Aos diletos leitores do blog, tenho que pedir desculpas pela ausência prolongada.
Meu sumiço do mundo online foi causado por algo que inicialmente eu achava que seria uma pequena reforma, mas acabou transformando-se num enorme, longo e tortuoso sofrimento.
Pretendo escrever um post mais detalhado, inclusive porque há um aspecto muito interessante a ser explorado e que diz respeito à concorrência (ou inexistência dela), relacionamnto cliente-empresa e prestação de serviços. Enfim, muitos temas podem ser debatidos com base nesta minha experiência desastrosa.
Apenas para resumir: o que era para ser algo simples como trocar TRÊS portas de uma área externa na minha casa e pintar as 3 portas novas virou um pesadelo de dimensões kafkanianas. Em diversos momentos me senti um Gregor Samsa da construção civil.
Um “aperitivo” do post mais longo que virá: algumas fotos (clique em qualquer uma delas para ampliar) do resultado dos serviços de pintura que contratei.
Na primeira, o esmalte cinza escuro que deveria ser para pintar APENAS as portas e os batentes acabou estragando as fechaduras (todas Pado, com acabamento em aço escovado):
Temos, também, esta belezura abaixo – à esquerda é o final da porta, e à direita um pedaço do batente. Precisava desse acabamento tosco? Detalhe: tirei a foto DEPOIS que o serviço estava, segundo os hábeis e capacitados “pintores”, PRONTO. Acabado. Finalizado.
Mais uma pequena amostra do tipo de serviço que me foi prestado: depois de pintar a porta e o batente, a parede externa (originalmente pintada em látex acrícilo cor pérola) ganhou “ares artísticos” em cinza:
Tudo isso aconteceu porque eu, num acesso de tolice e ingenuidade, achei que ao contratar uma empresa ao invés de um “pintor” autônomo o resultado seria mais qualidade e menos dor de cabeça.
Eu estava errado.
Graças à Doutor Resolve de Pinheiros, passei uma semana com o meu escritório interditado, minha mesa coberta com lonas plásticas (sem internet, sem telefone, sem fax, sem mesa!) para, no final, ter que olhar para um serviço asquerosamente mal-feito, uma sujeira incrível na casa, e a bagunça (móveis do escritório entulhados em outros cômodos).
Em suma, um pesadelo.
Pelo qual eu paguei.
Mas volto ao tema oportunamente. Por ora, tenho que colocar o atraso em dia – consegui restabelecer minha rede wifi, e assim posso deixar de passar nervoso com o 3G (que parece 0,3G de tão lento). Contarei como uma empresa conseguiu passar uma semana atazanando o cliente para um serviço que inicialmente parecia tão simples.
Mas não foi.
Empresas responsáveis são poucas em um mercado em que tudo é baseado na média, ainda mais quando os seus colaboradores também acham que a média já é suficiente, pois uma cultura em que se diz “eu só preciso da média” tudo é muito mais custoso, e uma ação que deve ser um investimento se transforma em gasto, mas como poucas pessoas reclamam o barco segue sem rumo, já que um mercado sem competitividade não pode oferecer a concorrência que beneficia o consumidor, seus colaboradores e concorrentes.
Pois é Rafael… a falta que faz uma concorrência DE VERDADE, clientes/consumidores exigentes… Mas esse setor (mão de obra na construção civil), no Brasil, está acostumado com MENOS do que a média, eu diria. Traumatizante para quem tem que passar por uma situação assim (meu escritório ainda está interditado, pois 6 dias após o “término” do serviço, o batente ainda está úmido (não posso fechar a porta) e o cheiro da tinta me impede de ficar mais de 5 minutos lá. Pena que acionar a empresa judicialmente demoraria, seria caro e me traria ainda mais aborrecimentos, senão…
Eu vou resumir: Que servicinho de porco, confesso que se vc mesmo tivesse posto a “mão na massa” teria ficado melhor, e estou me perguntando como a empresa está de portas abertas ainda?????