday, Thelonious Monk e Nina Simone.
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Por outro lado, os 20 solos de Earl Hines “versões modificadas” das composições de Duke Ellington (em Earl Hines Plays Duke Ellington gravado por volta dos anos 70) foi descrito por Ben Ratliff, crítico do New York Times, como “um exemplo tão bom do processo de jazz quanto qualquer outra coisa que temos.”
Há bastante tempo existem debates na comunidade do jazz sobre a definição e as fronteiras do “jazz”. Em meados da década de 1930, amantes do jazz de Nova Orleans criticaram as “inovações” da era do swing como contrárias a improvisação coletiva, eles pensavam nisso como essencial para a natureza do “verdadeiro” jazz.
Pelos anos 40, 50 e 60, eram ouvidas críticas dos entusiastas do jazz tradicional e dos fãs do BeBop, na maioria das vezes dizendo que o outro estilo não era, de alguma forma, o jazz “autêntico”. Entretanto, a alteração ou transformação do jazz por novas influências tem sido desde o princípio criticada como “degradação”, Andrew Gilbert diz que o jazz tem a “habilidade de absorver e transformar influências” dos mais diversos estilos de música.
As formas de música tendo como objetivo comercial ou com influência da música “popular” tem sido ambas criticadas, ao menos quando ocorre o surgimento do Bop. Fãs do jazz tradicional rejeitaram o Bop, o “jazz fusion” da era dos anos 70, é definido por eles como um período de degradação comercial da música. Todavia, de acordo com Bruce Johnson, jazz sempre teve uma “tensão entre jazz como música comercial e uma forma musical”. Gilbert nota que como a noção de um cânone de jazz está se desenvolvendo, as “conquistas do passado” podem se tornar “…privilegiadas sob a criatividade particular…” e a inovação dos artistas atuais.
O crítico de jazz da Village Voice Gary Giddins diz que assim que a disseminação e a criação do jazz está se tornando cada vez institucionalizada e dominada por firmas de entretenimento maiores, o jazz está lidando com “…um perigoso futuro de aceitação de respeitabilidade e desinteresse.” David Ake adverte que a criação de “normas” no jazz e o estabelecimento de um “jazz tradicional” pode excluir ou deixar de lado outras mais novas, formas de jazz avant-garde.
Uma maneira de resolver os problemas de definição é expor o termo “jazz” de uma forma mais abrangente. De acordo com Kin Gabbard “jazz é um conceito” ou categoria que, enquanto artificial, ainda é útil ser designada como: “um número de músicas com elementos suficientes em parte comum de uma tradição coerente”. Travis Jackson também define o jazz de uma forma mais ampla, afirmando que é uma música que incluí atributos tais como: “swinging, improvisação, interação em grupo, desenvolvimento de uma “voz individual”, e estar “aberto” a diferentes possibilidades musicais”.